Waleska Borges (Email) Publicado:
RIO - Primeiro lote do medicamento oncológico produzido no Brasil, o mesilato de imatinibe, que é utilizado para o tratamento de leucemia mielóide crônica e estroma gastrointestinal (tumor maligno do intestino), vai ser distribuído a partir de janeiro de 2013 para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo país. Os primeiros 220 mil comprimidos de 400mg foram recebidos pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio.
RIO - Primeiro lote do medicamento oncológico produzido no Brasil, o mesilato de imatinibe, que é utilizado para o tratamento de leucemia mielóide crônica e estroma gastrointestinal (tumor maligno do intestino), vai ser distribuído a partir de janeiro de 2013 para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo país. Os primeiros 220 mil comprimidos de 400mg foram recebidos pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio.
A produção do imatinibe será
realizada por dois laboratórios oficiais o Instituto Vital Brazil e
Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), além de cinco empresas
privadas. Com isso, o Ministério da Saúde estima uma economia para o SUS de R$
337 milhões em cinco anos.
— O Brasil passa a produzir
aqui no nosso país um genérico para o câncer na última fronteira do tratamento,
garantindo para nossa população um remédio com qualidade. O país está, cada vez
mais, podendo garantir tratamento à sua população independente de qualquer
oscilação do mercador internacional. São medicamentos de ponta. Isso também
significará grande econômia para o Ministério da Saúde nos permitindo colocar
em recursos mais medicamentos à população, com remédio de graça na farmácia
popular — disse o ministro durante a cerimônia de entrega dos medicamentos.
Segundo o Ministério da
Saúde, a produção nacional do remédio vai reduzir o custo do comprimido do
medicamento de 100mg de R$ 20,6 para R$ 17,5 e do 400mg de R$ 82,4 para R$ 70.
De acordo com Padilha, a fabricação nacional do medicamento é suficiente para
atender toda a demanda do SUS - cerca de oito mil pacientes hospitalizados.
Para o próximo ano, a previsão é que cerca de quatro milhões de comprimidos do
medicamento sejam entregues ao SUS. Além dos laboratórios oficiais, a produção
do medicamento é feita em parceria com os nacionais EMS, Laborvida, Cistália,
Alfa Rio e Globe Química.
— A ideia do Ministério da
Saúde é garantir o medicamento para o mercado nacional, para população
brasileira, mas também poder disputar o mercado internacional de outros países
— justificou Padilha.
De acordo com presidente do
Instituto Vital Brazil, Antônio Werneck, antes de ser produzido no Brasil, esse
medicamento era importado através de um contrato do Ministério da Saúde e um
fornecedor europeu.
— Além do conhecimento
tecnológio de desenvolver medicamentos, nos temos fábricas novas, equipamentos
e pessoal modernamente treinado para trabalhar com medicamentos que exigem uma
dedicação e especialização muito grande.
Ainda conforme o Ministério
da Saúde, além de produzirem o medicamento, Farmanguinhos e Instituto Vital
Brazil serão responsáveis por abastecer o SUS enviando estoques dos comprimidos
para as secretarias estaduais de saúde, que repassarão o produto aos hospitais.
O ministério informou ainda que, em 2011, o governo federal passou a comprar o
mesilato de imatinibe de forma centralizada. Ao adquirir o medicamento em
grande escala, o governo teve uma redução de mais de 50% no preço do produto. Atualmente,
os pacientes assistidos pelo SUS têm cerca de 280 procedimentos para o
tratamento de diferentes tipos de cânceres, entre eles, medicamentos e
terapias. Apenas este ano, o Ministério da Saúde investiu R$ 2,2 bilhões na
assistência oncológica aos usuários do SUS. Para 2013, a previsão é que estes
recursos cheguem a R$ 2,4 bilhões
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