domingo, 31 de março de 2013

Presidente do Bahia sugere Estaduais no 2º semestre: 'Regionais são o futuro'



Imagem apenas ilustrativa, o Nordeste conta com outras
 boas equipesque não estão contempladas nesta imagem.
Lancepress

O segundo dia do seminário sobre o Calendário do Futebol Brasileiro, realizado na Trevisan Escola de Negócios, começou com cobranças. Mas não por parte de estudiosos ou jornalistas, como no dia anterior. Marcelo Guimarães Filho, presidente do Bahia, fez o apelo para que os demais grandes clubes do Brasil - principalmente os de maior poderio econômico -, se unam para realizar mudanças na estrutura do calendário.

- Os clubes que precisam tomar a iniciativa para que as mudanças aconteçam. Mas não vejo nenhuma mudança a curto ou médio prazo. Talvez fruto da entrada do dinheiro de televisão, que foi uma coisa boa, mas gerou uma inércia. A extinção do Clube dos 13 nos tirou o único fórum de debate que tínhamos, sem entrar no mérito se ele era bom ou não para os clubes . Sou a favor de uma Liga ou associação que os clubes discutam seus interesses - disse.

Guimarães criticou o Campeonato Baiano. Segundo ele, a Federação Baiana de Futebol nunca pagou nenhuma premiação para os clubes campeões. Além disso, a disputa a disputa atrapalha o planejamento do clube para a temporada

- Não tem apelo de público, é sem atratividade. O Paulistão é rentável, mas o Baiano, não. Sempre pagamos para jogar. Nossa torcida é apaixonada, mas prefere ir no Campeonato Brasileiro. E é difícil de contratar profissionais de alto nível, que preferem jogar o Paulista, o Carioca, o Mineiro e o Gaúcho. Isso atrasa a formação do nosso time e diminui a nossa competitividade admitiu.

A solução, para ele, porém, não é o fim dos Estaduais. Guimarães sugere que o campeonato seja transferido para o segundo semestre. E que, no primeiro, Regionais como a Copa do Nordeste, sejam feitos para fortalecer os clubes grandes. Nem a eliminação precoce na competição, que deixou o time inativo por 40 dias, muda a opinião do dirigente.

- Os regionais são o futuro. Não tenho a solução, mas deixar os Estaduais como estão não tem a menor condição. Estamos minando as finanças dos clubes. Os regionais são mais atraentes, tem rivalidade acirrada, mais público, estádios mais confortáveis. Talvez possamos empurrar os Estaduais para o segundo semestre, permitindo o acesso aos Regionais. Vamos permitir que os pequenos joguem e ainda faremos com que os grandes atuem em campeonatos melhores - sugeriu ele, lembrando que o fim dos clubes pequenos causaria demissões e atrapalharia a formação de atletas.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Transparência e hipocrisia

Publicado em 24/03/2013 pelo(a) Wiki Repórter tomcoelho, Cotia - SP
“Nada nos torna mais tolerantes com o barulho da festa do vizinho do que estar lá.”
(Franklin P. Adams)


Os anos 1980 marcaram o surgimento de um interessante personagem chamado de yuppie. Trata-se de uma expressão reduzida para “young urban professional”, ou seja, “jovem profissional urbano”, representando uma classe de profissionais entre 20 e 35 anos, emergentes e em ascensão no mercado de trabalho, caracterizados por serem gananciosos, buscando o sucesso a qualquer preço, além de muito consumistas e pouco simpáticos. Excelentes exemplos são Bud Fox, protagonista do filme “Wall Street – Poder e cobiça”, vivido por Charlie Sheen, e seu tutor, o magnata Gordon Gekko (Michael Douglas, em uma de suas melhores atuações).

O crash da Bolsa de Nova Iorque em 1987 jogou esta turma na berlinda e os anos 1990 trouxeram-nos o culto à ética, à responsabilidade social e ao politicamente correto.

Mas vivemos num mundo de aparências e de manipulação. Enron, Parmalat e Banco Santos não foram exceções à regra. É lamentável, mas o fato é que empresas idôneas, em especial as de pequeno porte, apenas podem se credenciar ao crédito bancário “ajustando” seus dados econômicos, informando faturamento maior do que o real e apresentando demonstrações de resultado mais saudáveis do que são. Pouco importa se o seu plano de negócios é excepcionalmente bem estruturado, se a atividade é economicamente viável, se você tem expertise e know how para entrar no jogo corporativo. Papel aceita tudo e é isso o que gerentes e analistas de crédito desejam ver.

Participei de uma palestra ministrada pelo diretor de um grande banco. Uma de suas tônicas era a transparência nas informações prestadas pelo cliente. Balela. A instituição financeira faz pose de parceira, mas na prática coloca sua máscara. Recusa uma operação de crédito formada por um título legítimo porque o valor é elevado (eles chamam isso de “grande concentração”), mas acatam uma duplicata sem lastro sacada pelo empresário contra a empresa de um amigo.

Vejo universitários que participam de Centros Acadêmicos e outras atividades defendendo mudanças na estrutura curricular, no corpo docente, no sistema de avaliação, mas que enquanto estudantes negligenciam suas tarefas mais elementares e apresentam desempenho medíocre.

Já presenciei em eventos sociais colegas que se reencontram e trocam abraços efusivos, conversando animadamente por horas e que, após se despedirem, disparam críticas de toda ordem uns contra os outros.

Relacionamentos conjugais capitulam e clientes outrora fiéis passam para a concorrência porque as relações tornam-se incongruentes. Discurso e prática não se alinham. A propalada transparência não tem autenticidade. As pessoas deixam de dizer a verdade, esquecendo-se de que não há meias-mentiras. Assim, a hipocrisia viceja.

Como disse Gordon Gekko, “Estou nesse negócio desde 1969 e sei que esses caras que vêm de Harvard não são ninguém. Quero gente esperta, ambiciosa e sem sentimentos. Você ganha, você perde e continua lutando. E, se precisar de um amigo, compre um cachorro”.

Nossa crise é de valores. Os yuppies eram pouco agradáveis. Mas eram mais espontâneos.


* Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 países. É autor de “Somos Maus Amantes – Reflexões sobre carreira, liderança e comportamento” (Flor de Liz, 2011), “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional” (Saraiva, 2008) e coautor de outras cinco obras. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.

 
Fonte: http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=51640

Você Confia Totalmente Nas Informações Divulgadas Por Sociedades Medicas?

Há muito tempo a questão da imparcialidade e qualidade das informações divulgadas por sociedades medicas vem sendo estudadas.

Os problemas de qualidade nas Guias de Prática Clínica (GPC)

Diretrizes das Sociedades Medicas

Algumas diretrizes destas sociedades são FORTEMENTE questionadas porque alguns médicos membros destas sociedades tem forte conflitos de interesses, POIS SÃO PALESTRANTES DAS INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS, outros tem viagens a congressos patrocinadas pela indústria e ainda alguns são até mesmo acionistas das empresas.

Como é um assunto de alcance mundial e com óbvias repercussões na saúde pública trouxemos um interessante artigo sobre este tema.

O conceituado e respeitado Boletín de Información Farmacoterapéutica de Navarra, Volume 20, nº 1 Janeiro/Fevereiro 2012 publicou uma revisão sobre a qualidade das Guias de Prática Clínica (GPC), as conhecidas Diretrizes. A revisão apontou vários problemas:

·         Número alto de guias para o mesmo tópico

·         Variabilidade de recomendações

·         Conflitos de interesses

·         Força das evidências e a aplicabilidade na clínica, na prática.

Conclusão: vários documentos que se autodenominam GPC na realidade não o são. Assim, devemos avaliar cuidadosamente a qualidade das evidências em que se baseiam as recomendações.

Pontos Controversos das Sociedades Medicas

Veja abaixo o texto com maiores detalhes de alguns pontos controversos:

·         Cardiologia: Em relação ao uso de estatinas e o ponto de corte do colesterol.

·         A ausência de provas e as recomendações das guias e diretrizes são pontos de controvérsia. Dois pesquisadores destacam que os objetivos terapêuticos e os pontos de corte para iniciar o tratamento baseado nos níveis de LDL divergem da evidência clínica e o que é recomendado não foi testado em nenhum ensaio clínico. Preocupante não?

·         Hipertensão: Um editorial do Periódico da Associação Médica do Canadá ressaltou os potenciais conflitos de interesses nas recomendações sobre o tratamento da hipertensão, visto que as GPC deste país recomendaram a utilização de medicamentos com patentes em oposição aos medicamentos genéricos.

·         Ginecologia e Obstetrícia: Um estudo recente que oferecia suporte as recomendações do Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas mostrou que somente um terço das recomendações se apoiava em evidências de elevada qualidade.

·         Psiquiatria: A análise de 7 guias sobre depressão mostrou que estas estavam focadas exclusivamente no tratamento farmacológico e pouca atenção foi dada a outros aspectos como psicológicos, risco de suicídio e outras questões sociais.

 

Conflitos de interesses: As relações financeiras dos médicos com empresas comerciais da área foram encontradas em mais de 50% dos autores das GPC cardiovasculares publicadas entre 2004 e 2008. Outro dado extremamente preocupante: um número significativo de cardiologistas tem ações nas indústrias afetadas pelas GPC.

A avaliação de 431 GPC elaboradas por sociedades medicas científicas mostrou um 67% delas, isto mesmo, 67%, não informaram a composição do Grupo, o que impede a avaliação dos potenciais conflitos de interesse.

Fica então a pergunta: quais os requisitos que as GPC devem apresentar para ter credibilidade? Vamos a estes critérios:
 
1)    Basear-se em uma revisão sistemática da evidência disponível.

2)    Serem desenvolvidas por um grupo multidisciplinar de especialistas.

3)    Ser baseado em um processo transparente e explícito que minimiza a distorção, preconceitos e conflitos de interesses.

4)    Proporcionar uma explicação clara das relações lógicas entre as diferentes opções de tratamento e os resultados na saúde, mostrando os índices de qualidade da evidência bem como das forças das recomendações.

5)    Reconsiderar e revisar quando novas provas disponíveis justifiquem a alteração das modificações.

Por isso, um conselho: sempre que ler sobre uma diretriz de uma sociedade medica, seu espírito crítico deve ficar em alerta. Analise, pense, pesquise: tem muitos interesses envolvidos nesta questão.

Presidente da Anvisa diz que uso da sibutramina não cresceu após proibição de inibidores


Dirceu Barbano afirma que área técnica recomenda a manutenção do produto no mercado, com restrições.

O GLOBO (Email · Facebook) Publicado:26/03/13 - 20h12

BRASÍLIA - Em audiência pública nesta terça-feira na Câmara, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, afirmou que, após proibição de três inibidores de apetite, no final de 2011, não houve uma migração considerável de consumidores desses produtos para a sibutramina, que foi mantida no mercado. Naquela oportunidade, a Anvisa determinou a retirada do femproporex, mazindol e anfepramona, que tiveram seus registros cancelados. Barbano afirmou ainda que a área técnica da Anvisa recomendou que a sibutramina permaneça sendo comercializada. Mas o dirigente da Anvisa destacou que essa orientação ainda não foi submetida à diretoria da agência.
Os três inibidores foram proibidos de serem comercializados em setembro de 2011. A sibutramina foi mantida e passaria por uma reavaliação neste início de 2013. A Anvisa não proibiu mas colocou limites e regras mais rígidas para venda da sibutramina, como o esclarecimento ao paciente sobre os riscos do medicamento.
- A aplicação da resolução levou à uma contenção do aumento de prescrições da sibutramina. Isso nos leva a crer que as medidas foram eficazes para a mitigação do risco relacionado ao uso da sibutramina - disse Dirceu Barbano, que comentou a recomendação da área técnica. - E a indicação da área para a diretoria da Anvisa é de manutenção desse controle e do produto no mercado.
Na Comissão de Seguridade Social e Família, Barbano foi debater o projeto de lei que retira da Anvisa o poder de vetar a produção e comercialização desse tipo de remédio. Os deputados mais críticos a essas proibições da Anvisa foram Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS). Eles argumentaram que é preciso também respeitar o poder do médico em avaliar se o paciente pode se submeter tratamento com esse tipo de medicamento.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Redução de impostos sobre medicamentos teria impacto imediato e relevante para consumidores


23/03/2013 - 10:08
Estudo inédito da Interfarma simulou os benefícios da isenção de impostos para três tipos de medicamentos.

São Paulo– O impacto da redução de impostos sobre medicamentos no preço final ao consumidor seria imediato, porque os preços são tabelados pelo governo e não existe, como no caso de alimentos, uma interdependência com outras cadeias de produção. Por isso, diferente do que está ocorrendo com a redução dos impostos federais sobre a cesta básica, em que o desconto para o consumidor não ocorre na mesma proporção, para medicamentos o benefício seria percebido imediatamente e com um desconto significativo. Segundo estudo inédito desenvolvido pela Interfarma – Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, o preço final poderia ser até 30% mais barato se o governo estendesse a medida de isenção para o setor farmacêutico.

“Sabemos que o Brasil é recordista mundial em impostos sobre medicamentos e, como agravante, a assistência farmacêutica é ainda insuficiente. 71,4% das vendas é feita diretamente ao consumidor, no caso o paciente ou familiar, que não tem a escolha de querer ou não adquirir o medicamento”, afirma o presidente-executivo da Interfarma, Antônio Britto. Considerando os impostos que incidem sobre consumo, que são o ICMS, cobrado pelos governos dos Estados, e o PIS/COFINS, cobrado pelo governo federal, a somatória é 30%, três vezes maior do que a média mundial.

A Interfarma simulou qual seria o preço final para o consumidor se o governo concedesse a isenção de PIS Cofins e ICMS sobre três tipos de medicamentos, a fim de mensurar o quanto isso poderia melhorar o acesso ao tratamento. Foram escolhidas duas drogas de altíssima essencialidade, utilizadas para os tratamentos da AIDS e leucemia, e outra isenta de prescrição para tratamento da dor e febre.

Para exemplificar quanto se economizaria com a isenção, utilizou-se o ICMS de 18%, que é a alíquota aplicada em São Paulo. Os preços listados na tabela são os máximos permitidos, vigentes e com as cargas tributárias. Retirando-se os tributos estadual e federal de um medicamento indicado usado para tratar adultos com Leucemia Mielóide Crônica com preço atual de R$ 14.398,25, o paciente poderia ter uma economia mensal de R$ 3.922,39.

Em um segundo exemplo, a isenção dos tributos leva a uma economia mensal no tratamento da AIDS de R$ 598,12. Um dos medicamentos anti-HIV no mercado, que custa R$ 2.195,55, passaria para R$ 1.597,43. Finalmente, um último exemplo mostra que, mesmo para medicamentos mais simples isentos de prescrição como um dos analgésicos mais vendidos do mercado, a economia é significativa. A embalagem do medicamento custaria R$ 32,86 a menos sem os referidos tributos.

Desde abril de 2010 existe um pleito de isenção da contribuição federal PIS/Cofins, relacionando mais de 170 medicamentos – entre eles os medicamentos para Leucemia e Aids que foram utilizados nesse estudo. O pleito foi requerido pelo setor farmacêutico e encaminhado pelo Ministério da Saúde ao Ministério da Fazenda, mas já se passaram três anos e a lista continua aguardando posicionamento da Fazenda quanto à desoneração.

“O governo anunciou que vai reajustar o preço dos medicamentos ainda esse mês, porém nós sabemos que num cenário sem tantos impostos, em vez de termos um reajuste de 2% a 6%, teríamos sim uma redução muito importante nos preços”, enfatiza Britto. “Enquanto o a desoneração de alimentos está sendo pouco sentida nos supermercados e, por outro lado, vai tornar mais barato um alimento como o foie gras, o medicamento, que é um produto essencial para a saúde, continua mais caro por causa dos impostos”, afirma.

Perfil - A Interfarma é uma entidade setorial, sem fins lucrativos, que representa empresas e pesquisadores nacionais ou estrangeiros responsáveis por promover e incentivar o desenvolvimento da indústria de pesquisa científica e tecnológica no Brasil voltada para a produção de insumos farmacêuticos, matérias-primas, medicamentos e produtos para a saúde.

Fundada em 1990, a Interfarma possui atualmente 44 empresas associadas. Hoje, esses laboratórios são responsáveis pela venda, no canal farmácia, de 80% dos medicamentos de referência do mercado e também por 39% dos genéricos produzidos por empresas que passaram a ser controladas pelos laboratórios associados. [www.interfarma.org.br].

Contra o aborto mas a favor da pena de morte.

Por: em 23.03.2013 as 13:28
No Brasil, muitos são contra o aborto ao mesmo tempo em que são a favor da pena de morte. O que não faz sentido algum. Veja, por exemplo, aquele assassino em série que hoje é julgado por muitos que não se conformam ao vê-lo preso e vivo, já foi um inocente feto no ventre de sua amada mãe. Desta forma, o que afinal é o direito à vida? É proteger um feto, e favorecer a morte de alguém que agiu extremamente errado aos olhos de quem o julga? Quem somos nós para julgar alguém? E ao mesmo tempo, quem somos nós para acreditar que temos o direito de influenciar drasticamente na vida de uma mulher que não quer ser mãe, apesar de estar grávida? Quem garante que este feto ao nascer, será uma pessoa feliz com a sua “família”? Será que ele vai ter uma boa educação? Uma mãe e um pai de 13, 15 anos serão pais capazes de gerar uma pessoa adulta que saiba o que é a vida? Isso se os pais assumirem o seu “papel”, visto que nestes casos, quem acaba sendo responsável são os avós.

É muito fácil exclamar: Nossa! Só um monstro é capaz de querer tirar a vida do próprio filho! Eu sou contra o aborto! Quem a mandou não tomar cuidado! É… Julgar é mesmo muito bom afinal, pimenta nos olhos dos outros é refresco, certo? Da mesma forma é muito bonito parecer herói ao dizer: Sou a favor da pena de morte! Quem poderá viver em paz enquanto aquele assassino estiver vivo?

Pois digo uma coisa, a sensação que se tem ao parecer o mocinho (a) da história deve ser mesmo muito boa, afinal, é tão boa pessoa aquela que defende o direito à vida, e julga aquele que age errado… Luis Fernando Veríssimo disse uma vez, e eu particularmente, concordo: “É “de esquerda” ser a favor do aborto e contra a pena de morte, enquanto direitistas defendem o direito do feto à vida, porque é sagrada, e o direito do Estado de matá-lo se ele der errado”. Ou seja, é “papel do protagonista” tirar o direito à vida de gente que comete erros graves , e defender a vida de alguém que não será bem-vindo à vida. A vida de cada um é algo a qual não nos compete decidir o direito de ser ou não vivida. Por estas, e outras, não acho que o aborto deva ser visto como ação monstruosa da parte de alguém, enquanto muitos por aí se acham no direito de matar. É claro, muito deve ser analisado, e pensado. Afinal, se o aborto for legalizado, corre-se o risco deste País sem educação moral e social, se transformar em um mar de sangue fetal, ao qual já corre bastante sangue de outras “causas”.

Recentemente, no Uruguai o aborto foi legalizado, e a seguinte frase foi dita pela senadora Monica Xavier, presidente da Frente Ampla à BBC Brasil: “Este é um primeiro passo de avanço. Entre 1934 e 1938, o aborto foi legal no Uruguai. E, desde a reabertura democrática (1985), todas as legislaturas apresentaram projetos a respeito. Sentimos que se trata de uma questão de direito, estamos convencidos de que se deve continuar com a luta pela autonomia da mulher”. Os procedimentos necessários incluem a ida da gestante ao médico para que este a analise e a encaminhe a um psicólogo, ginecologista, e assistente social. Tendo sido analisada pelos médicos responsáveis, depois de cinco dias de reflexão, está deverá apresentar a decisão e o aborto será realizado de maneira imediata, em hospitais públicos ou privados, sem maiores problemas.

Mas quando começa a vida humana? Tal resposta é influenciada por fatores e princípios religiosos, morais, jurídicos, científicos, etc. Enquanto para alguns, a vida se inicia no momento da fecundação, para outros, se iniciaria somente com a fixação do embrião na parede do útero, ou, ainda, somente com o desenvolvimento do sistema nervoso. Por fim, subsistem aqueles para quem a vida somente se inicia com o nascimento.

Se for dever da sociedade proteger o direito à vida (e ao nascer), porque a pena de morte é tão sugerida por muitos que concordam com o direito à vida? Será que realmente aqueles que se julgam tão bons ao lutarem pelo direito à vida estão realmente criando asas de anjos ao serem também a favor da pena de morte? O radicalismo nunca foi a maneira mais inteligente de se pensar, por isso, o Brasil, dentre muitos outros países, precisa muito ter determinadas conceitos mais do que revisados.
 
Fonte: http://hypescience.com/aborto-pena-de-morte/

Nota de C&T: Esta não é a visão do responsável por este Blog. Entendo que o assunto exige muito mais estudo e ação social eficaz. Sou a favor da vida e contra toda e qualquer mazela social.
 

Ética em pesquisa

Publicado em 24/03/2013 pelo(a) Wiki Repórter tomcoelho, Cotia - SP

Primum non nocere.

(“Primeiro não prejudicar.”, Hipócrates)

O caso veio a público no final do ano de 2005, causando alarde e indignação. Uma pesquisa desenvolvida em três comunidades ribeirinhas do Amapá (São Raimundo do Pirativa, São João e Santo Antônio do Matapi) denominada "Heterogeneidade vetorial e malária no Brasil", com intuito de estudar a dinâmica da transmissão da malária e desenvolver estratégias para prevenção, utilizou-se de cobaias humanos gerando um surto localizado da doença.


Coordenada pela Universidade da Flórida e financiada pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NHI), com a parceria da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Universidade de São Paulo (USP), da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e da Secretaria de Vigilância em Saúde do Amapá, a pesquisa, em curso desde 2002, tinha por escopo a captura do mosquito transmissor durante nove noites consecutivas, em jornadas de seis horas, duas vezes por ano. Por este trabalho, os membros da comunidade recebiam uma “ajuda de custo” diária de R$12,00, perfazendo um total de R$108,00 – um valor significativo para famílias formadas, em média, por mais de dez pessoas com renda mensal da ordem de R$300,00.


A questão é que o trabalho não se resumia à atividade de captura. Cada um dos “voluntários” tinha que se submeter à ação dos mosquitos em seus braços e pernas. A meta era de cem picadas por noite, em quatro sessões de 25 picadas. Quem não cumprisse com sua cota não recebia a diária


O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da USP, pelo Comitê de Ética do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, unidade da Fiocruz em Pernambuco, pelo Comitê de Ética da Universidade da Flórida e pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), órgão subordinado ao Ministério da Saúde. Detalhe: a tradução do projeto de pesquisa do inglês para o português, apresentada pela entidade norte-americana aos parceiros no Brasil, omitia a utilização de “iscas humanas” bem como sua remuneração. O Conselho Nacional de Saúde (CNS) suspendeu a pesquisa em dezembro de 2005.


Os Comitês de Ética em Pesquisa (CEP) são órgãos institucionais interdisciplinares e independentes, constituídos por profissionais de ambos os sexos, da área de saúde, ciências exatas, sociais e humanas, além de pelo menos um membro da sociedade representando os usuários, todos sem remuneração. Apresentam caráter consultivo, deliberativo e educativo, com função de avaliar projetos de pesquisa que envolvam a participação de seres humanos e animais. Criados com base na Resolução 196/96 do CNS e credenciados pelo CONEP, devem defender os interesses dos indivíduos pesquisados em sua integridade e dignidade e contribuir para o desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos.


A eticidade de uma pesquisa implica em quatro princípios básicos:


a) autonomia: consentimento livre e esclarecido dos indivíduos-alvo e a proteção a grupos vulneráveis e aos legalmente incapazes;


b) beneficência: ponderação entre riscos e benefícios, tanto atuais como potenciais, individuais ou coletivos, comprometendo-se com o máximo de benefícios e o mínimo de danos e riscos. O Princípio da Beneficência estabelece que devemos fazer o bem aos outros, independentemente de desejá-lo ou não. O Dr. José Roberto Goldim distingue com coerência três conceitos: beneficência é fazer o bem, benevolência é desejar o bem e benemerência é merecer o bem;

c) não maleficência: obrigação de não infligir dano intencional e garantia de que danos previsíveis serão evitados;

d) justiça e equidade: relevância social da pesquisa com vantagens significativas para os sujeitos da pesquisa e minimização do ônus para os sujeitos vulneráveis, não perdendo o sentido de sua destinação sócio-humanitária.

Pessoalmente, tenho o prazer de integrar um dos 500 comitês de ética em pesquisa instituídos em nosso país. Reunimo-nos todos os meses para avaliar projetos apresentados por profissionais que têm, muitas vezes, na arte de curar, o seu ofício. Formamos uma equipe heterogênea e sem compromisso com grupos ou entidades. Avaliamos, discutimos, orientamos, aprovamos ou reprovamos um projeto. E atuamos conscientes de que milhões de dólares da poderosa indústria farmacêutica passam por nossas mãos, mas que acima de tudo estão nossa consciência e a crença na virtuosidade humana.

O Instituto Nacional de Saúde dos EUA colocou US$ 1 milhão a serviço do tal projeto que acometeu pessoas muito pobres residentes no extremo norte de nosso país. Quero acreditar que os princípios ainda vicejem sobre o capital, que mais uma morte não seja considerada apenas como uma morte a mais ou, ainda pior, como uma morte necessária. Enfim, que a ética prevaleça sobre a política, que cartorialmente é corrompida e ordena um “Cumpra-se” a despeito de tudo e de todos.

* Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 países. É autor de “Somos Maus Amantes – Reflexões sobre carreira, liderança e comportamento” (Flor de Liz, 2011), “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional” (Saraiva, 2008) e coautor de outras cinco obras. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com

Laboratórios dão descontos de até 68% em medicamentos

Consumidor precisa se cadastrar nos programas das empresas

Colaborou Andrea Freitas
Publicado:23/03/13 - 17h52.

Grandes laboratórios farmacêuticos oferecem descontos de 20% a 68% sobre os preços de alguns medicamentos, sobretudo aqueles de uso contínuo que costumam ser os mais caros. É o caso por exemplo, do Lipitor 20mg, da Pfizer, que custa R$ 171,84 a caixa com 30 comprimidos e pode ser comprado por R$ 54,99, ou do Exelon, da Novartis, cujo valor pode passar de R$ 515 para R$ 262,65. Embora a prioridade dos programas sejam os remédios para doenças crônicas, é possível encontrar também produtos de uso mais corriqueiro, como o Cataflam, anticoncepcionais e até medicamentos contra impotência, como Viagra e Cialis.

Para ter direito aos descontos, os consumidores precisam se cadastrar em programas de apoio à saúde mantidos pelos laboratórios. Mas muita gente nem sabe que eles existem. O acesso aos programas é simples. Não há nenhum critério de renda, idade ou mesmo tipo de doença. A única exigência das empresas é que o paciente tenha uma receita médica. E são unânimes em afirmar que o principal objetivo desses programas é garantir a continuidade dos tratamentos e disseminar informações sobre saúde.

— O paciente é uma montanha-russa. No caso do colesterol, por exemplo, ele começa a tomar o remédio, faz novos exames, a taxa baixa e ele interrompe. E, como é uma doença sem sintomas, pouco tempo depois, ele está com os níveis altos de novo. Com o programa, observamos que o tempo médio de tratamento passou de três para seis meses — diz Vagner Pin, diretor Comercial e de Desenvolvimento de Negócios da Pfizer, que já cadastrou mais de um milhão de pessoas em dois programas, o primeiro iniciado em 2006.

O sistema dos laboratórios funciona assim: a pessoa entra no site ou liga para um Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), faz o cadastro, informa o CRM do médico que prescreveu o remédio e verifica se o produto está na lista dos que têm desconto. Se estiver, verifica as farmácias credenciadas e, depois, é só ir a uma delas, com receita médica, identidade ou número de inscrição no programa e comprar o remédio.

Propaganda dos descontos é proibida

A parte mais complicada é saber quais são os medicamentos cobertos pelos descontos. Os laboratórios não podem fazer uma divulgação ostensiva dos produtos com redução de preço, sob pena se serem punidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão que regula o setor. “A propaganda de medicamentos sujeitos à prescrição médica para o público leigo é vedada pela Lei 9294/96. Mesmo a propaganda indireta, como merchandising, por exemplo, é vedada pela legislação”, informou a Anvisa, em nota, ao ser consultada sobre os programas.

Na maior parte das farmácias, mesmos as credenciadas, também não há informações sobre os programas e o desconto só é dado quando o cliente já chega cadastrado. Outra fonte de informação para os pacientes são os médicos, mas o Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) condena a prática.

— Não é papel do médico indicar que o medicamento tem desconto. Por mais que seja um benefício para o paciente, isso colocaria o médico numa situação, no mínimo, desconfortável. Afinal, se o laboratório pode cobrar R$ 200 de quem se cadastrou no site, por que precisa cobrar R$ 300 dos outros? — indaga Márcia Rosa Araújo, presidente do Cremerj.

O executivo da Pfizer rebate:

— Quando uma pessoa se cadastra no programa, ela recebe uma série de informações sobre a própria saúde, empenha-se no tratamento e é nisso que as empresas fazem um investimento.

Polêmicas à parte, para o consumidor é vantajoso investigar se o remédio que tem que usar é alvo de desconto. Foi o que fez a empresária Adejaci Ribeiro. Aos 65 anos, hipertensa, ela toma cinco medicamentos de uso contínuo que, pelo valor de tabela, sairiam por R$ 486,92 por mês.

— É um gasto de mais de meio salário mínimo — reclama.

Por isso, inscreveu-se em dois programas. O Onglyza de 5mg, para diabetes, passou de R$ 208,71para R$ 99,66, queda de 52%. Já o Lipitor de 10mg baixou de R$ 141,84 para R$ 55,31, 61% menos. Só com estes dois, ela deixou de gastar R$ 195,58 por mês, ou R$ 2.346,96 por ano.

E a busca de economia ficará ainda mais necessária, já que depois do dia 31, haverá o reajuste anual dos medicamentos. O percentual não foi fixado.
 
Nota de C&T:
Até aqui nenhuma novidade, faz anos que as Indústrias Farmacêuticas oferecem descontos e outros benefícios, aliás, o tema correto é  só benefícios, nada de descontos, este termo pode trazer problemas éticos ferindo relações de compliances. Não há divulgação direta, mas indireta existe e em grande quantidade. Durante tempos milhares de médicos receberam cartões provisórios que entregavam aos pacientes em mãos, até aí nada demais, pelo contrário, pacientes devidamente documentados com uma prescrição médica tinham em mãos tais cartões orientados na maioria das vezes pelos seus médicos de confiança. E exigência da ANVISA de proibir envolvimentos de médicos nestes programas é um exagero, uma falta do que fazer, um desserviço a sociedade, pura hipocrisia. O pior é deixar o paciente nas mãos dos competentes operadores de marketing, excluindo o médico desta relação. A propaganda chega de qualquer forma ao conhecimento dos pacientes, muitas vezes errada.
Não seria melhor a ANVISA através de sua câmara especializada identificar as razões pelas quais as Indústrias oferecem tantos descontos, sem limites de quantidades e tempo de uso de seus produtos envolvidos nos programas? Qual é a justificativa da Indústria lutar por aumentos anuais em média de 6% e oferecer descontos de até 68% para o consumidor final?Imaginem todos os custos embutidos e mesmo com estes descontos para os consumidores estes produtos ainda dão lucros.
Quanto aos reais interesses das Indústrias com estes programas poderemos discutir em outra oportunidade, podendo inclusive ser nos comentários.

domingo, 24 de março de 2013

Pfizer na corrida para colocar no mercado uma vacina anti-tabaco


22/03/2013 - 14:23
A multinacional norte-americana Pfizer está na corrida para colocar no mercado uma vacina anti-tabaco. As pesquisas da farmacêutica ainda estão em fase inicial mas, se as apostas do laboratório forem eficazes, o medicamento poderá chegar ao mercado no fim desta década, num cálculo mais optimista, avança o Valor Econômico.

Essa vacina tem como objectivo impedir a chegada da nicotina ao cérebro, inibindo a sensação de prazer, disse Brian Champion, director-executivo e responsável pela imunologia da área de pesquisas em vacinas da Pfizer, com sede em La Jolla, na Califórnia (EUA). A cidade abriga um importante pólo de indústrias farmacêuticas com o foco em biotecnologia.

Segundo Champion, cientista especializado em vacinas, com 25 anos de experiência como imunologista na área de investigação e desenvolvimento, outros laboratórios, sobretudo os que produzem biológicos, também fazem pesquisas nesse mesmo sentido.

No mundo, cerca de 5 milhões de fumadores morrem por ano em decorrência de problemas causados pelo cigarro. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o número global de fumadores é de cerca de 1,5 biliões de pessoas na idade adulta, um terço da população mundial. A luta para parar de fumar não é fácil. Os actuais medicamentos antitabagistas existentes ainda possuem efeitos secundários graves, como depressão por exemplo. Os produtos mais conhecidos são o Chantix®, que pertence à própria Pfizer, e o Zyban®, da GlaxoSmithKline (GSK).

A expectativa é de que a vacina tenha eficácia maior sobre os fumadores. As actuais drogas comercializadas deixam de funcionar quando o fumador pára o tratamento.

Além do combate ao fumo, a Pfizer tem em desenvolvimento outras importantes vacinas, voltadas para o combate do cancro da próstata, asma, doenças neurodegenerativas e infecciosas, por exemplo.

O mercado global de vacinas é muito atraente - movimenta algo como 17 mil milhões de dólares por ano, com taxas médias de crescimento de 16% ao ano. Esse segmento triplicou nos últimos dez anos, tornando-se um dos mercados de maior expansão entre os sectores da indústria em geral - duas vezes mais rápido do que o de fármacos terapêuticos, por exemplo

Fonte: http://www.rcmpharma.com/actualidade/industria-farmaceutica/22-03-13/pfizer-na-corrida-para-colocar-no-mercado-uma-vacina-ant