24/08/2014 21h39 -
Atualizado em 24/08/2014 21h56
Inmetro testa marcas de whey protein
Para esse teste foram analisadas 15 marcas de
whey protein concentrado, que é a versão mais consumida desse suplemento: 14
foram reprovadas.
Atenção, consumidor! Principalmente você que
frequenta academia! O Inmetro testou os suplementos alimentares à base de
proteína mais consumidos por quem é atleta ou pega pesado na malhação. Será que
eles são confiáveis?
Na academia, onde tem gente puxando ferro,
está aquela garrafinha cheia de whey protein!
“Whey protein é um suplemento derivado do
soro do leite. E ali no soro do leite você tem uma grande quantidade de
proteínas, aminoácidos diversos. Os anabolizantes são produtos derivados de
hormônios sintéticos. Ou seja, da testosterona, do hormônio masculino”, destaca
a nutricionista Monica Dalmacio.
O Fantástico foi saber se esses suplementos
têm mesmo proteína com o teste do Inmetro.
“Houve um grande aumento no consumo desse
produto. Além disso, algumas denúncias foram sinalizadas por parte de alguns
distribuidores e com isso houve um grande número de pedidos para nós do Inmetro
que fizéssemos a análise dos suplementos proteicos”, diz o analista executivo
do Inmetro Walace Cestari.
No mercado existem diversos tipos diferentes
de whey protein. Mas para esse teste foram analisadas 15 marcas de whey protein
concentrado, que é a versão mais consumida desse suplemento.
São elas: EAS, Body Action, Probiótica,
Integral Médica, STN Steel Nutrition, Solaris, Voxx, Dynamic lab, Maxx
Titanium, DNA, Universal, Met-Rx, Sportpharma, New Millen e Nature's Best.
Para ser considerado whey protein, o produto
deve apresentar, no mínimo, 10 gramas de proteína por porção. O primeiro teste
avaliou justamente isso. E todas as marcas foram aprovadas.
Uma coisa é ter o mínimo de proteína. Outra
coisa é apresentar a quantidade de proteína escrita no rótulo. Nesse segundo
teste, duas marcas foram reprovadas por terem quase 30% menos proteínas do que
o anunciado: a Solaris e a Voxx.
O terceiro teste constatou que todos os whey
protein concentrados têm carboidratos na composição. Mas das 15 marcas, 11 tinham
quantidades bem diferentes do que estava no rótulo.
No caso da Voxx, essa diferença era de 300%.
Ou seja, quatro vezes mais do que o anunciado.
Vamos para mais um teste: o da origem da
proteína. Por ser derivada do soro do leite, em tese, a proteína deveria ser de
origem animal. O whey da marca DNA também tinha proteínas do trigo e da soja.
“Economicamente ela teria um valor menor,
então também o consumidor está sendo lesado.”, destaca Valnei Cunha.
“Foi adicionada proteína da soja, esse
produto foi fraudado. Eu não posso utilizar um suplemento de origem vegetal e
dizer que esse suplemento é a proteína do soro do leite. Você vai pagar gato
por lebre”, diz a nutricionista Monica Dalmacio.
Foram encontradas, ainda, substâncias não
declaradas nas fórmulas dos whey protein.
Em cinco marcas havia cafeína: EAS, Probiótica, STN, Maxx Titanium e Sportpharma.
Em cinco marcas havia cafeína: EAS, Probiótica, STN, Maxx Titanium e Sportpharma.
No teste para ver se os rótulos estavam
corretos, 11 marcas foram reprovadas. Resultado final: um fiasco: 14 das 15
marcas foram reprovadas.
As respostas dos fabricantes foram as mais
diversas.
Sobre a rotulagem:
EAS, Body Action, Integral Médica, Dynamic Lab, DNA, Universal, Sportpharma, New Millen e Nature's Best disseram que já corrigiram ou vão corrigir os erros.
EAS, Body Action, Integral Médica, Dynamic Lab, DNA, Universal, Sportpharma, New Millen e Nature's Best disseram que já corrigiram ou vão corrigir os erros.
A Maxx Titanium e a STN Nutrition não se explicaram
sobre os problemas detectados. Assim como a DNA, a única que apresentou
proteína que não era do soro do leite.
Em relação à presença de cafeína, todos os
reprovados nesse quesito se justificaram alegando que a cafeína veio do cacau
usado como matéria-prima do whey protein.
Sobre as diferenças na quantidade de proteína
e de carboidrato, a EAS, a Probiótica, a Integral Médica, a STN, a Universal e
a Sportpharma questionaram a metodologia usada pelo Inmetro.
A Solaris também questionou, mas disse que
recolheu o lote testado.
A New Millen disse que não vê problema no
fato do whey protein ter carboidrato acima da margem de erro de 20%.
Já a Voxx, que tinha 300% mais de carboidrato
no whey e quase 30% menos proteína, discordou dos resultados.
E a Nature's Best disse que vai se adequar às
normas do produto.
E atenção, consumidor, para o alerta dos
nutricionistas!
“O whey protein ele é um produto pra quem é
praticante de atividade física de pelo menos intensidade muito grande. Se você
começar a utilizar grandes doses por períodos prolongados, isso é uma
sobrecarga para o rim e para o fígado muito grande. Posso vir a ter um problema
no fígado e um problema renal grave”, destaca a nutricionista.