domingo, 10 de março de 2013

Blau compra laboratório no Uruguai e avalia outros ativos.

A farmacêutica nacional Blau, com sede em São Paulo, adquiriu um laboratório pequeno no Uruguai. A empresa Ganden será a base de expansão da companhia brasileira no mercado uruguaio. "Vamos transferir os registros de medicamentos da Blau do Brasil para esse laboratório", afirmou Marcelo Hahn, principal executivo do grupo ao Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.
Essa é a segunda aquisição da companhia fora do Brasil. A primeira foi no ano passado - o grupo comprou 50,98% de participação da farmacêutica colombiana Sumimed. A Blau deverá fazer quatro aquisições entre este ano e 2014 em ativos na América Latina, com aportes de US$ 100 milhões, afirmou Hahn. "As duas aquisições que serão feitas este ano já estão avançadas", disse.
A unidade do Uruguai passará a se chamar Blaufarma Uruguay. "O Uruguai é um mercado importante para a nossa empresa. Neste primeiro momento, vamos transferir os registros dos medicamentos da Bioxel [empresa parceira da Blau naquele país], que mantinha licenciamento de diversos produtos da nossa companhias", disse Hahn. No total, serão transferidos nove produtos com a marca Blau.
A companhia está à procura de uma nova sede e contratará um executivo para o cargo de diretor financeiro para administrar a empresa uruguaia. "A Blaufarma Uruguay S/A receberá investimento direto de cerca de US$ 2 milhões para a sua estruturação e operação neste primeiro momento, e a nossa meta é já no primeiro ano vender entre US$ 10 milhões e US$ 12 milhões."
A Blau é especializada em biotecnologia e produz, entre outros produtos, proteínas recombinantes e hormônios. "Nos próximos dois anos investiremos cerca de US$ 50 milhões em estudos clínicos no Brasil", disse Hahn. Os produtos da Blau já são exportados, mas a empresa quer intensificar as vendas. A compra de ativos na América Latina reforça a estratégia da companhia de exportação.
No ano passado, a companhia encerrou com receita bruta de R$ 350 milhões. Para este ano, o faturamento está projetado em R$ 460 milhões, segundo Hahn.
Os grupos nacionais Eurofarma e Cristália também adotaram a estratégia de comprar ativos no exterior. A Eurofarma já tem laboratórios no Uruguai, Argentina, Colômbia, Chile e está em negociações para comprar um laboratório no Peru. A Cristália tem empresa na Argentina e também está em busca de novos negócios. (MS).

 

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