terça-feira, 10 de maio de 2011

Baixa adesão ao tratamento do diabetes contribui para o aumento de complicações relacionadas à doença.
10/05/2011 - 08:14
Cerca de 12 milhões de brasileiros têm diabetes(1), mas menos da metade realiza consultas médicas periódicas(3) e 76% não consegue controlar as taxas glicêmicas(2). Falta de conhecimento do paciente sobre a doença e suas complicações, além da ausência de sintomas imediatos, são algumas das barreiras para o tratamento ideal(6).
São Paulo -O diabetes é uma doença de alta incidência que atinge proporções de uma epidemia. No Brasil são 12 milhões de pacientes(1). Uma vez diagnosticada, ela não tem cura, mas pode ser controlada. Entretanto, 76% dos diabéticos não conseguem manter as taxas glicêmicas adequadas(2) e mais da metade (55%) realiza apenas uma consulta médica a cada seis meses, enquanto, em alguns casos, principalmente nos mais graves, recomenda-se até mais de uma consulta por mês(3). Não controlar essa doença silenciosa significa estar mais exposto às suas graves consequências, que podem surgir em médio e longo prazos. A retinopatia diabética é um exemplo de consequência do diabetes e atinge cerca de 50% dos pacientes no Brasil, podendo causar cegueira(4). Além disso, 70% das amputações no país estão relacionadas ao diabetes(5); de 10% a 20% dos pacientes vêm a óbito devido à insuficiência renal(6); e pessoas com o tipo 2 da doença têm o dobro de chances de sofrer um ataque cardíaco ou infarto em relação às que não têm diabetes(6).
Algumas das barreiras enfrentadas pelos diabéticos, que contribuem para a menor adesão ao tratamento, estão relacionadas a fatores demográficos, psicológicos e sociais. Entre elas estão: baixo nível de educação, pouca conscientização sobre a doença e suas complicações, falta de comprometimento com o tratamento, ausência de sintomas e consequências imediatas, ansiedade, depressão, estresse e conflitos familiares(7).
O tratamento deve ser realizado de forma integrada. "Muitos pacientes têm dificuldades em adotar hábitos de vida saudáveis, seja na alimentação ou prática de atividades físicas. Há pacientes que consideram o seu diabetes controlado devido à falta de sintomas e param de seguir o tratamento medicamentoso prescrito pelo médico. Mas por ser crônico, o diabetes precisa estar sempre controlado, para que o paciente previna as enfermidades associadas e preserve sua qualidade de vida", ressalta o endocrinologista Dr. João Eduardo Nunes Salles. | PR Newswire.
No Brasil, 12 milhões de pessoas(1) têm diabetes, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, sendo que cerca de 90% dos casos correspondem ao tipo 2 da doença(8). Os números crescem a cada ano, posicionando o diabetes e suas conseqüências como a quarta maior causa de morte no mundo, representando cerca de 3,8 milhões de óbitos anuais(1).
Referências: 1. International Diabetes Federation (IDF). 2009 | 2. Estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Fundação Oswaldo Cruz e Centro de Controle do Diabetes da Bahia publicado no jornal Acta Diabetalógica. 2010 | 3. Estudo dos cirurgiões Dr. Luiz Vicente Bert e Dr. Ricardo Cohen realizado pela Toledo & Associados. 2009 | 4. Conselho Brasileiro de Oftalmologia. 2009 | 5. Ministério da Saúde. 2010 | 6. Organização Mundial da Saúde (OMS). 2009| 7. Clinical Diabetes, volume 24, number 2. 2006 | 8. Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). 2009.

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