quinta-feira, 3 de março de 2011

Glivec passará a ser comprado pelo SUS de forma centralizada. Um perigo...


A partir de abril o Ministério da Saúde centraliza a compra do Glivec
A Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) do Ministério da Saúde informa que a partir do mês de abril de 2011 a compra do produto farmacêutico Glivec, cujo princípio é o Mesilato de Imatinibe, será feita de forma centralizada pelo Ministério da Saúde, diferentemente do que vem ocorrendo.

Para que haja um processo de adaptação, de 01 de janeiro a 31 de março a empresa responsável pelo produto venderá diretamente para as secretarias de saúde, hospitais públicos, filantrópicos e privados, integrantes do Sistema Único de Saúde e habilitados na alta complexidade em oncologia. Segundo Ofício da SAS, o referido produto deve ser vendido ao preço máximo de R$ 20,60 por comprimido de 100mg, e R$ 82,40 por comprimido de 400mg de Mesilato de Imatinibe.

A partir do primeiro dia do mês de abril a compra será feita apenas pelo Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos, que vai distribuir o medicamento para as Secretarias Estaduais de Saúde, conforme acordado com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), em dezembro de 2010.

O medicamento Mesilato de Imatinibe é usado para o tratamento de Tumor do Estroma Gastrointestinal (GIST) e Leucemia Mielóide Crônica (LMC) atendidos pelo Sistema Único de Saúde. O Mesilato de Imatinibe não foi incorporado no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), porém, permanece incluído na Política de Atenção Oncológica.

Para facilitar a logística de distribuição, o diretor do DAF, José Miguel do Nascimento Junior, informa que a licitação será assinada até o final da próxima semana, e os medicamentos serão encaminhados aos almoxarifados das SES ainda no mês de março, no modelo empregado para os medicamentos centralizados do CEAF, que devem fazer a distribuição aos hospitais credenciadas no SUS e obrigatoriamente habilitados na alta complexidade em Oncologia como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia ou Centros de Alta Complexidade em Oncologia (CACON).


4 comentários:

  1. Pois é... A compra será feita diretamente, mas ninguém informa como será a distribuição.
    Nem os hospitais sabem como será feita a distribuição.
    Se passar para grandes centros, pacientes terão que se descolar para lugares mais longes.

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  2. Deus ! Esta faltando remedio o Glivec 400mg não chegou no hospital para o meu marido que faz tratamento de leucemia ! O que vou fazer agora?
    O descaso é total, as pessoas vão morrer por falta de um remedio que para o SUS é tão barato em vista do preco de R$ 12.000,00 na internet que nem tenhamos dinheiro conseguimos comprar.
    A quem recorrer? A justiça?
    Será que dara tempo de salvar nossos pacientes? Meu marido trabalha, da renda para o estado, e esta a mingua .Uma vergonha !

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  3. Sonia,
    A falta de Glivec tem sido uma constante nos serviços de assistência farmacêutica do SUS. Sempre terá uma falta em algum lugar desse Brasil e todos nós sabemos que o motivo principal é falta de competência administrativa e incompetência na matéria logística de distribuição.
    No seu caso a justiça tem funcionado muito bem. Acredite! Vá ao Ministério Público sob a justificativa de que o seu marido poderá falecer simplesmente por falta desse medicamento. Muitos brasileiros têm falecido ou complicado muito seu estado de saúde por falta desse produto no momento certo. Dificilmente um Juiz deixará de obrigar o Estado a adquirir o produto em 72 horas. Saiba que não tem faltado no fabricante.
    Vá ao Ministério Público, procure uma ONG na sua região ou crie uma associação de pacientes portadores desse mal, divulgue aos quatro cantos o tratamento que você está recebendo no seu Estado. Infelizmente o Estado é surdo ou quase surdo, e por isso é preciso o seu povo gritar e gritar muito alto.
    Imagine que o Ministério da Saúde divulgou recentemente que a política de aquisição do Glivec centralizada no Ministério da Saúde é um exemplo de boas práticas. Que VERGONHA...
    Postado por Teófilo Fernandes, um cidadão brasileiro que banca os gastos públicos com o suor do seu rosto assim como a maioria dos trabalhadores brasileiros.

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  4. Anônimo 17/07/2013
    Descobri que sou portador da Leucemia da Mieloide Crônica, ha´3 meses, consegui o medicamento pelo HOSPITAL PIO XII em SÃO JOSE DOS CAMPOS, 3 meses foi tranquilo, mas agora eles me disseram que o medicamento esta em falta, o MINISTÉRIO DA SAÚDE sabe que nós portadores da LMC, necessitamos deste medicamento, onde esta os nossos governantes, será que algum deles é capaz de dar alguma satisfação para nós, portadores da LMC.

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