Rompendo a tendência do mercado global, o Brasil
registrou um número recorde de fusões e aquisições no setor de saúde no
primeiro semestre de 2012. Foram realizadas 433 transações no País, o que
representa um crescimento de 55% em relação ao mesmo período do ano passado,
segundo dados da Dealogic compilados pela consultoria PWC.
De acordo com o relatório, as mudanças na
regulação antitruste feitas em maio deste ano podem ter contribuído para o
ritmo acelerado de negócios durante a primeira metade de 2012, bem como o
cenário macroeconômico estável, com inflação controlada e menores taxas de
desemprego.
Os números levaram o País a ser o terceiro do
mundo em frequência de fusões e aquisições em saúde, atraindo cada vez mais investidores.
Segundo a consultoria, alguns dos principais fatores que tornam o Brasil
atrativo para investidores são: o rápido ritmo de crescimento do segmento de
medicamentos genéricos; o potencial de expansão de mercado para US$ 8 bilhões
introduzindo medicamentos patenteados para as cerca de 120 milhões de pessoas
que compõem a classe média; e a falta de restrição ao capital estrangeiro para
investimentos no setor. Além disso, características de mercados emergentes
também favorecem o Brasil, como o crescimento dos planos de saúde e suas
coberturas e o aumento da incidência de doenças como diabetes e hipertensão.
Nos últimos meses, grandes empresas farmacêuticas
multinacionais da Bélgica, Alemanha, Japão e Estados Unidos adquiriram
fabricantes de produtos farmacêuticos brasileiras para ajudar a expandir a
penetração no mercado. No segmento de equipamentos médicos, de acordo com o estudo,
as multinacionais estão cada vez mais buscando estabelecer presença industrial
no País para aproveitar os incentivos do governo para a produção local.
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