domingo, 10 de março de 2013

Remédio contra osteoporose pode fazer mulheres viverem mais



Uma substância química, que está causando polêmica sobre seus efeitos colaterais, ganhou, este mês, um aliado em sua luta. Os bisfosfonatos são utilizados para tratar a osteoporose em mulheres no período pós-menopausa.
O primeiro nocaute veio de um comunicado, lançado em 2010, pela Food and Drugs Administration, órgão do governo americano que cuida da aprovação de alimentos e medicamentos (para humanos e animais) nos EUA. A agência anunciou que estava investigando possível ligação entre o composto e fraturas atípicas no fêmur de mulheres usando remédios baseados em bisfosfonatos. Também foram relatados casos de necrose no osso do maxilar de algumas mulheres.
Veio, então, o revide. Pesquisadores australianos publicaram o resultado de um estudo que dizia que mulheres idosas que tomam bisfosfonatos vivem mais tempo. A cada cem mulheres do estudo, três que não usaram a droga para os ossos morreram todo ano, em comparação a uma porcentagem menor que um, para aquelas que receberam o medicamento.
Apesar de não provar que os bisfosfonatos aumentem a longevidade, o médico Ethel S. Siris, do Centro Toni Stabile de Osteoporose, da Universidade Columbia, considera os resultados “boas notícias”. Uma especulação é que as mulheres que recebem o tratamento fiquem mais saudáveis.
Estimativas de Siris, publicadas em janeiro, mostraram que os bisfosfonatos podem ter prevenido mais de 144 mil fraturas entre mulheres em pós-menopausa em um período de oito anos. “O lado ruim é que as notícias exageradas sobre os riscos de efeitos colaterais desta droga veiculadas pela mídia têm feito as pessoas suspenderem o tratamento, quando deveriam continuar”, disse o médico. Os especialistas esperam que a novidade lançada pelos pesquisadores australianos faça as pacientes recuperarem a confiança no medicamento.
Pelo sim, pelo não, melhor aguardar o próximo round.

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