08/07/2014
- 08:27
As
autoridades norte-americanas anunciaram hoje que vão acelerar o processo de
aprovação para colocar no mercado um novo tratamento experimental que tem
obtido resultados promissores na cura da leucemia, avança a agência Lusa,
citada pela RTP.
Na
fase de testes realizada até ao momento, 89 por cento dos pacientes atingidos
por leucemia verificaram que o cancro desapareceu completamente.
Trata-se
de uma imunoterapia personalizada conhecida pelo nome de CTL019, desenvolvida
pela Universidade da Pensilvânia e considerada um "grande avanço"
pela Agência Federal do Medicamento (FDA) dos EUA, entidade que avalia todas as
substâncias terapêuticas e terapias.
Isto
significa que esta terapia vai beneficiar de um processo acelerado de avaliação
por parte da FDA, tal como uma atenção particular para a sua colocação no
mercado, já que foi a primeira imunoterapia contra o cancro a receber esta
designação.
A
terapia consiste em extrair células T imunitárias do paciente e depois
programá-las geneticamente em laboratório para que anulem as células
cancerígenas que produzem a proteína CD19.
Estas
células T modificadas são depois injectadas no organismo do paciente, onde se
multiplicam e atacam directamente o cancro, tendo 89 por cento dos pacientes
tratados até agora entrado em remissão da doença.
A
primeira criança a receber o tratamento, Emily Whitehead, celebrou em Maio dois
anos de remissão da doença.
"Os
primeiros resultados dão imensas esperanças para um grupo desesperado de
pacientes e muitos deles conseguiram recuperar uma vida normal na escola ou no
trabalho depois de receberem esta nova imunoterapia personalizada", disse
o chefe da equipa de pesquisa da Universidade de Pensilvânia, Carl June.
A
universidade aliou-se em 2012 à empresa farmacêutica Novartis para desenvolver
e autorizar testes com esta terapia para o tratamento de vários tipos de
cancro.
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