Situação se repete desde
2001 e preocupa entidade
O Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado
de São Paulo questionou hoje o reajuste máximo de 5,68% nos preços dos
medicamentos regulados pelo governo. “A indústria farmacêutica continua
submetida a fortes pressões de custo e não poderá repor integralmente o aumento
das despesas de produção”, informou.
Por meio de nota, o Sindusfarma avaliou que a
situação se repete desde 2001 e preocupa a entidade, uma vez que tem
comprometido a rentabilidade das empresas farmacêuticas, com reflexos negativos
nos investimentos e no lançamento de novos produtos.
“Na média ponderada, o reajuste autorizado pelo
governo é de 3,52%, ante um aumento médio dos custos de produção das empresas
de 13% a 18% no ano passado, principalmente com pessoal, insumos e
matérias-primas (majoritariamente importadas, que sofreram o impacto da
variação cambial que elevou a cotação do dólar de R$ 1,92 para R$ 2,42
aproximadamente nos últimos 12 meses)", destaca a nota da entidade.
Ainda de acordo com o comunicado, no período de
2006 a 2013, enquanto a inflação geral acumulada medida pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor foi 49,13%, e os aumentos de salário concedidos pelo setor
somaram 67,77%, o reajuste de preços dos medicamentos ficou abaixo destes
patamares, somando 35,76% na média.
“Note-se que, para aliviar o consumidor, o governo
poderia evitar ou minimizar eventuais aumentos se estendesse à indústria
farmacêutica o mesmo benefício da desoneração fiscal que concedeu a outros
setores”, concluiu o Sindusfarma.
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