18/03/2014
Deirdre Connelly, responsável pela divisão farmacêutica da GlaxoSmithKline nos
EUA, disse que a empresa vai recrutar médicos como representantes internos para
fornecer educação sobre os seus medicamentos em vez de pagar a speakers externos,
noticiou a Bloomberg esta segunda-feira, citada pelo FirstWord Pharma.
"Vamos continuar a divulgar esta importante informação sobre os benefícios
e os riscos dos medicamentos, mas não vamos fazê-lo através da contratação de
oradores externos", disse Connelly, acrescentando que "queremos
garantir que ninguém sequer interpreta que estamos a fazer algo de errado”.
Esta iniciativa é a mais recente revisão das práticas de marketing da GlaxoSmithKline após a farmacêutica ter celebrado um acordo de 3 mil milhões de dólares em 2012 para resolver várias investigações do governo dos EUA das suas actividades de promoção de determinados produtos, incluindo comercializá-los para usos não aprovados. Em Dezembro do ano passado, a farmacêutica informou que iria iniciar uma consulta sobre como parar os pagamentos directos aos profissionais de saúde para palestras e participação em conferências médicas. Além disso, a GlaxoSmithKline decidiu cancelar as metas de vendas individuais para todos os seus funcionários de vendas depois de ter implementado um programa semelhante nos EUA em 2011.
Esta iniciativa é a mais recente revisão das práticas de marketing da GlaxoSmithKline após a farmacêutica ter celebrado um acordo de 3 mil milhões de dólares em 2012 para resolver várias investigações do governo dos EUA das suas actividades de promoção de determinados produtos, incluindo comercializá-los para usos não aprovados. Em Dezembro do ano passado, a farmacêutica informou que iria iniciar uma consulta sobre como parar os pagamentos directos aos profissionais de saúde para palestras e participação em conferências médicas. Além disso, a GlaxoSmithKline decidiu cancelar as metas de vendas individuais para todos os seus funcionários de vendas depois de ter implementado um programa semelhante nos EUA em 2011.
Uma análise recente do ProPublica constatou que
os pagamentos feitos por algumas empresas farmacêuticas aos profissionais de
saúde dos EUA para discursos promocionais caíram, com a GlaxoSmithKline a
gastar 9,3 milhões de dólares em tais actividades em 2012, uma queda em relação
aos 24 milhões registados no ano anterior .
Connelly referiu que a GlaxoSmithKline vai
contratar uma gama de pessoas com antecedentes médicos, incluindo médicos e
cientistas com experiência em áreas de doenças específicas, que deverão usar
uma variedade de ferramentas digitais, tais como streaming online de material
educativo, para ajudar a comercializar produtos. A responsável indicou que o
número de novos recrutas será inferior ao número de speakers externos
que a empresa empregou. De acordo com Connelly, a farmacêutica reduziu a sua
força de vendas em mais de 30 por cento desde 2009, ao mesmo tempo que criou
novas funções educativas e postos de trabalho que visam as farmácias.
"Além da forma como actuamos […], temos um
modelo de negócio diferente hoje do que tínhamos antes", comentou
Connelly. A executiva sugeriu que as mudanças têm protegido as vendas da
GlaxoSmithKline dos EUA de uma investigação de suborno semelhante à que está em
curso na divisão da empresa na China.
No entanto, o comentador para a indústria
farmacêutica Erik Gordon, da Universidade de Michigan, referiu que os laços
sociais e uma falta de reputação entre os colegas poderiam impedir novas
contratações da GlaxoSmithKline . "Os médicos não são influenciados por
apenas qualquer outro médico”, comentou Gordon, acrescentando que "eles
são influenciados por médicos que são suficientemente conhecidos, respeitados e
vistos como líderes de opinião, verdadeiros especialistas com muita experiência
com os pacientes".
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