"Você trabalha? Espero e desejo que sim; porque de
outro modo, ou está sentado sobre uma montanha de dinheiro ou… bah, nem vou
dizer o que penso, você rasgaria o jornal agora… Admitindo que trabalha, é
preciso que fique bem claro que há dois modos de trabalhar: simplesmente fazer
o que é mandado ou ir além, criar, encantar-se todos os dias, desejar
proficiência mais e mais e cada vez mais.
Sabes de onde me vem essa lembrança? De uma leitura
de jornal. Foi assim, abri o jornal e levei um susto, um bom susto. Lá estava a
manchete: – “Professor diz que bom professor vai além da receita de bolo”! Bah,
atirei-me à leitura, queria saber quem era esse iluminado professor que dizia
essa obviedade tão “esquecida” pela maioria dos professores; por professores e
por 97% de todos os que trabalham, no Brasil e lá fora. É estatística mundial,
os acomodados são estonteante maioria, os que trabalham só pelo salário são
escandalosos em número e prejuízos causados ao mercado.
Pois bem, fiquemos na manchete: – “Professor bom
vai além da receita de bolo”. O que anda por aí mal vai até à receita do bolo.
Mal vai. O pessoal não lê, não estuda, não pesquisa, não gosta de sala de aula,
está lá só pelo miserável salário… Vale para todas as atividades, médicos então
nem se fala; ficam só na receita do bolo, isto é, no habitual, no convencional,
no que não dá trabalho.
Um professor encantado com sua ciência, com sua
cadeira, com sua matéria, é um inquieto, quer sempre saber mais, “inventar”,
acender-se em sala de aula. A maioria apenas repassa a receita do bolo que
ouviram de alguém.
Qualquer profissional pode ser ilimitado na
ascensão de carreira, tudo vai depender do amor, das inquietações para saber
mais; já a maioria repassa a receita do bolo, depois quer fazer greve e ganhar
aumento. Vergonha na cara fez bem para a tosse!
Ah, quase esquecia, o professor que fez a frase é
americano. Só podia…"
O texto acima foi
retirado na íntegra de: http://pratesnosbt.com.br (29 March, 2014 at 10:10 by Luiz Carlos
Prate)
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