20/02/2013 - 08:09
Os números da Organização Mundial de Saúde (OMS)
assustam a todos - leigos, médicos e especialistas - e revelam o risco do uso
de medicamentos sem receita médica. De acordo com a entidade, 29% dos óbitos
ocorridos no Brasil são provocados por intoxicação medicamentosa, entre elas, a
provocada justamente pela automedicação, avança o jornal brasileiro Primeira
Edição.
Conforme explica a médica Tereza Tenório,
gerente de Riscos e Assistência Hospitalar da Santa Casa de Maceió, a
automedicação é o uso de medicamentos sem nenhuma intervenção por parte de um
médico ou odontólogo, únicos profissionais habilitados para receitar
medicamentos.
Segundo a clínica, o problema é agravado pela
facilidade de acesso a medicamentos nos balcões de farmácias e parafarmácias e
do hábito da população em fazer uso de fármacos caseiros e manter verdadeiras
farmácias em casa.
Dois estudos citados por Tereza Tenório
comprovam essa preocupante realidade. O primeiro, publicado em 2008 pela
investigadora Daniela Aquino, revela que no Brasil pelo menos 35% dos
medicamentos são adquiridos sem receita médica.
Na segundo, publicado pela Faculdade de Farmácia
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 97% das residências visitadas em
Porto Alegre no ano de 2000 possuíam pelo menos um medicamento em casa, com uma
média geral de 20 itens e, em alguns domicílios, chegando ao patamar de 89
itens guardados.
O trabalho foi mais além e identificou que cerca
de 55% dos medicamentos foram adquiridos sem prescrição médica. Do total, 25%
estavam vencidos e destes, 24% continuavam sendo utilizados. “É preciso
reforçar o controle sobre todo tipo de medicamento comercializado e informar a
população os riscos da automedicação”, acrescentou Tereza Tenório
Nenhum comentário:
Postar um comentário