Hemobrás conclui licitação para a segunda etapa da fábrica de hemoderivados
A construção, cuja licitação foi aberta em dezembro de 2010, envolve 12 blocos industriais que somam 45 mil dos 48 mil metros quadrados da área construída prevista.
A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), estatal vinculada ao Ministério da Saúde, concluiu a licitação para a segunda etapa das obras da fábrica em Goiana-PE. O vencedor do certame foi o Consórcio Mendes Júnior-TEP-Squadro, formado pelas empresas Mendes Júnior Trading e Engenharia S.A, Tecnologia em Projetos de Engenharia S.A. e Construtora & Incorporadora Squadro Ltda. O concorrente apresentou o menor preço para o serviço: R$ 278.363.583,22, valor que ficou R$ 3,8 milhões abaixo da estimativa inicial, de R$ 282.202.739,24. A assinatura do contrato foi realizada na última sexta-feira (25/2), no escritório da Hemobrás no Recife. Com o término da licitação, a parte civil do parque fabril está encaminhada. Resta a compra dos equipamentos, prevista para este ano.
A segunda etapa da obra deve começar ainda neste semestre. A construção, cuja licitação foi aberta em dezembro de 2010, engloba 12 blocos industriais, que, juntos, somam 45 mil dos 48 mil metros quadrados de área construída da fábrica, situada num terreno de 25 hectares no Polo Farmacoquímico de Pernambuco.
Entre os prédios que serão erguidos, estão dois dos principais blocos: o B02, considerado o coração da planta industrial, que será instalado numa área de 13 mil metros quadrados - onde ocorrerá o fracionamento do plasma sanguíneo e sua transformação em medicamentos; e o B03, espaço de 10,7 mil metros quadrados destinado ao envase dos produtos.
Também estão incluídos os blocos B04 (prédio de empacotamento), B05 (estocagem de produto acabado e almoxarifado), B06 (laboratório de controle de qualidade), B10 (caldeiras para a produção de vapor), B11 (estocagem dos produtos químicos), B12 (prédio de manutenção da planta industrial), B13 (estocagem de resíduos sólidos), B16 (estocagem de etanol), B18 (subestação elétrica de 69kV), B19 (paineis elétricos e transformadores), B20 (tanque intermediário de etanol), P01 (portaria), R15 Pipe Rack (estrutura metálica para suporte de tubulação) e Pipe Rack (B02-B06). O serviço contempla, ainda, a construção do prédio da caixa d’água elevada, com capacidade para 500 mil litros; passarelas cobertas e áreas pavimentadas intermediárias entre as edificações B01, B02, B03, B04, B05, além do pátio de manobras do Bloco B05, com 2,5 mil metros quadrados, com capacidade para cinco caminhões.
A fábrica deve estar em plena operação em 2014. Todo o empreendimento, incluindo obras, instalações e montagens de máquinas e equipamentos, está orçado em R$ 540 milhões.
Primeira Etapa - A primeira etapa das obras da fábrica começou em junho de 2010 e está pleno em andamento com a construção de B-01, bloco de 2,7 mil metros quadrados que abrigará a câmara fria a 35º C negativos, onde ocorrerá a recepção, a triagem e a estocagem do plasma para a produção dos medicamentos; e B17, prédio de 154 metros quadrados no qual ficarão os geradores responsáveis pela segurança no fornecimento de energia elétrica da fábrica. Esta primeira etapa foi licitada por R$ 27,4 milhões.
Atualmente, B-01 se encontra em sua altura máxima de 19 metros, o equivalente a um prédio de seis andares. Agora, estão sendo construídas as escadas de acesso aos primeiro e segundo pisos, bem como está sendo feita toda a parte de alvenaria para o fechamento das paredes. O mesmo procedimento passará a ser feito em B-17, cuja concretagem já foi totalmente concluída. Essa primeira etapa da obra da fábrica deve ser concluída no fim do primeiro semestre deste ano.
As obras de B01 e B17 já empregam mais de 140 trabalhadores, entre armadores, pedreiros, serventes de pedreiro, carpinteiros, eletricistas, técnicos de segurança do trabalho e enfermeira do trabalho. Todos moradores de Goiana-PE. A expectativa é que 1 mil trabalhadores atuem no canteiro de obras no auge da construção da fábrica, o que deve ocorrer até o fim deste ano. Quando estiver operando, em 2014, a fábrica deve gerar 360 empregos diretos e 2.720 indiretos.
SOBRE A FÁBRICA – A planta industrial da Hemobrás é a âncora no Polo Farmacoquímico de Pernambuco. Trata-se da primeira fábrica de hemoderivados do Brasil e a maior da América Latina neste segmento, com capacidade de processar 500 mil litros de plasma por ano. Atualmente, as redes pública e privada de saúde do País despendem R$ 800 milhões por ano para importar esses medicamentos.
A Hemobrás produzirá seis tipos de hemoderivados: albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII e IX, complexo protrombínico e fator de von Willebrand. Esses medicamentos serão repassados ao Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento gratuito de pacientes com hemofilias A e B, câncer, cirrose, aids, queimaduras de terceiro grau, pacientes em terapia intensiva, doença de von Willebrand, deficiências imunológicas, doenças autoimunes e infecciosas. [ www.hemobras.gov.br]. |MS.
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