Lilly e Medtronic em parceria para testar fármaco contra a doença de Parkinson
27/04/2011 - 09:40
A Eli Lilly e a Medtronic vão testar um medicamento para tratar a doença de Parkinson, que falhou por diversas vezes em ensaios clínicos, avança a agência Reuters.
No centro desta parceria está uma proteína designada factor neurotrófico derivado de uma linha de células da glia (GDNF). As farmacêiticas vão tentar fazê-la chegar ao cérebro através de um cateter que vai estar ligado a uma bomba implantada. O reservatório do fármaco é da responsabilidade da Medtronic, anunciaram as companhias.
A GDNF tem o potencial de promover a sobrevivência dos neurónios. Alguns investigadores acreditam que o tratamento representa a melhor possibilidade até agora para retardar ou reverter parcialmente a doença.
No entanto, esta potencial terapêutica ainda não teve êxito devido à dificuldade em fazê-la chegar de forma adequada àquela região cerebral, onde estão localizados os neurónios que produzem a dopamina.
Outras companhias falharam em diversas abordagens, incluindo a intranasal. Em 2004, a Amgen interrompeu um ensaio com 48 doentes, no qual a Medtronic utilizava uma tecnologia com a sua formulação própria da GDNF. A biotecnológica declarou que tinha desistido devido ao risco de danos irreversíveis no cérebro e perante a ausência de qualquer benefício.
"O obstáculo a nível técnico tem sido a distribuição do fármaco na área apropriada do cérebro", explicou Ros Smith, director sénior da área de biologia regenerativa da Lilly, sublinhando que o medicamento é uma nova formulação da Lilly que será administrada por uma bomba e cateter melhorados pela Medtronic. Serão necessários vários anos para conduzir os ensaios clínicos.
O responsável acrescentou que outras empresas estão a explorar várias abordagens para tratar a doença de Parkinson com a GDNF.
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