11/04/2013 - Saúde - Bruno
Bocchini - Repórter
da Agência Brasil
São Paulo –
O Ministério da Saúde anunciou hoje (11) um pacote de medidas que visam
incentivar a indústria brasileira do setor da saúde. Foram firmadas oito
parcerias entre laboratórios públicos e privados, que prevêem a transferência
de tecnologia para a produção nacional de equipamentos e cinco medicamentos,
hoje consumidos por 754 mil brasileiros. A produção deve ter início imediato.
De acordo
com o ministério, a maior parte desses medicamentos hoje é importada e
distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com as parcerias, o ministério
estima uma economia, em cinco anos, de R$ 354 milhões.
Pelos
acordos, os laboratórios estrangeiros se comprometem a transferir aos
laboratórios brasileiros a tecnologia para a produção nacional do medicamento
ou vacina, dentro de um prazo de cinco anos. Como contrapartida, o governo
garante exclusividade na compra desses produtos, pelos menores valores cotados
no mercado mundial, durante o mesmo período.
Os
medicamentos que passarão a ser produzidos no Brasil são o antirretroviral
darunavir (usado no tratamento do HIV); galantamina (contra o mal de
Alzheimer); espirais de platina (usadas nas cirurgias de aneurisma cerebral);
cloroquina, anfotericina B e anfotericina B lipossomal (medicamentos usados
contra malária e leishmaniose). Também será transferida a tecnologia para a
produção de um polivitamínico usado para anemia profunda indicado para crianças
de até três anos, e a construção de três tipos de aparelhos auditivos.
Com os novos
acordos, passam a estar em vigor 63 parceria entre 15 laboratórios públicos e
35 privados para a produção nacional de 61 medicamentos e seis equipamentos de
saúde. Segundo o ministério, as parcerias rendem uma economia, anual, de cerca
de R$ 2,5 bilhões.
“Produzir no
Brasil significa economia para o governo e menores preços para os medicamentos.
O país passar a produzir equipamentos de ponta significa também segurança para
os pacientes Esses medicamentos serão fornecidos independentemente de qualquer
crise internacional”, disse o ministro da Saúde Alexandre Padilha, no
lançamento dos programas, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp).
Em parceria
com Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o ministério
da Saúde também anunciou, pelo programa Inova Saúde, editais para
financiamentos de R$ 2 bilhões destinados a empresas de inovação, que
desenvolvem medicamentos biológicos – usados geralmente no combate ao câncer e
a artrite –, medicamentos tradicionais e equipamentos de saúde.
Também o
BNDES lançou a terceira etapa do Profarma, que cria uma linha de financiamento
de R$ 5 bilhões para apoiar empresas de desenvolvimento de produtos
biotecnológicos no Brasil.
Edição:
José Romildo
Todo
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