07/07/2014
- 07:47
Os
EUA estão preocupados que as suas autoridades consulares sejam impedidas de
participar do julgamento do investigador britânico Peter Humphrey e da sua
esposa norte-americana Yu Yingzeng, que ocorrerá em 7 de Agosto na China,
depois que o casal foi preso no ano passado após trabalho feito para a
farmacêutica britânica GlaxoSmithKline, avança a agência Reuters.
As
preocupações, manifestadas pela embaixada dos EUA em Pequim, acrescentam uma
dimensão política para o julgamento, que pode se tornar uma outra questão
espinhosa entre as duas potências económicas, já brigando em áreas que vão de
segurança cibernética e direitos humanos a política chinesa no Mar do Sul da
China.
"Estamos
preocupados que os funcionários consulares não sejam autorizados a assistir ao
julgamento de Yu em Agosto de 2014, apesar de que, sob convenção consular
bilateral de 1982 entre nossos dois países, funcionários consulares têm
permissão para assistir a tais julgamentos", afirmou na sexta-feira o
porta-voz da embaixada dos EUA Nolan Barkhouse.
A
embaixada britânica também disse que estava "engajando" autoridades
chinesas para a necessidade de um julgamento justo e transparente. O Ministério
das Relações Exteriores da China não respondeu imediatamente a um pedido de
comentário.
O
julgamento de Humphrey e Yu faz parte de um emaranhado de investigações sobre a
farmacêutica GSK, que a polícia chinesa acusou no ano passado de canalizar até
3 biliões de iuanes (482 milhões de dólares) através de agências de viagens
para subornar médicos e autoridades na China.
O
casal está a ser julgado por compra e venda ilegal de informação confidencial.
O julgamento será realizado a portas fechadas, com funcionários consulares e o
filho adolescente do casal impedidos de participar, afirmaram dois amigos da
família com conhecimento do assunto à Reuters na quinta-feira.
Fonte: Reuters
http://br.reuters.com/article/idBRKBN0F91PL20140704
http://br.reuters.com/article/idBRKBN0F91PL20140704
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Nota de C&T: Fico imaginando algo semelhante no Brasil, qual seria a
preocupação das autoridades americanas, nenhuma é claro. Uma coisa simples para
nós brasileiros. Ouvi-se as partes, ponhe na cadeia quem tem culpa, um
advogado entra com um pedido de liberdade em uma instância superior, cobra uma
furtana para tanto, este montante é pago com o dinheiro fruto do fato gerador
do escândalo, o culpado é solto, a sociedade esquece em pouco tempo e tudo
volta a funcionar no país das maravilhas. Simples assim. Ou não é?
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