Medicamentos
de uso frequente, como omeprazol (gastrite e úlcera) e amoxilina (antibiótico),
estão entre os que terão reajuste mais alto.
Veja também
Leia mais sobre esse assunto em: http://oglobo.globo.com/economia/governo-autoriza-reajuste-de-ate-631-nos-precos-dos-remedios-8023218#ixzz2PVNVIqPA
Nota de C&T:
Inaceitável o governo garantir 6,31% de aumento para um determinado medicamento se alguns fabricantes garantem até 70% de desconto para os atravessadores deste mesmo produto. Não estaria na hora de se estudar uma maneira do consumidor também ser beneficiado com uma redução nos preços em vez de aumentos? Para que aumentar se é possível congelar alguns produtos com base nas suas planilhas de custos e políticas comerciais praticadas no mercado.
Cristiane Bonfanti
BRASÍLIA - O
governo federal autorizou nesta quinta-feira o reajuste de até 6,31% nos
valores dos medicamentos com preço controlado vendidos em todo o país. Por meio
de resolução publicada no Diário Oficial da União, a Câmara de Regulação do
Mercado de Medicamentos (Cmed) definiu o aumento de acordo com três faixas. O
CMED é um órgão do governo formado por representantes de diversos ministérios.
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No caso dos
medicamentos classificados no nível 1, referentes às classes terapêuticas com
participação de genéricos em faturamento igual ou superior a 20%, haverá o
maior reajuste, de 6,31% — equivalente à inflação medida pelo IPCA nos 12 meses
encerrados em fevereiro. Nesta categoria, encontram-se medicamentos de uso
popular e frequente, como omeprazol (utilizado no tratamento de gastrite e
úlcera) e amoxilina (antibiótico mais usado no tratamento de infecções
urinárias e respiratórias).
Na segunda
categoria, de classes com participação de genéricos em faturamento igual ou
superior a 15% e abaixo de 20%, o aumento será de 4,51%. Por último, na classe
de nível 3, com participação de genéricos em faturamento abaixo de 15%, o
reajuste será de 2,70%.
Os critérios para
a elevação dos preços, que ocorre anualmente, foram divulgados no último dia 12
pela Câmara de Regulação e consideram, além da inflação, os ganhos de
produtividade das empresas e o preço dos insumos usados na produção dos
remédios.
Na terça-feira, o
GLOBO mostrou que, mesmo sem autorização do governo, a distribuidoras haviam
começado a passar ao varejo um aumento de até 6,31% nos preços,sob a
justificativa de que há tinham recebido as novas listas da indústria. Em
drogarias do Rio de Janeiro, consumidores também encontravam remédios com valor
elevado. Procurado na terça-feira, o Ministério da Saúde não se manifestou
sobre o repasse adiantado e ressaltou que os preços só poderiam ser elevados
para o consumidor depois da publicação da resolução com os índices específicos.
Sindicato reclama
do aumento
Por meio de nota,
o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo
(Sindusfarma) considerou que, “mais uma vez, o governo aplicou um discutível
cálculo de produtividade que reduz o índice de reajuste e prejudica muitas
empresas, ao impedi-las de repor o aumento de custos de produção do período”.
De acordo com a
entidade, desde 2011, a indústria farmacêutica enfrenta fortes pressões de
custo, principalmente com pessoal, insumos e matérias-primas, majoritariamente
importadas, cujas cotações internacionais subiram no ano passado e ficaram
ainda mais elevadas devido à valorização do real. “Até agora, o setor absorveu
esse impacto, mas em contrapartida experimentou queda de rentabilidade”,
informou o sindicato, que observou que a continuidade dessa situação vai afetar
a saúde financeira das empresas e pode comprometer o lançamento de produtos e
os investimentos necessários ao desenvolvimento de medicamentos inovadores.
O sindicato
observou que, se todas as apresentações forem reajustadas pelos índices
máximos, o aumento médio será de 4,59%.
“Assim, como tem
acontecido nos últimos anos, a varação de preços dos medicamentos ficará abaixo
da inflação geral”, informou.
O Sindusfarma
lembrou que, em 2012, os medicamentos subiram, em média, 4,11%, enquanto a
inflação medida pelo IPCA cresceu 5,84%.
O sindicato
observou que, nas farmácias, o período de reajuste dura de dois a três meses:
“As primeiras variações de preço registram-se em junho ou julho, quando começam
as reposições de estoques, já que o varejo costuma antecipar compras antes da
entrada em vigor do reajuste”.
Leia mais sobre esse assunto em: http://oglobo.globo.com/economia/governo-autoriza-reajuste-de-ate-631-nos-precos-dos-remedios-8023218#ixzz2PVNVIqPA
Nota de C&T:
Inaceitável o governo garantir 6,31% de aumento para um determinado medicamento se alguns fabricantes garantem até 70% de desconto para os atravessadores deste mesmo produto. Não estaria na hora de se estudar uma maneira do consumidor também ser beneficiado com uma redução nos preços em vez de aumentos? Para que aumentar se é possível congelar alguns produtos com base nas suas planilhas de custos e políticas comerciais praticadas no mercado.
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