31/03/2014 - 09:06
Um consórcio internacional de empresas biofarmacêuticas, incluindo a Merck (Alemanha), a Astellas Pharma (Japão) e as instituições de investigação TI Pharma (Holanda) e Swiss Tropical and Public Health Institute (Suíça), anunciou uma nova parceria com a Fiocruz (Brasil) para a produção de praziquantel – um medicamento antiparasitário – no laboratório farmacêutico de Farmanguinhos, no Rio de Janeiro, no Brasil, avança o PRNewswire.
A produção de uma formulação pediátrica é necessária para o tratamento adequado da esquistossomose em crianças menores de seis anos de idade. A primeira fase deste acordo consiste na transferência de tecnologia de uma nova formulação de praziquantel, que se desintegra na boca (comprimidos orais desintegrantes).
Um consórcio internacional de empresas biofarmacêuticas, incluindo a Merck (Alemanha), a Astellas Pharma (Japão) e as instituições de investigação TI Pharma (Holanda) e Swiss Tropical and Public Health Institute (Suíça), anunciou uma nova parceria com a Fiocruz (Brasil) para a produção de praziquantel – um medicamento antiparasitário – no laboratório farmacêutico de Farmanguinhos, no Rio de Janeiro, no Brasil, avança o PRNewswire.
A produção de uma formulação pediátrica é necessária para o tratamento adequado da esquistossomose em crianças menores de seis anos de idade. A primeira fase deste acordo consiste na transferência de tecnologia de uma nova formulação de praziquantel, que se desintegra na boca (comprimidos orais desintegrantes).
"Estamos muito satisfeitos por incluir
Farmanguinhos nesta parceria, que permitirá ao consórcio ter acesso à
experiência para produção da nova formulação pediátrica de praziquantel,"
disse Stefan Oschmann, membro do Conselho Executivo da Merck.
"A expansão do nosso consórcio no Brasil é
um forte reflexo do nosso propósito global, que é ampliar o acesso ao
tratamento em crianças que sofrem desta doença tropical negligenciada".
Tanto a Merck quanto a Fiocruz serão
proprietárias da licença de registo e distribuirão o produto farmacêutico no
Brasil. A produção de Farmanguinhos também abastecerá vários territórios,
inclusive países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, onde a Fiocruz terá a
opção de solicitar a regulamentação de licenciamento e distribuição.
Além de Farmanguinhos, outra parceira – a Simcyp
– do Reino Unido juntou-se recentemente ao consórcio. A Simcyp traz sua
experiência em modelagem farmacocinética para simular o caminho do
L-Praziquantel nos organismos de populações de pacientes virtuais.
A esquistossomose é uma doença crónica causada
por parasitas e é comummente associada à falta de saneamento básico e de acesso
a água potável. Se não for tratada, a esquistossomose pode causar anemia, baixa
estatura e uma redução da capacidade de aprender. Actualmente, crianças com
menos de seis anos de idade não podem receber um tratamento adequado.
De acordo com o Sistema de Informação do
Programa de Controlo da Esquistossomose (Sispce), de 2006 a 2011, entre 12,1
milhões de pessoas activamente pesquisadas em áreas endémicas no Brasil, 6,2%
foram diagnosticadas com esquistossomose. Com base no censo nacional de 2010,
3,5 milhões de crianças com menos de 6 anos de idade correm risco de infecção
em municípios endémicos.
A Merck realiza uma contribuição significativa
para este projecto. A empresa desenvolve e fabrica comprimidos de praziquantel.
Juntamente com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a empresa tem combatido a
esquistossomose na África desde 2007. Desde que o programa começou, mais de 100
milhões de comprimidos foram doados e mais de 28 milhões de crianças foram
tratadas.
Esta batalha é um dos três projectos globais em
que a Merck está a concentrar-se como parte dos seus esforços de
responsabilidade corporativa, a fim de contribuir para a sociedade, e como
parte dos seus esforços para promover o acesso à saúde. A Merck reforça esse
compromisso para iniciar este projecto, trazendo o seu produto farmacêutico e o
seu know-how para desenvolver produtos farmacêuticos. A Astellas Pharma Inc.
contribui para o projecto empregando uma tecnologia farmacêutica nova, que ajuda
a melhorar a funcionalidade e a conformidade da droga, bem como a reduzir o seu
sabor amargo.
Como uma das parceiras de implementação, a suíça
TPH contribui com sua larga experiência em pesquisas biológicas e
farmacológicas com helmintos e pesquisas clínicas sobre a eficácia de drogas e
a eficiência em regiões endémicas, que geralmente são lugares com poucos
recursos. A TI Pharma, uma organização sem fins lucrativos holandesa, facilita
a gestão deste projecto como uma parceira independente. A TI Pharma tem um
extenso programa voltado a outras doenças tropicais negligenciadas. Todas as
parceiras estão muito motivadas para se dedicarem à necessidade de um
tratamento de esquistossomose para as crianças pequenas, que podem ser
infectadas desde os 3 meses de idade. A nova dosagem pediátrica de praziquantel
fará uma contribuição enorme para um melhor controlo e a potencial erradicação
desta doença tropical negligenciada.
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