domingo, 30 de dezembro de 2012

Xarope para a tosse pode ser a causa de 33 mortes no Paquistão. No Brasil temos marcas famosas com esta substância.

O GLOBO (Email · Twitter) - Com Agências Internacionais - Publicado:29/12/12

Funcionário do governo diz que as vítimas são viciados em drogas que beberam o xarope para se dopar

LAHORE, Paquistão - As autoridades paquistanesas estão investigando um xarope para a tosse que pode ter matado 33 pessoas no leste do país, nos últimos três dias, de acordo a declaração de um funcionário do governo, neste sábado. Essa é a segunda vez, nos últimos meses, que um medicamento é suspeito de provocar mortes no Paquistão.

As mortes ocorreram em Gujranwala e aldeias que circundam a cidade, segundo Abdul Jabbar Shaheen, um funcionário administrativo em Gujranwala. Outras 54 pessoas que também podem ter consumido o remédio estão sendo tratadas em hospitais da cidade. Shaheen diz que os envolvidos são trabalhadores ou viciados em drogas que beberam o xarope para se dopar.

Amostras químicas coletadas dos estômagos das vítimas continham dextrometorfano, um derivado da morfina sintética usado no xarope, que pode ter efeitos que alteram o estado mental, se consumido em grandes quantidades. Está sendo investigado se as pessoas afetadas pelo xarope em Gujranwala bebiam o remédio em excesso, ou se houve um problema com o medicamento em si.

Vinte e três pessoas morreram na cidade vizinha a Lahore, em novembro, depois de beber xarope para tosse vendido sob o nome da marca Tyno. Eles também foram descritos, na época, como pessoas que consumiram a droga para se dopar.

Shaheen disse que os xaropes envolvidos nos incidentes não são da mesma marca. O oficial também informou que havia algumas pessoas na cidade que fabricavam o xarope para a tosse especificamente para vender aos viciados em drogas, e as autoridades estavam tentando prender os culpados.

Funcionários do governo fecharam temporariamente uma empresa farmacêutica de Lahore, cujo xarope foi encontrado na posse de alguns dos afetados em Gujranwala.

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