Combinação de fármacos dispensa quimioterapia para tratar cancro da mama
Atenção: Toda e qualquer matéria reproduzida neste Blog tem sua origem descrita a partir do link que levará o leitor ao site original que publicou ou republicou a referida matéria, assim como também, recomenda aos leitores de matérias relacionadas à saúde, que por hipótese alguma façam uso de produtos ou métodos terapêuticos aqui republicados sem consultar um profissional devidamente habilitado na matéria. Este é um Blog particular sem habilitação profissional reconhecida pelos órgãos reguladores. Não nos responsabilizamos por quaisquer danos ou prejuízos que o leitor venha a ter na inobservância deste alerta.
Um subgrupo de doentes com cancro da mama que têm tumores que expressam a proteína HER-2 positivo em excesso podem beneficiar de uma combinação de tratamentos específicos sem precisar da quimioterapia. A descoberta é de investigadores do Baylor College of Medicine, nos EUA, avança o portal ISaúde.
Os investigadores testaram o tratamento num ensaio clínico que envolveu 64 mulheres com tumores positivos para HER-2 e algumas que foram também positivas para o receptor de estrogénio. Usando dois fármacos – lapatinib e trastuzumab – que visam HER-2 em diferentes formas, os médicos foram capazes de erradicar tumores em 38% das doentes com receptor de estrogénio negativo e 21% das doentes com receptor de estrogénio positivo. Doentes com receptor de estrogénio positivo também receberam um inibidor de aromatase para interromper a produção de estrogénio.
"Temos demonstrado em modelos pré-clínicos que o bloqueio completo de HER-2, incluindo a família HER-1, 2 e 3 com os fármacos lapatinib e trastuzumab leva à erradicação de tumores HER-2 positivo em ratos", disse o investigador principal Mothaffar Rimawi. "Estes medicamentos só inibem parcialmente a via, de forma rápida, resultando em resistência ao tratamento".
Estudos realizados anteriormente mostram que lapatinib e trastuzumab são eficazes como agentes únicos, mas dados pré-clínicos do estudo actual sugerem que provavelmente funcionam melhor quando usados em conjunto.
A equipa de investigadores procurou traduzir essas descobertas em doentes e, assim, iniciou um ensaio clínico multicêntrico.
A mesma resposta (erradicação de tumores) que Rimawi e a sua equipa observaram em modelos pré-clínicos em laboratório também foi vista em muitos doentes do ensaio clínico.
O estudo
O estudo recrutou um total de 64 pacientes. As doentes apresentavam tumores grandes (média de 6 cm) HER-2 positivo na mama, quando foram diagnosticadas inicialmente.
Receberam uma combinação de lapatinib (Tykerb®) diariamente e trastuzumab (Herceptin®), uma vez por semana durante 12 semanas antes da cirurgia sem a quimioterapia padrão.
Lapatinib é um comprimido que bloqueia a actividade da enzima HER-2 e o seu membro próximo da família HER-1. Trastuzumab é um anticorpo administrado por via intravenosa que bloqueia HER-2 em uma forma diferente.
Alguns tumores das doentes eram também receptores de estrogénio positivo (crescem na presença da hormona estrogénio). Essas doentes receberam um inibidor de aromatase para interromper a produção de estrogénio.
"Com essa combinação, os fármacos foram capazes de bloquear todos os sinais de promoção de cancro da família HER, que sabemos que é fundamental para o crescimento deste tipo de cancro da mama", disse C. Kent Osborne. "Cada um desses fármacos atinge um receptor diferente, com isso, fecha a via responsável pelo crescimento do cancro da mama".
Nenhuma das doentes recebeu quimioterapia durante esse período de 12 semanas. Biopsias do tumor foram retiradas nas semanas 2, 8 e 12 para estudar como os fármacos estavam a funcionar.
Resultados
Após 12 semanas, 38% dos tumores receptores de estrogénio negativo e HER-2 positivos tinham erradicação do cancro da mama invasivo.
Um benefício significativo foi observado no grupo de receptor de estrogénio positivo. 20% dessas doentes apresentaram desaparecimento total do tumor e outras 34% tinham erradicação próxima, com apenas pequenas quantidades de tumor esquerdo após o tratamento.
"O nosso próximo passo será determinar a duração óptima do tratamento", disse Rimawi. "Num próximo estudo multicêntrico, vamos comparar 12 semanas com 24 semanas de tratamento. Estudos estão em andamento agora para identificar quais as doentes que podem ser tratadas com segurança sem a quimioterapia para este subtipo de cancro da mama, que costumava ser considerado de difícil tratamento".
Fonte: http://www.pop.eu.com/news/4849/26/Combinacao-de-farmacos-dispensa-quimioterapia-para-tratar-cancro-da-mama.html Os investigadores testaram o tratamento num ensaio clínico que envolveu 64 mulheres com tumores positivos para HER-2 e algumas que foram também positivas para o receptor de estrogénio. Usando dois fármacos – lapatinib e trastuzumab – que visam HER-2 em diferentes formas, os médicos foram capazes de erradicar tumores em 38% das doentes com receptor de estrogénio negativo e 21% das doentes com receptor de estrogénio positivo. Doentes com receptor de estrogénio positivo também receberam um inibidor de aromatase para interromper a produção de estrogénio.
"Temos demonstrado em modelos pré-clínicos que o bloqueio completo de HER-2, incluindo a família HER-1, 2 e 3 com os fármacos lapatinib e trastuzumab leva à erradicação de tumores HER-2 positivo em ratos", disse o investigador principal Mothaffar Rimawi. "Estes medicamentos só inibem parcialmente a via, de forma rápida, resultando em resistência ao tratamento".
Estudos realizados anteriormente mostram que lapatinib e trastuzumab são eficazes como agentes únicos, mas dados pré-clínicos do estudo actual sugerem que provavelmente funcionam melhor quando usados em conjunto.
A equipa de investigadores procurou traduzir essas descobertas em doentes e, assim, iniciou um ensaio clínico multicêntrico.
A mesma resposta (erradicação de tumores) que Rimawi e a sua equipa observaram em modelos pré-clínicos em laboratório também foi vista em muitos doentes do ensaio clínico.
O estudo
O estudo recrutou um total de 64 pacientes. As doentes apresentavam tumores grandes (média de 6 cm) HER-2 positivo na mama, quando foram diagnosticadas inicialmente.
Receberam uma combinação de lapatinib (Tykerb®) diariamente e trastuzumab (Herceptin®), uma vez por semana durante 12 semanas antes da cirurgia sem a quimioterapia padrão.
Lapatinib é um comprimido que bloqueia a actividade da enzima HER-2 e o seu membro próximo da família HER-1. Trastuzumab é um anticorpo administrado por via intravenosa que bloqueia HER-2 em uma forma diferente.
Alguns tumores das doentes eram também receptores de estrogénio positivo (crescem na presença da hormona estrogénio). Essas doentes receberam um inibidor de aromatase para interromper a produção de estrogénio.
"Com essa combinação, os fármacos foram capazes de bloquear todos os sinais de promoção de cancro da família HER, que sabemos que é fundamental para o crescimento deste tipo de cancro da mama", disse C. Kent Osborne. "Cada um desses fármacos atinge um receptor diferente, com isso, fecha a via responsável pelo crescimento do cancro da mama".
Nenhuma das doentes recebeu quimioterapia durante esse período de 12 semanas. Biopsias do tumor foram retiradas nas semanas 2, 8 e 12 para estudar como os fármacos estavam a funcionar.
Resultados
Após 12 semanas, 38% dos tumores receptores de estrogénio negativo e HER-2 positivos tinham erradicação do cancro da mama invasivo.
Um benefício significativo foi observado no grupo de receptor de estrogénio positivo. 20% dessas doentes apresentaram desaparecimento total do tumor e outras 34% tinham erradicação próxima, com apenas pequenas quantidades de tumor esquerdo após o tratamento.
"O nosso próximo passo será determinar a duração óptima do tratamento", disse Rimawi. "Num próximo estudo multicêntrico, vamos comparar 12 semanas com 24 semanas de tratamento. Estudos estão em andamento agora para identificar quais as doentes que podem ser tratadas com segurança sem a quimioterapia para este subtipo de cancro da mama, que costumava ser considerado de difícil tratamento".
Atenção: Toda e qualquer matéria reproduzida neste Blog tem sua origem descrita a partir do link que levará o leitor ao site original que publicou ou republicou a referida matéria, assim como também, recomenda aos leitores de matérias relacionadas à saúde, que por hipótese alguma façam uso de produtos ou métodos terapêuticos aqui republicados sem consultar um profissional devidamente habilitado na matéria. Este é um Blog particular sem habilitação profissional reconhecida pelos órgãos reguladores. Não nos responsabilizamos por quaisquer danos ou prejuízos que o leitor venha a ter na inobservância deste alerta.
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