É preciso acabar com a hipocrisia
“O jornalismo é o
exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio
Abramo.
Fatalidade = aquilo que não se
consegue evitar. Ultimamente muita gente vem usando esta palavra quando ocorre
algum acidente com morte, principalmente no trânsito de Aracaju.
Na última quinta-feira, 13,
mais uma morte na curva do Palácio de Veraneio, local que este espaço sempre
defendeu a colocação de radares e lombadas eletrônicas. Quando elas existam no
local o número de acidentes reduziu em muito.
O que chamou a atenção neste
último acidente foi que em entrevistas no enterro do jovem, em Lagarto, alguns
amigos disseram que foi uma “fatalidade”. Não foi. O blog respeita a dor da
família e dos amigos, mas lembra que álcool e velocidade não combinam com
direção. E neste caso o acidente não é uma fatalidade: é algo que poderia ser
evitado e não foi.
Pelo amor de Deus. É preciso
acabar com a hipocrisia e lembrar que anualmente perdem-se centenas de jovens e
outros milhares ficam paraplégicos em todo país, por conta do álcool,
velocidade e direção.
É preciso que as leis
continuem duras. Que as multas sejam mais fortes. Que as prisões sejam
rotineiras. Infelizmente, para alguns a conscientização só chega quando o bolso
é atingido.
E por favor, deixem de lado a
palavra fatalidade quando o acidente envolver álcool e velocidade. É o destino
inevitável de quem deixou a vida de lado.
(Artigo original de Cláudio Nunes que... Desde maio de 2006, tem um blog no Portal Infonet. Atua no jornalismo de
Sergipe há mais de 15 anos, passando pela Gazeta de Sergipe, Jornal da Manhã,
Diário de Aracaju, TV Sergipe e Jornal do Dia. Radialista e jornalista, em
dezembro de 2006 publicou o livro "Liberdade da Expressão".)
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