quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Laboratório faz recolhimento voluntário de lote de medicamento e Anvisa apreende anabolizantes falsificados


Laboratório faz recolhimento voluntário de lote de medicamento.
29 de agosto de 2012
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, no Diário Oficial da União desta quarta-feira (29/8), o recolhimento voluntário do lote 431622 do medicamento Ciclosporina 25 mg Cap Gel Mole c/ Mcemu Ct Bl Al/Al X 50, fabricação 02/2012, validade 02/2014.

A empresa Germed Farmacêutica fará o recolhimento voluntário do medicamento, por apresentar desvio de qualidade. O produto não deve ser consumido ou comercializado.


Fernanda Brito – Imprensa/Anvisa


Anvisa apreende anabolizantes falsificados
30 de agosto de 2012

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicou, no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (30/8), a apreensão e inutilização em todo o país, de três lotes de anabolizantes falsificados.

São eles: lote 12923 do produto Durateston, fabricado em 06/2011 e validade até 06/2015; lote 14642 do produto Decadurabolin, fabricado em 02/2009 e validade até 06/2014; e lote 14126 do produto Decadurabolin 250 mg, com validade até 06/2015.

De acordo com a empresa Schering-Plough Indústria Farmacêutica, detentora do registro do medicamento Decadurabolin, os lotes não foram fabricados por ela e não correspondem ao sistema de numeração de lotes da empresa, que só comercializa os produtos nas concentrações de 25 mg e 50 mg com o principio ativo Decanoato de Nandrolona. Os produtos não devem ser consumidos ou comercializados.

Confira a apreensão.

Imprensa/Anvisa

Primeiro medicamento oral para tratar esclerose múltipla já está disponível no Brasil

30/08/2012 - 09:53
59% dos pacientes que utilizam drogas injetáveis abandonam o tratamento, por conta dos efeitos colaterais e percepção de falta de eficácia.

São Paulo – Os pacientes brasileiros agora dispõem de uma nova opção para tratar a esclerose múltipla, através de uma cápsula oral diária. Além de demonstrar eficácia 52% superior na diminuição dos surtos provocados pela doença em comparação aos tratamentos convencionais1, o novo medicamento também facilita a adesão ao tratamento e, consequentemente, propõe uma melhoria na qualidade de vida aos portadores da doença.

A data faz um alerta para a importância do tratamento contínuo dessa doença crônica. De acordo com estudos internacionais, 59% dos pacientes interrompem o tratamento com injeções em um período de 2 anos. As principais razões são: falta de percepção de eficácia (39%) e efeitos colaterais (38%), seguidos por fatores variados (23%), que incluem falta de motivação, dificuldades relacionadas ao tratamento - para viajar, por exemplo -, dores e desconforto psicológico relacionado às aplicações. Logo após a interrupção do tratamento a atividade da doença volta aos níveis pré-tratamento2.

De acordo com o Neurologista Osvaldo Nascimento, Professor Titular de Neurologia da Universidade Federal Fluminense, as possibilidades terapêuticas já oferecem resultados muito mais favoráveis aos pacientes. “Esse medicamento administrado por via oral representa um grande avanço, visto que não há necessidade de injeções”, explica o médico.

A esclerose múltipla é uma doença neurológica e autoimune que atinge cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo. Ao contrário do que muitos ainda acreditam, os pacientes são geralmente jovens, em especial mulheres de 20 a 40 anos. Os sintomas mais frequentes são fadiga, formigamentos, perda de força, falta de equilíbrio, espasmos musculares, dores crônicas, depressão, problemas sexuais e incontinência urinária.

O novo medicamento, desenvolvido pela Novartis e comercializado sob o nomede Gilenya® (fingolimode), já está disponível no mercado brasileiro e em diversos outros países, como Estados Unidos, Canadá, Rússia, Austrália, Argentina, Chile e México, alémda Europa.

EM -A esclerose múltipla atinge cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo e, ao contrário do que muitos ainda acreditam, os pacientes são geralmente jovens, em especial mulheres de 20 a 40 anos. A doença é neurológica, crônica e autoimune – ou seja, se manifesta quando o organismo confunde células saudáveis do sistema nervoso central com intrusas, e as “ataca” provocando lesões cerebrais. Embora a causa da doença ainda seja desconhecida, a EM tem sido foco de muitos estudos no mundo todo, o que têm possibilitado uma constante e significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes.

O diagnóstico é basicamente clínico, podendo ser complementado por ressonância magnética. Os sintomas mais frequentes são fadiga, formigamentos, perda de força, falta de equilíbrio, espasmos musculares, dores crônicas, depressão, problemas sexuais e incontinência urinária.

Hoje, no Brasil, já existem diversas opções de tratamento, através de cápsula oral diária ou injeções diárias, semanais e mensais. [www.emacao.novartis.com.br].

Tratamento com Gilenya®(fingolimode) -Fingolimode é o primeiro de uma nova classe terapêutica,chamada moduladores de receptores esfingosina-1-fosfato (S1PR), na qual há o aprisionamento seletivo dos linfócitos "doentes" nos gânglios linfáticos, conhecidos como ínguas, evitando que entrem no sistema nervoso central e destruam as células responsáveis pela transmissão dos impulsos elétricos para todo o corpo. Resultados dos estudos clínicos com o medicamento demonstraram redução de 30% em progressão para incapacidade após três meses e de 37% após seis meses.

Novartis [www.novartis.com] -A Novartis oferece soluções de saúde inovadoras que atendem às necessidades em constante mudança de pacientes e da população. Com sede em Basileia, Suíça, a Novartis oferece um diversificado portfólio para melhor atender essas necessidades: medicamentos inovadores; cuidados com os olhos; medicamentos genéricos de baixo custo; vacinas preventivas e ferramentas de diagnóstico; e produtos de consumo em saúde e saúde animal. A Novartis é a única empresa global com posição de liderança em todas essas áreas. Em 2011, as operações do Grupo atingiram vendas líquidas de US$ 58,6 bilhões, enquanto cerca de US$ 9,6 bilhões (US$ 9,2 bilhões excluindo encargos de depreciação e amortização) foram investidos em pesquisa & desenvolvimento em todo o Grupo. As empresas do Grupo Novartis empregam aproximadamente 124.000 pessoas e operam em mais de 140 países ao redor do mundo.

Referências:1. Cohen et al. Oral Fingolimod vs. Intramuscular Interferon in Relapsing Multiple Sclerosis. N Engl J Med. Vol.362 No.5, Feb 4, 2010 (printed version). | 2.Bruce JM, Lynch SG. Multiple sclerosis: MS treatment adherence--how to keep patients on medication? Nat Rev Neurol. 2011 Jul 5;7(8):421-2.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Anvisa determina apreensão de medicamento irregular


22 de agosto de 2012


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta segunda-feira (20/8), no Diário Oficial da União (DOU), a apreensão e inutilização, em todo o país, do lote 0805720, validade 09/2014, do medicamento Dualid S (cloridrato de anfepramona, 75mg).

O lote citado não tem origem comprovada e não pertence a nenhum lote regular do medicamento, fabricado pela empresa Aché Laboratórios Farmacêuticos S/A.

As pessoas que já tiverem adquirido o lote ou produto apreendido devem interromper o uso.

Confira a resolução abaixo:

RESOLUÇÃO - RE No- 3.503, DE 17 DE AGOSTO DE 2012

O Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe conferem o Decreto de recondução de 11 de outubro de 2011 do Presidente da República, publicado no DOU de 13 de outubro de 2011 e o inciso X do art. 13 do Regulamento da ANVISA, aprovado pelo Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, tendo em vista o disposto no inciso VIII do art. 16 e no inciso I, § 1º do art. 55 do Regimento Interno da ANVISA, aprovado nos termos do Anexo I da Portaria n.º 354, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, considerando o art. 62 caput e inciso II, da Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976; considerando o art. 18, § 6º, II, da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990; considerando o art. 7º, XV, da Lei nº 9.782 de 26 de janeiro de 1999; considerando, a Resolução RDC 52/2011 que veda a fabricação, importação, exportação, distribuição, manipulação, prescrição, dispensação, o aviamento, comércio e uso de medicamentos ou fórmulas medicamentosas que contenham as substâncias anfepramona, femproporex e mazindol, seus sais e isômeros, bem como intermediários; considerando que durante a Operação Ágata V, uma equipe operacional formada por servidores da Anvisa e do Exército atuando na Aduana Brasileira, Ponte da Amizade, entre as cidades de Foz do Iguaçu/PR/Brasil e Ciudad Del Este/Paraguai, identificaram e apreenderam unidades do medicamento Dualid S, cloridrato de anfepramona, 75mg, com número de lote L: 0805720, validade 09/2014, sendo transportado clandestinamente para aquele país; considerando que o medicamento Dualid S teve o registro cancelado pela Resolução - RE nº. 5492/11, publicada no DOU 12/12/2011 e, que, segundo levantamento a produção era exclusivamente realizada em território brasileiro e não há nenhum tipo de exportação legalizada do medicamento; considerando que de acordo com a empresa Aché Laboratórios Farmacêuticos S/A, que fora a detentora do registro em território nacional, o lote em questão não foi fabricado por ela, e, ainda, não pertence a nenhum lote regular do medicamento Dualid S produzido pela empresa , e, que número idêntico pertence a outro produto da mesma (mononitrato de isossorbida), RESOLVE:

Art. 1º Determinar, como medida de interesse sanitário, a apreensão e inutilização, em todo o território nacional do medicamento Dualid S, cloridrato de anfepramona, 75mg, com número de lote L: 0805720, validade 09/2014, por se tratar de produto sem comprovação de origem.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação.

DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO

O uso de antibióticos e os cuidados com o intestino


24/08/2012 - 09:39
Saiba por que alguns medicamentos podem comprometer o equilíbrio intestinal e como os probióticos podem evitar a diarreia.

Um estudo do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, denominado Projeto do Microbioma Humano, identificou recentemente a presença de cem trilhões de micróbios vivendo no corpo humano. A pesquisa, divulgada em 13 de junho, busca mapear o código genético dos diferentes tipos de bactérias, vírus e outros microrganismos identificados, para descobrir que funções desempenham no organismo das pessoas.

Muitos desses microrganismos já são conhecidos, e sabe-se que o intestino é um dos órgãos que concentra a maior quantidade e variedade de bactérias. Algumas espécies são fundamentais para a saúde humana. Dra. Vera Lúcia Sdepanian, gastroenterologista, professora da Universidade Federal de São Paulo e chefe da gastroenterologia pediátrica da Escola da Paulista de Medicina/ UNIFESP, explica a importância da flora intestinal:

“A flora intestinal tem muitas funções. Uma delas está relacionada às defesas do organismo. A partir do intestino, a flora tem a capacidade de regular o sistema imunológico e funciona como uma barreira contra invasores. Embora sejam bactérias, esses microrganismos vivem em perfeito equilíbrio com o corpo humano, e têm a capacidade de inibir a colonização de micróbios patogênicos no intestino”, afirma a médica.

Antibióticos e o equilíbrio intestinal -Dra. Vera Sdepanian explica que a ingestão antibióticos pode comprometer o equilíbrio intestinal, levando à diarreia. Isso ocorre porque o remédio utilizado para combater doenças causadas por bactérias invasoras também atua contra aquelas já existentes no organismo - e que são benéficas a ele - causando desequilíbrio nas funções do intestino.

“O uso da grande maioria dos antibióticos pode acarretar em diarreia. Estima-se que isto ocorra entre 11% e 40% dos casos em que há utilização de medicamentos contra infecções pulmonares, urinárias ou na garganta, por exemplo. A diarreia pode ocorrer no início da administração do antibiótico ou até dois meses após o término do tratamento”, explica a especialista. O problema pode ocorrer com qualquer pessoa, porém é mais comum em crianças menores de dois anos de idade e em idosos.

Os sintomas da diarreia associada ao uso de antibióticos são basicamente os mesmos das causadas pela infecção por bactérias, vírus ou protozoários: fezes de consistência aquosa, dores abdominais e evacuação com intervalos curtos de tempo, ocasionando o risco de desidratação. A diferença é a ausência de febre e vômito na diarreia associada a antibióticos, sintomas comuns quando a mesma é causada por microrganismos. “No caso do uso de antibióticos, o agente causador da diarreia não é um micróbio, mas o próprio medicamento”, diz Dra. Vera.

Segundo ela, o principal temor nesses casos é que o paciente seja infectado por uma bactéria denominada Clostridium difficile. “Ela já existe no corpo humano, mas sua atuação é controlada justamente pela flora intestinal. Com seu desequilíbio, pode ocorrer essa infecção grave, capaz de levar o paciente à hospitalização”, completa. A médica afirma que a infecção pelo Clostridium difficile ocorre em 10% a 20% dos casos de diarreia associada ao uso de antibióticos.

A prevenção com uso probióticos -Dra. Vera Sdepanian aponta o uso de medicamentos probióticos como a melhor forma de prevenção à diarreia associada ao uso de antibióticos e, consequentemente, ao risco de infecção pela bactéria Clostridium difficile. Os probióticos são organismos vivos que, administrados em quantidades adequadas, trazem benefícios ao organismo. Atuam na defesa da flora intestinal ao impedir a colonização por microrganismos nocivos. O Saccharomyces boulardii é um probiótico da classe das leveduras e vem sendo utilizado desde a década de 1950 em países europeus na prevenção e no tratamento da diarreia.

“O probiótico Saccharomyces boulardii tem eficácia comprovada cientificamente no sentido de evitar a diarreia associada a antibióticos. O medicamento deve ser empregado do início ao fim do tratamento. Se o antibiótico for prescrito por dez dias, por exemplo, o probiótico deve ser utilizado pelo mesmo período, principalmente nas faixas etárias onde essa diarreia é mais prevalente, ou seja, crianças - especialmente as menores de dois anos de idade - e idosos”, explica a médica.

Testes sobre a eficácia do Saccharomyces boulardii demonstraram uma redução de 80% na ocorrência de diarreia associada ao uso de antibióticos em crianças, em comparação com o uso de placebo (porcentagem dos pacientes com diarreia: 3,4% com S.boulardii; 17,3 % com placebo. Referência: Kotowska M et al.Saccharomyces boulardii in the prevention of antibiotic-associated diarrhoea in children: a randomized double-blind placebo-controlled trial. Aliment Pharmacol Ther 2005; 21: 583–590).

A Merck é a mais antiga indústria farmacêutica e química do mundo. A companhia une essa tradição com a busca constante por inovações nos segmentos em que atua. Com forte presença global, a Merck, fundada na Alemanha há mais de 340 anos, hoje está presente em 67 países e distribui seus produtos em mais de 150. A empresa possui visão de longo prazo e prioriza a pesquisa e o desenvolvimento de inovações nas indústrias farmacêutica e química.

Desde 1995, a empresa possui cerca de 30% do seu capital total cotado na Frankfurt Stock Exchange. Os demais 70% pertencem à família Merck, descendente do fundador. Atualmente, a empresa conta com cerca de 40 mil colaboradores distribuídos por 67 países. A receita total do grupo em 2011 cresceu 11%, ultrapassando os € 10 bilhões. No quarto trimestre de 2011, com um total de € 2.6 bilhões da receita, obteve crescimento de 3,1% em relação ao mesmo período de 2010.

A Merck atua no Brasil desde 1923 e é uma das dez maiores indústrias farmacêuticas do país, de acordo com o IMS Health. Sua sede é no Rio de Janeiro, onde fica também a fábrica de medicamentos. A área Química está localizada na capital paulista e conta com uma planta em Barueri e um depósito em Cotia, na Grande São Paulo. No Brasil, a empresa tem cerca de 1.100 funcionários.

A Merck trabalha em duas frentes, farmacêutica e química, e busca o equilíbrio nesses negócios. A área farmacêutica é composta pelas divisões Merck Serono - de medicamentos de prescrição e Genéricos – e Produtos de Consumo (Consumer HealthCare). Já a Química compreende as divisões Merck Millipore, com portfólio completo de soluções para análises em laboratórios de pesquisa ou controle de qualidade em indústrias ou instituições de saúde; e Performance Materials, com pigmentos industriais, ativos e pigmentos cosméticos oferecidos para diversos segmentos, como o de cosméticos, automotivo e de tintas especiais.

A Merck conta com um Programa de Responsabilidade Social Corporativa que tem como princípio o compromisso com os funcionários, com a sociedade e com o meio ambiente. O objetivo é contribuir tanto com a melhoria da qualidade de vida de seus funcionários – através de uma série de iniciativas e programas específicos – como proporcionar a inclusão de pessoas com deficiência e crianças e jovens em risco social. Dessa forma, a Merck colabora a partir do apoio a projetos e ações que valorizam a cultura e a cidadania

Novartis eleita a melhor farmacêutica para trabalhar no Brasil

28/08/2012 - 08:55
De acordo com uma pesquisa promovida anualmente pelo instituto Great Place to Work® (GPTW), a Novartis é a melhor empresa farmacêutica para trabalhar no Brasil. Mais de 1000 empresas foram avaliadas pelo GPTW em 2012 e, no ranking geral, a Novartis obteve o 23ª lugar, avançando 73 posições em relação à sua colocação de 2011, avança o site brasileiro Inteligemcia.

“Ser a melhor farmacêutica para se trabalhar no Brasil é motivo de muito orgulho e um grande reconhecimento pelo trabalho contínuo de gestão da liderança da Novartis. Nos últimos anos, toda a empresa uniu-se no compromisso de fazer a Novartis um lugar cada vez melhor para se trabalhar. Essa evolução é fruto do comprometimento de todos os colaboradores, que participaram activamente desse processo”, comemora Adib Jacob, Director-geral da divisão farmacêutica da Novartis Brasil há quase dois anos.

Para o GPTW uma boa empresa para trabalhar é aquela na qual os seus colaboradores acreditam nas pessoas para as quais trabalham (liderança), têm orgulho do que fazem e gostam do ambiente organizacional. A pesquisa analisa as empresas em três fases: questionário preenchido pela própria empresa, pesquisa online junto aos funcionários seleccionados de forma aleatória e grupos de discussão com colaboradores para confirmar os dados da pesquisa.

“Ficamos muito orgulhosos e satisfeitos com o impulso da divisão Farmacêutica da Novartis no ranking, particularmente por saber que essa pesquisa reflecte a opinião dos próprios colaboradores”, comenta Afonso Garcia, director de Recursos Humanos.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

CFF propõe união de entidades farmacêuticas nas Américas e pede o apoio da FIP

Data: 23/08/2012

O futuro da profissão farmacêutica foi o tema que norteou os debates da Assembleia Geral dos Países membros do Foro Farmacéutico de las Americas (FFA), realizada no dia 15 de agosto. O evento atraiu a Cartagena, na Colômbia, as principais autoridades farmacêuticas das Américas do Sul e Central. Na oportunidade, o Presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter Jorge João, assegurou que a união é indispensável para enfrentar problemas comuns aos farmacêuticos dos países representados, além de salientar que o apoio da FIP (Federação Farmacêutica Internacional) é fundamental para o desencadeamento de ações concretas.

A mesma estratégia foi usada pelo Presidente do CFF, Walter Jorge João, no dia 16, durante as reuniões da Federação Farmacêutica Sul-americana (Fefas) e da Federação Pan-americana de Farmácia (Fepafar), eventos que antecederam o XV Congresso da Fefas, realizado nos dias 17 e 18 de agosto. “É preciso que as lideranças farmacêuticas se unam por objetivos práticos e não mais para apresentar os problemas específicos de cada país em debates que não avançam além dos portões das entidades representativas. Precisamos nos unir em prol de metas comuns, em busca de soluções práticas que cheguem efetivamente aos farmacêuticos que representamos”, afirmou.

Continente – diante da descrição de atividades e de exposição de problemas da Farmácia por representantes das Américas do Sul e Central, o Presidente do CFF propôs a união de forças dos países que integram a Fefas, Fepafar e FFA em prol do desenvolvimento da Farmácia em todo continente, e solicitou apoio da FIP, então representada pela Vice-Presidente, Carmen Peña Lopes. “É necessário que os líderes estejam mais envolvidos na busca de soluções para problemas comuns como a inserção do farmacêutico nas políticas públicas de saúde desses países e na luta para transformar a farmácia em estabelecimento de saúde prestador de serviços, e não, em simples comércio. Por mais unidos e fortes que estejamos, não podemos prescindir do apoio da FIP. É necessário que a Federação volte seus olhos para as Américas do Sul e Central e nos ajude, com ações concretas, na busca por soluções dos problemas quem envolvem os farmacêuticos”, afirmou o Presidente do CFF.

Durante a Assembleia do FFA, Walter Jorge João solicitou, ainda, que o CFF participe dos subgrupos de desenvolvimento profissional e educação farmacêutica, que integram o Foro (FFA), no que foi prontamente atendido. Participaram da Assembleia e das reuniões o assessor da presidência, Tarcísio José Palhano, e a assessora técnica, Josélia Frade.

Fefas e Fepafar – Walter Jorge João aproveitou o momento em que os principais líderes da profissão estavam reunidos em Cartagena, no dia 16 de agosto, para pedir o apoio dos representantes da Fefas, Fepafar e FIP contra a determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de disponibilizar os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) fora dos balcões de farmácias e drogarias, ao alcance da população. Diante dos riscos que tal medida representa, todas as entidades apoiaram o CFF, e se comprometeram em oficializar o repúdio à RDC nº 41, de 27 de julho de 2012.

Com o objetivo de promover a participação ativa dos farmacêuticos brasileiros no debate sobre a profissão, no continente, o Presidente do CFF solicitou às entidades (Fefas e Fepafar) que o Brasil integre a Comissão Organizadora do XXI Congresso da Fepafar e do XVI Congresso da Fefas, que serão realizados em Salta, na Argentina, em outubro de 2013, eventos paralelos organizados pelas duas entidades. E durante a reunião da Fefas, Walter Jorge João solicitou, ainda, que CFF possa indicar membros para o Conselho Editorial da Revista Farmacia Sudamericana, publicação da Federação. Neste mesma reunião, as lideranças farmacêuticas dos países representados acataram a recomendação da FIP para comemorar, no dia 15 de setembro, o Dia Internacional do Farmacêutico.

Além das reuniões do FFA, Fefas e Fepafar, os assessores Josélia Frade e Tarcísio Palhano participaram, nos dias 17 e 18 de agosto, do XV Congresso da Fefas que integrou eventos como o VIII Congresso de Ciências Farmacêuticas e o XII Simpósio Colombiano de Ciência e Tecnologia Cosmética.

Brasil - Durante os debates sobre o futuro da Farmácia, o Presidente do CFF afirmou que, no Brasil, os farmacêuticos têm desafios proporcionais ao tamanho dos seus problemas. Insistiu em falar da qualificação e da busca de novos conhecimentos, que definiu como pilares para a construção de uma nova Farmácia para as Américas do Sul e Central.

Ao apresentar o panorama da Farmácia, no Brasil, Walter Jorge João destacou as ações do CFF junto à categoria, no sentido de promover o crescimento da profissão. Entre as conquistas mais recentes dos farmacêuticos brasileiros, o Presidente do CFF lembrou da primeira campanha nacional de valorização profissional realizada em pareceria com todos os Conselhos Regionais, usando a publicidade como ferramenta de comunicação; e do sucesso do CFF como líder no processo que culminou com o veto presidencial ao artigo 8º da Medida Provisória nº 549-B, que permitia a venda de MIPs em supermercados, armazéns e lojas de conveniência.

Líderes - Estiveram presentes nas reuniões, os diretores da Fefas - Grisel Fernández (Uruguai); Eduardo Savio (Uruguai); Olga Maciel Garelli (Paraguai) Carlos Eduardo Jerez (Colômbia); a Vice-Presidente da FIP e Presidente Conselho Geral de Farmácia da Espanha, Carmen Peña López; a Presidente da Associação Farmacêutica Dominicana, Luz Idalia Sosa de Jesus; a Presidente da Associação de Química e Farmácia do Uruguai, Virginia Olmos; o Presidente do Colégio Nacional de Farmácia e Química da Colômbia, Luis Guilhermo Restrepo, entre outros.

Fonte: CFF
Autor: Veruska Narikawa

Há idade certa para empreender?


Existe então uma idade certa para empreender? Esta "idade certa" tem prazo de validade? Quando podemos abrir um novo negócio? E como sabermos se passamos da hora para tal?

É muito comum ver um empreendedor sendo avaliado a partir do nome da universidade onde ele estudou ou a partir dos títulos de especializações que ele tem. E o mais interessante: muito do crédito dado pelo mercado, vez ou outra, acaba sendo vinculado à idade física ou biológica da pessoa que se lança na praça com um novo empreendimento. Antagonismo do empreendedorismo.

Aos 20 e poucos anos, frases clássicas são comuns de se escutar: "puxa, como você é jovem!" – "é somente você mesmo quem está por trás deste negócio?" - "Como você conseguiu tanto sucesso?" Em outras palavras, o que se pergunta é: - "Como acreditar em um menino que sabe tão pouco da vida, por conseguinte, é inexperiente e imaturo?". Muitas vezes ouvi isto. Hoje nem tanto, porque o tempo traz as "respeitadas" rugas.

No entanto, se o empreendedor está na faixa dos 60 anos pode ser observado como um profissional ultrapassado, frustrado e rejeitado por empresas em função de seu perfil pré julgado como conservador – sem a flexibilidade para inovação e dinamização exigida no atual ambiente de negócios.

Existe então uma idade certa para empreender? Esta "idade certa" tem prazo de validade? Quando podemos abrir um novo negócio e como sabermos se passamos da hora para tal?

Em 2007, na cidade de Ontário/Canadá, um garoto de 13 anos deu início ao seu empreendimento utilizando a internet. Com um alcance e prospecção de 10 milhões de futuros clientes em todo o mundo, através de um simples vídeo postado no Youtube, este mesmo garoto foi procurado por "gigantes" de seu mercado, com diversas propostas de investimentos.

A partir de então, o sucesso de seu empreendimento foi meteórico. Em 2011, ele faturou 55 milhões de dólares. E o mais interessante desta estória é que este garoto nunca foi à uma universidade ou à aulas para aprender o que fazer para ser um bom empreendedor. Ele é um autodidata.

Em 1965, na cidade do Rio de Janeiro, um senhor de então 60 anos iniciou seu empreendimento na área da comunicação. Sem capital inicial, este senhor buscou investimentos estrangeiros, o que exigiu um padrão de qualidade em sua empresa – que o diferenciou de seus concorrentes e que só fez o bem para seu empreendimento. Na virada para o século XXI, este senhor, na época ainda vivo, era um dos homens mais ricos do planeta, com 15 mil funcionários e um faturamento de 2 bilhões de dólares. O mais importante desta estória é que este senhor empresário teve uma vida inteira de estudo e preparo técnico e científico em sua área de atuação.

O garoto de 13 anos trabalha na indústria altamente competitiva da música, e o nome dele é Justin Bieber. O senhor de 60 anos empreendeu e trabalhou com o maior conglomerado da comunicação do Brasil – conhecido como "Rede Globo" – o nome dele é Roberto Marinho.

Agora, para nossa reflexão eu repito as perguntas: Existe uma idade certa para empreender? Esta "idade certa" tem prazo de validade? Não. Não existe idade certa para empreender! Assim como também não é pré-requisito básico um currículo recheado de grandes nomes e títulos universitários. O que conta mesmo é o sonho, a visão, o poder de ação de cada indivíduo e também o poder de realização de objetivos.

Se você tem 12, 35 ou 70 anos, e realmente sonha e desejar ardentemente empreender em um novo negócio, o que ainda está esperando? Dê as asas da imaginação para seu conhecimento autodidata ou adquirido - não importase já fez, ou onde fez faculdade – o que realmente importa é você ser um apaixonado por seu sonho, a ponto de ter a coragem de se lançar no escuro e inconstante mundo dos negócios.

Há empreendedores bem sucedidos de todas as idades, formação, sexo e área de atuação. Então, se acontecer de ser julgado por estes fatores, ignore e olhe para frente, para os seus objetivos. A pouca ou muita idade só será um obstáculo em seu empreendimento se você desviar o olhar de seu sonho, de seus objetivos.

Prati-Donaduzzi é destaque do setor farmacêutico em ranking das melhores empresas do Brasil


A Prati-Donaduzzi, indústria de medicamentos paranaense e uma das maiores fabricantes de genéricos consumidos do Brasil, aparece pela primeira vez no anuário “As Melhores da Dinheiro”, relevante publicação da revista IstoÉ Dinheiro que tem como objetivo listar as melhores empresas do Brasil em 29 setores da economia.

Nesta nona edição do prêmio, a farmacêutica é citada entre as Top 5 (no quesito Sustentabilidade Financeira) do setor no ranking Farmacêutico, Higiene e Limpeza. Segundo a Interfarma, Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, o setor apresentou crescimento 18,8%, estimando que o Brasil passe de oitavo para quinto lugar em vendas de medicamentos ainda este ano. O crescimento se deve ao mercado de genéricos, que faturou R$ 8,7 bilhões em 2011 e já representa 22,3% do mercado total.

“Para nós é uma grande satisfação ser classificada entre as cinco melhores na categoria de Sustentabilidade Financeira. É um reconhecimento que nasce como resultado do empenho da equipe Prati-Donaduzzi em promover uma gestão de qualidade e responsabilidade se equiparando as gigantes do setor farmacêutico”, ressalta Marco Aurélio Miguel, diretor de marketing da Prati-Donaduzzi.

Ao longo dos últimos oito anos, o prêmio “As Melhores da Dinheiro” firmou-se como um dos mais completos e abrangentes rankings empresariais do Brasil. Técnicos da consultoria KPMG e da Trevisan Escola de Negócios, parceiros da revista, são responsáveis pela tabulação e análise dos dados. O ranking funciona no sistema de pontuação: cada informação tem um peso e são escolhidas as melhores empresas de cada um dos setores analisados.

Sobre a Prati-Donaduzzi
A Prati-Donaduzzi, indústria farmacêutica especializada no desenvolvimento e produção de medicamentos genéricos e similares, é a primeira no país a comercializar os medicamentos fracionáveis. Com sede em Toledo, oeste do Paraná, tem mais de 3,4 mil colaboradores. A Prati-Donaduzzi tem um dos maiores portfólios de medicamentos genéricos do Brasil e produz, em média, 550 mil unidades por dia de medicamentos sólidos, semi-sólidos e líquidos – equivalendo a quase 10 bilhões de doses terapêuticas por ano, ocupando uma posição de destaque entre os maiores laboratórios do país. [marise.vieira@approach.com.br]

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Setor farmacêutico atrai grandes investidores

Mercado brasileiro é o 6º no ranking mundial

O setor farmacêutico têm crescido cada vez mais e atraído investidores. A marca de drogaria paraense Big Ben, proporcionou crescimento ao segmento e despertou o interesse de investimentos do banco BTG Pactual, que adquiriu o grupo. Com isso, a instituição conseguiu formatar o terceiro maior grupo do segmento de farmácias no Brasil, através da companhia Brazil Pharma.

A empresa tem farmácias de marcas regionais em todas as regiões do Brasil. "A tendência é de concentração”, diz Sérgio Mena Barreto, presidente-executivo da Associação Brasileira de Redes de Farmácia e Drogarias (Abrafarma). A instituição representa o interesse das 31 maiores redes do País.
 
“Atualmente o mercado brasileiro é o 6º no ranking mundial, mas com perspectiva para ser um dos cinco. O Brasil está acima da média do mercado mundial (5% ao ano), com uma vertente de crescimento de dois dígitos ano após ano”, afirma Marcello Albuquerque, diretor da Pharma Solutions América Latina da IMS Health.

Aché é eleita a melhor indústria farmacêutica do país

Empresa foi escolhida no anuário Valor 1000, promovido pelo jornal Valor Econômico, como campeã no setor Farmacêutica e Cosméticos

O jornal Valor Econômico premiou ontem (quinta-feira, 23) as 25 melhores empresas brasileiras em diversos setores da economia. Os resultados, publicados na 12ª edição do anuário Valor 1000 e divulgados em São Paulo (SP), trazem as melhores empresas escolhidas entre as 1000 maiores do país por receita líquida e destacam as campeãs setoriais. O Aché ganhou como a melhor empresa do ano no ramo de farmacêuticas e cosméticos.

Para escolher os vencedores são levados em conta empresas que tiveram melhor média de pontuação em sete critérios: crescimento sustentável, receita líquida, geração de valor, rentabilidade, margem de atividade, liquidez corrente e giro do ativo. O Aché ficou em primeiro lugar em “crescimento sustentável” e em segundo colocado em “geração de valor”.

A empresa também subiu cinco posições na lista que aponta as mil maiores empresas do país por receita líquida, ficando com o 267º lugar. Em 2011 foram lançados 33 medicamentos, distribuídos nos segmentos de medicamentos sob prescrição, genéricos e MIP (isentos de prescrição) e dermocosméticos e nutracêuticos. Neste mesmo ano, a receita líquida foi de R$ 1,4 bilhão, 10,7% superior em relação a 2010.

Sobre o Aché Laboratórios

O Aché é uma empresa 100% brasileira, com mais de 45 anos de atuação no mercado farmacêutico. Conta com dois complexos industriais, um em sua sede, em Guarulhos (SP), e outro em São Paulo (SP), e participação acionária de 50% na Melcon, em Anápolis (GO), cerca de 3,5 mil colaboradores e uma das maiores forças de vendas do segmento no Brasil. Para atender às necessidades dos profissionais de saúde e consumidores, o Aché oferece um portfólio diversificado com mais de 250 marcas em 600 apresentações de medicamentos sob prescrição, genéricos e MIP (isentos de prescrição) e nos segmentos de dermocosméticos e nutracêuticos. Recentemente, com a criação da BioNovis, passou a atuar em Biotecnologia. No mercado internacional, exporta para 12 países das Américas e África.

O lado obscuro dos genéricos

Enquanto as vendas crescem acima dos 20% ao ano e movimentam bilhões, os centros de bioequivalência- parte fundamental para a produção dos medicamentos - clamam por socorro frentes aos concorrentes internacionais.

O ano de 1999 foi marcado pela implantação da política que regulamenta os genéricos, fiscalizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A partir de então, o governo investiu no setor para fomentar a produção desses medicamentos no País que, nos seis primeiros meses deste ano, movimentaram R$ 5,1 bilhões – um salto de 34,2% em relação ao ano anterior, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos). Os resultados do segmento evidenciam um mercado promissor, em que as vendas em volume crescem acima dos 20% ao ano, impulsionando, dessa forma, o acesso da população a remédios que custam em média 50% menos do que os chamados de referência.
Nesse contexto, onde a projeção de vendas de 2012 está na casa dos 25%, há uma realidade de números decrescentes devido à contração de demanda. Tão incentivados, há décadas pelo poder público, os centros de bioequivalências nacionais – responsáveis por testar a eficácia e qualidade dos medicamentos – estão minguando ao concorrer com os centros internacionais, principalmente os indianos.
Com o introdução dos genéricos, a Anvisa registrou centros fora do Brasil para agilizar o abastecimento do mercado e, segundo o presidente da Associação Brasileira de Centros de Biodisponibilidade e Bioequivalência (ACBIO), Eduardo Abib, essa prática foi se consolidando até que, em 2011, o número de centros internacionais autorizados pela Anvisa ultrapassou os nacionais (veja tabela).
No último ano, pelos menos três unidades brasileiras fecharam as portas, o que representam 15% do mercado. E, junto com tais estabelecimentos, vão-se também “investimentos em alta tecnologia, profissionais especializados e conhecimento científico”, diz Rafael Eliseo Barrientos, gerente de análises bioquímicas da Magabi Pesquisas Clínicas, pertencente ao grupo Eurofarma, e vice-presidente da ACBIO.
A demanda, por exemplo, do Núcleo de Bioequivalência e Ensaios Clínicos (Nubec), vinculado à Universidade Federal de São Paulo, caiu 80% no último ano. “Os tributos aqui no Brasil são elevadíssimos, não conseguimos concorrer com os indianos em termos de tecnologia e infraestrutura”, comenta a gerente de projeto do Nubec, Mineko Tominaga.
Para Barrientos, dois são os motivos que geram as dificuldades enfrentadas pelos centros. O primeiro deles é consequência da adequação da produção de medicamentos similares nos mesmos moldes dos genéricos – regra estabelecida em 2003, com obrigatoriedade até 2013. “Houve um boom por causa da necessidade de se adequarem, mas, agora, 90% já estão em conformidade com a normativa”, explica.
A concorrência internacional é o segundo. “Há um ano, os centros internacionais passaram a ser mais competitivos devido ao artifício cambial. O real estava desvalorizado em relação ao dólar”, afirma Barrientos, completando que esse cenário está mudando em favor do Brasil.
Outros fatores que contemplam o chamado Custo Brasil deixam as unidades nacionais em desvantagem como, por exemplo, o alto custo da mão de obra local, tendo em vista o perfil de mestres e doutores necessários para a área; 35% de tributos durante o processo de importação do Espectrômetro de Massas (LC-MS/MS) – equipamento para a bioequivalência -, em comparação à taxa de 10% da Índia; e preços elevados com manutenção, já que não existem no País os aparelhos específicos para os testes e nem técnicos qualificados.
Além disso, um centro indiano cobra, em média, US$ 30 por amostra, preço 45% menor do que o brasileiro. “Há 12 meses, praticávamos preços por volta de R$ 70 por amostra, hoje é muito difícil passar de R$ 55”, lamenta o executivo da Magabi.
“Vários centros estão migrando para outro ramo de atividade, como análises clínicas, ou fazendo dosagens de aditivos na área de alimentos. Isso reflete uma perda em investimentos e recursos humanos ao longo dos últimos dez anos”, diz Mineko.
Ao que tudo indica a oferta de genéricos não sofrerá impactos, já que os laboratórios continuam a fabricá-los e testá-los, seja dentro ou fora do País. Os critérios analisados por uma indústria farmacêutica na hora de escolher um centro são: prazo, preço e qualidade. Na visão dos especialistas, o quesito preço é o grande responsável pela contração da demanda.
“Cada empresa escolhe de acordo com sua estratégia. O que importa é se elas estão cumprindo a legislação”, afirma a presidente da Pró-Genéricos, Telmas Salles.
Papel da Anvisa
Apesar de existirem mais de 20 centros certificados pela Anvisa fora do País, a Agência não possui nenhum controle dos processos no exterior – diferentemente da realidade local, em que tudo é computado em um sistema integrado.
De acordo com Barrientos, depois de muitas tentativas junto ao órgão em defesa dos centros, a Anvisa sinalizou que os sistemas online para a submissão dos dossiês nacionais são priorizados em relação aos internacionais, que chegam em papel, por correio. “Isso gera uma vantagem competitiva para nós. Esse sistema é relativamente novo, cerca de um ano, e ainda não mensuramos se isso é verídico”.
Com o novo sistema, a redução de tempo para a liberação do produto, de acordo com o órgão regulador, seria de 50%, ou seja, de um ano para seis meses.
A preocupação de Abib, presidente da ACBIO, reside no potencial que esses estabelecimentos representam para a credibilidade do Brasil no exterior, na possibilidade de conhecimento científico e tecnológico e desenvolvimento de projetos complexos. Algo que certamente deva interessar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, afinal, esses possíveis ganhos poderiam ser a vitrine de seu trabalho. Entretanto, devido ao período de greve no mês de julho, a agência não concedeu entrevista à FH.
Três fases para o teste
1 – Clínica: estabelece-se o protocolo clínico, onde as responsabilidades do patrocinador do estudo e do centro são atribuídas. O documento é submetido à autorização do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP).
Inicia-se a internação dos voluntários – pessoas sadias, que se submetem ao teste. Coleta das amostras de sangue para verificar se houve absorção do princípio ativo no corpo do genérico, na mesma proporção do medicamento referência.
2 – Analítica: Envio do laudo para a análise estatística. Um software faz o cálculo da bioequivalência, expressa em números. Para a comercialização dos genéricos dois critérios precisam ser atendidos: quantidade e velocidade liberadas do fármaco no corpo iguais aos do medicamento referência.
3 – Estatística: Resultado da bioequivalência. Se está de acordo com os parâmetros estabelecidos pela Anvisa.
*Média de três anos para colocar um genérico no mercado. Anvisa leva, em geral, um ano para aprovar o dossiê enviado pelos centros.
26 Centros Internacionais de Biodisponibilidade/Bioequivalência Certificados
Argentina
Diffucap – Eurand S.A.C.FI.
Austrália
Q-pharm Pty Limited
Tetraq Quality Preclinical Solutions
Canadá
Algorithme Pharma Inc.
Anapharm Inc.
Eslovênia
Lek Pharmaceuticals D.D
Estados Unidos
Bioanalytical Systems Inc (BASI)
Índia
Accutest Research Laboratories (I) Pvt Ltd
Axis Clinical Ltd.
Bombay Bioresearch Center (BBRC)
Clinsys Clinical Research Ltd
Fortis Clinical Research Limited
Glenmark Generics Research Center
GVK Biosciences Pvt Ltd.
Lambda Therapeutic Research Pvt. Ltd.
Lotus Labs Pvt. Ltd.
Macleods Pharmaceuticals Limited.
Ranbaxy Research Laboratories
Reliance Life Sciences
SUN Pharmaceutical Industries LTD
Torrent Pharmaceutical Ltd
Veeda Clinical Research Pvt. Ltd.
Zydus Research Center
Itália
Mader S.R.L.
R&D LABS.
Irlanda do Norte
MDS Pharma Services GB Limited
25 Centros Nacionais Certificados
Ceará
UNIFAC – Universidade Federal do Ceará Universidade / Unidade de Farmacologia Clínica
Goiás
ICF – Instituto de Ciências Farmacêuticas de Estudos e Pesquisas S/S Ltda
Minas Gerais
Cebio- Centro de Pesquisa em Biotecnologia Ltda
Instituto Hermes Pardini Ltda
Paraná
Biocinese – Centro de Estudos Biofarmacêuticos Ltda – ME
Pernambuco
Universidade Federal de Pernambuco/ Núcleo de Desenvolvimento Farmacêutico e Cosmético – Nudfac
Rio de Janeiro
Programa de Biofarmácia e Farmacometria da Faculdade de Farmácia/Universidade Federal do Rio de Janeiro – PBF
Rio Grande do Sul
Universidade Federal de Santa Maria/Centro de Estudos de Biodisponibilidade e Farmacocinética – Cebifar
São Paulo
Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina – SPDM / Núcleo de Bioequivalencia e Ensaios Clínicos – Nubec
Bioagri Laboratórios Ltda
Biocrom – Unidade de Farmacocinética/Associação Fundo de Pesquisa a Psicofarmacologia
Casa de Nossa Senhora da Paz – Ação Social Franciscana/Unifag
Centro Avançado de Estudos e Pesquisas Ltda – Caep
Core Pesquisas ClínicasLtda
Faculdade de Ciências Farmacêutica de Ribeirão Preto – USP
Fundação Instituto de Pesquisas Farmacêuticas – Fipfarma/ Laboratório de Biofarmacotécnica – Biofar/FCF/USP
Galeno Desenvolvimento de Pesquisas
LAL Clínica Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Ltda
Magabi Pesquisas Clínicas e Farmacêuticas Ltda
Maxilabor Diagnósticos S/C Ltda
MCM Análises Laboratoriais S.A. – Chromanalysi
Scentryphar Pesquisa Clínica Ltda
Statpharm Consultoria Científica Ltda
Scentryphar Analítica
Synchrophar – Assessoria e Desenvolvimento de Projetos Clínicos S/C Ltda
T&E Analítica Comércio e Análises Químicas Ltda
legenda: centro de bioequivalência Magabi, no Brasil:
Um centro indiano cobra, em média, US$ 30 por amostra, preço 45% menor do que o brasileiro. “Há 12 meses, praticávamos preços por volta de R$ 70 reais por amostra, hoje é muito difícil passar de R$ 55 reais”, lamenta o executivo da Magabi.
“Os impostos aqui no Brasil são elevadíssimos, não conseguimos concorrer com os indianos em termos de tecnologia e infraestrutura”

mineko tominaga, do NUBEC

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Preço de medicamentos para a pele dispara


The New York Times News Service / Sindicat

Estes são os produtos básicos da maioria dos consultórios de dermatologia: cremes e pomadas genéricas que tratam de tudo, de erupções cutâneas a pé-de-atleta e sarna. Muitos médicos prescrevem esses medicamentos sem pensar duas vezes, mas alguns dermatologistas afirmam que os pacientes estão reclamando cada vez mais de um recente, rápido e misterioso aumento em seu preço.

Veja o exemplo do dipropionato de betametasona, pomada utilizada para aliviar coceiras na pele: em 2008 um tubo custava 18,17 dólares. Agora, o remédio custa 71,28 dólares, de acordo com a Red Book, que registra os preços de venda de medicamentos. A permetrina tópica, que combate os ácaros da sarna, custava 29,25 dólares em 2008, mas saltou para 71,08 dólares hoje.

O repentino aumento de preços deixou médicos e pacientes perplexos.

"Parece que alguma coisa está acontecendo, mas não temos os detalhes do processo", afirmou o Dr. Steven R. Feldman, professor de dermatologia no Centro Médico Batista de Wake Forest, em Winston-Salem, Carolina do Norte. "Nunca imaginei que esses antigos medicamentos genéricos pudessem ficar tão caros."

Com os preços mais altos, o dinheiro extra aumentou o faturamento das poucas empresas que fabricam esses medicamentos, e apareceu até mesmo entre os números da conflituosa aquisição de uma dessas fabricantes pela Sun Pharmaceuticals, uma empresa farmacêutica com sede na Índia.

Esse fenômeno permite entrever o obscuro e muitas vezes ilógico processo de precificação dos medicamentos, onde os valores nem sempre são ditados pela simples regra da oferta e da demanda.

"Na maioria dos mercados, a economia básica diria que quanto menor o preço, maior o volume", afirmou Les Funtleyder, o gestor de fundos médicos da Poliwogg, um fundo de hedge e de investimento em participações. "Mas o mercado dos cuidados com a saúde não faz parte da economia tradicional."

Além dos gestores de lucro da indústria farmacêutica, responsáveis pelos planos de venda dos medicamentos controlados, poucas outras pessoas no setor tomam decisões baseadas no custo de fabricação, afirmou Funtleyder. Quando os médicos prescrevem um medicamento, eles frequentemente não pensam em seu preço. E, uma vez que o plano de saúde de muitos pacientes cobre os gastos com medicamentos prescritos, eles também ignoram os valores de venda. Essa situação oferece uma grande oportunidade de lucro para algumas empresas, especialmente em áreas de menos destaque no setor, como a dermatologia, onde o aumento de preços pode não atrair tanta atenção.

"Existe muita gente por aí que sente coceira, mas muitas dessas pessoas conseguem viver tranquilamente", afirmou Funtleyder. "Erupções cutâneas não são uma emergência de saúde pública."

Ainda assim, alguns médicos afirmaram que esses preços são inaceitáveis. “Os pacientes reclamam a cada consulta", afirmou o Dr. Mark G. Lebwohl, presidente do conselho médico da Fundação Nacional de Psoríase e chefe de dermatologia no Mount Sinai Medical Center, em Manhattan. "Eu acho um absurdo que o custo de uma pomada genérica – ou de qualquer outra pomada – seja superior ao de uma consulta médica."

A maior parte dos cremes e pomadas genéricas fabricadas nos Estados Unidos é feita por três empresas: a Perrigo, a Taro e a Fougera, que foi recentemente comprada pela Sandoz, a divisão de genéricos da Novartis. É um negócio especializado, que exige os medicamentos certos e o conhecimento certo. Antes de receber autorização para fabricar um medicamento, as empresas precisam demonstrar à Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA, sigla em inglês) que as pomadas são absorvidas pela pele nas mesmas quantidades que os medicamentos de marca, o que é mais difícil de comprovar do que em relação às pílulas genéricas.

"Demora muito tempo e custa caro receber a aprovação para esses medicamentos", afirmou Brian Sheehy, diretor da IsZo Capital, sócia minoritária da Taro, que afirmou que o aumento da fiscalização dos processos de fabricação pelo FDA elevou os custos e fez com que algumas empresas interrompessem a fabricação de determinados medicamentos. Portanto, mesmo com o aumento dos preços, "ainda não é lucrativo fornecer esse tipo de medicamento ao mercado".

De forma geral, os preços de mais de uma dúzia de medicamentos dermatológicos genéricos aumentaram significativamente desde 2010, de acordo com o distribuidor Cardinal Health, que registra as mudanças de preço em medicamentos genéricos. A Express Scripts, uma gestora de lucros da indústria farmacêutica, descobriu que o total gasto com medicamentos dermatológicos cresceu 18,2 por cento nos primeiros cinco meses de 2012, em comparação com o ano passado, principalmente em função do aumento do custo das receitas médicas individuais.

Jim Grossman, executivo de relações públicas em Nova York, afirmou ter ficado surpreso quando a farmácia Target recentemente cobrou 24 dólares por uma pomada fungicida de nistatina e triancinolona feita pela Taro, que ele usa há anos. O medicamento já esteve na lista de genéricos que a Target vendia por quatro dólares.

"Eu entendo que o preço dos produtos aumente, mas não que aumente seis vezes da noite para o dia", afirmou Grossman. Ele acrescentou que a Target cobrou apenas quatro dólares pela pomada, depois que ele reclamou.

James Kedrowski, o executivo chefe interino da Taro, afirmou que a empresa fez o máximo possível para oferecer preços justos ao consumidor. Mas, segundo ele, o preço de muitos de seus produtos estava tão baixo que outras empresas farmacêuticas "estavam abandonando o mercado porque não conseguiam mais ganhar dinheiro".

Isso não quer dizer que as empresas não estejam se beneficiando com o aumento dos preços. Em uma mensagem telefônica sobre lucros, em maio, o gerente e diretor executivo da Perrigo, Joseph C. Papa, informou os investidores que o "ambiente de preços favorável" para os medicamentos controlados da empresa era a principal razão para o aumento bruto de 84 por cento nas vendas de medicamentos controlados durante o último trimestre.

A Perrigo e a Sandoz se negaram a comentar suas estratégias de precificação. Entretanto, em um comunicado de imprensa, a Sandoz afirmou que "acreditamos que nossos genéricos dermatológicos complexos e difíceis de fabricar continuam a oferecer uma excelente relação de custo-benefício para os pacientes e consumidores dos Estados Unidos".

Ainda não se sabe se esse aumento de preços irá durar. Kedrowski afirmou que em alguns casos os preços começaram a cair novamente, à medida que os concorrentes que haviam parado de fabricar determinados medicamentos viram uma oportunidade e retornaram ao mercado. Até recentemente, a Taro era a única fabricante de nistatina, afirmou, mas agora a empresa possui quatro concorrentes. Contudo, o preço da pomada utilizada por Grossman, uma mistura de nistatina e de triancinolona, continua alto.

"Acreditamos que o mercado vai se resolver basicamente sozinho", afirmou Kedrowski. Outro analista tinha a mesma opinião, afirmando existirem sinais de que os preços de alguns medicamentos já começaram a cair, mesmo que isso ainda não apareça nos últimos dados sobre os preços do setor, uma informação incrivelmente vaga.

Mas nem todo mundo concorda. Saber se os preços continuarão altos tornou-se um importante ponto de disputa entre a Sun Pharmaceuticals, que é proprietária de dois terços da Taro, e os acionistas minoritários, que afirmam que as ações valem mais do que a Sun está querendo pagar. Em julho, um comitê especial do conselho diretivo rejeitou a oferta de aquisição feita pela Sun, afirmando que ela é inadequada.

Sheehy, da IsZo Capital, se opôs à venda, argumentando que os preços permanecerão altos. "É uma situação estranha, porque todos esses produtos são pequenos, individualmente, mas, em conjunto, eles são muito significativos", afirmou.

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Fonte original: http://noticias.r7.com/economia/noticias/preco-de-medicamentos-para-a-pele-dispara-20120823.html