O CEO da Eli Lilly John Lechleiter advertiu que
os preços actuais dos medicamentos na Europa podem ameaçar a inovação na
região, apelando para que o preço dos novos medicamentos seja mais elevado,
noticiou o The Wall Street Journal. Lechleiter referiu que os preços dos
medicamentos na Europa foram, em geral, "mais baixos a muito mais baixos”
do que noutros mercados desenvolvidos, e têm uma "”diferença
substancial" em relação aos EUA, avança o site FirstWord.
Fonte: http://www.rcmpharma.com/actualidade/industria-farmaceutica/08-03-13/ceo-da-eli-lilly-diz-que-precos-dos-medicamentos-na-euro
O executivo disse que o preço estabelecido
"envia a mensagem de que todo esse investimento em pesquisa e toda essa
conversa sobre inovação não vão, no final de contas, ser recompensados".
Lechleiter disse que em 1970 mais de 50 por
cento dos novos medicamentos foram desenvolvidos na Europa e 30 por cento nos
EUA, embora essa situação tenha sido agora invertida. "Isso levanta a
questão: será essa inversão um indicador de que o investimento está a
desaparecer e ênfase da investigação está a deslocar-se para jurisdições,
geografias, de facto, onde o risco será recompensado?", comentou.
O CEO referiu que a Eli Lilly e a sua parceira
Boehringer Ingelheim recentemente decidiram contra o lançamento do fármaco
Trajenta® (linagliptina) na Alemanha depois de o governo alemão ter determinado
que a terapia para a diabetes não seria comparticipada a uma taxa diferente dos
medicamentos mais antigos da mesma classe. No ano passado, a Boehringer
Ingelheim iniciou um segundo processo de revisão com os reguladores alemães
para o Trajenta®, sugerindo na altura que se o medicamento não recebesse um
status de benefício adicional iria considerar os seus próximos passos.
Lechleiter chamou a situação de "farsa" para os doentes, mas manteve
a decisão, acrescentando que "a nossa posição hoje é que não temos a
intenção de lançar".
O CEO também destacou os efeitos negativos dos
"preços de referência" e a crise económica europeia sobre os preços
dos medicamentos. Países como Itália, Espanha e Grécia reduziram os preços dos
medicamentos no âmbito das medidas de austeridade, mas Lechleiter sugeriu que
"certamente não podemos ter outros países que não estão tão afectados a
usar esses novos preços mais baixos como referência".
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