sexta-feira, 1 de abril de 2011

Indústria(s) Farmacêutica(s) tenta reduzir o impacto negativo de suspeitas de relação pouco ética com médicos, posando de transparente.


Nota de C&T:
Nota referente matéria publicada e transcrita abaixo na íntegra : Pfizer e GlaxoSmithKline revelam pagamentos a médicos nos EUA em 2010.
Esse tipo de pagamento com divulgação voluntária não revela nada do que realmente acontece. Seria muita inocência acreditar que Indústrias assistidas por excelentes consultorias jurídicas iriam confessar um crime voluntariamente.
A relação suja da Indústria Farmacêutica e demais indústrias da saúde com médicos, jamais será confessada. Será que alguma indústria confessaria que investe muito com um só objetivo, ganhar markt share? Alguma indústria confessaria que existe uma tabela de 15% até 40% pagas em papel moeda na base de caixa 2 pelas indústrias de OPME (órteses e próteses e materiais especiais)? Esta prática é tão escancarada que independente da solicitação do médico, esta tabela já está calculada no valor do produto, e aquele médico que não recebe é porque não quer, pois para a maioria já é uma regra. Normalmente as indústrias utilizam distribuidores para mascarar a operação. Cirurgiões de coluna, joelho, neurocirurgiões, buço maxilar, cirurgiões cardíacos (stentes e outros materiais), são campeões em ganhar dinheiro. Para muitos o compromisso é por número de procedimentos, o indivíduo acorda previamente o número de cirurgia que vai entrar o produto dele por mês, valores é só um detalhe.
Passagens aéreas, diárias em hotéis, honorários por palestras, computadores, equipamentos, salários de secretárias, reforma de consultórios e clínicas, festas em hotéis de luxo, são fichinhas diante das megas negociações com profissionais de gabarito social e político.
Muitos são prejudicados como: hospitais, planos de saúde, seguradoras, cooperativas de profissionais, sistema de saúde pública e outros. Ao final, tudo acaba no bolso do cidadão.
Nota postada por Teófilo Fernandes.

Pfizer e GlaxoSmithKline revelam pagamentos a médicos nos EUA em 2010

A Pfizer anunciou esta sexta-feira que pagou 177 milhões de dólares a médicos e instituições nos EUA pelo seu trabalho em ensaios clínicos, consultoria e outros serviços e itens, em 2010, enquanto que a GlaxoSmithKline informou que pagou 85 milhões de dólares. Atualmente, tais divulgações são feitas voluntariamente ou como parte de um acordo com o governo, mas sob a legislação de saúde dos EUA aprovada no ano passado, todos os laboratórios farmacêuticos serão obrigados a começar a reunir dados uniformes sobre os pagamentos a médicos em 2012 e começar a relatar as informações ao governo norte-americano no ano seguinte, avança o site FirstWord.

A Pfizer, que divulgou os seus dados de acordo com uma resolução de 2009 com o governo norte-americano sobre alegações de que tinha comercializado indevidamente o analgésico Bextra (valdecoxib) para usos não autorizados, informou que aproximadamente 108 milhões de dólares do seu total de pagamentos em 2010 reflete as relações de pesquisa clínica com o centos médicos acadêmico e outras organizações. A farmacêutica também informou que pagou cerca de 34,4 milhões de dólares a cerca de 4600 profissionais para falarem em eventos, ou uma média de 7400 dólares por pessoa, e 8,9 milhões de dólares em honorários profissionais para aconselhamento a 1400 profissionais de saúde, ou seja, aproximadamente 6200 dólares por pessoa. Além disso, a companhia gastou 18 milhões de dólares em refeições, 5,8 milhões em despesas de viagem e 1,7 milhões em itens de educação.

A Pfizer avançou que vai começar a divulgar esses pagamentos numa base trimestral.

A GlaxoSmithKline divulgou voluntariamente que pagou 56,8 milhões de dólares para apresentações ou consultoria a 5331 profissionais de saúde e 28,5 milhões de dólares a vários centros médicos acadêmicos e outras instituições, pela sua ajuda na realização de pesquisas para 127 estudos envolvendo 595 investigadores.

No início desta semana, a MSD divulgou que, no ano passado, pagou 20,4 milhões de dólares a 2088 profissionais de saúde para discutir os seus produtos. A empresa, que não detalhou os pagamentos para o trabalho nos ensaios clínicos, observou que dos pagamentos também foram excluídos os relacionados com os produtos desenvolvidos pela Schering-Plough, que a MSD adquiriu em Novembro de 2009

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