05/09/2012 - 08:04
Cresce a participação de moléculas biológicas nas pesquisas farmacêuticas realizadas no Brasil, segundo empresas do sector, citadas pelo jornal brasileiro Folha de S. Paulo.
Cresce a participação de moléculas biológicas nas pesquisas farmacêuticas realizadas no Brasil, segundo empresas do sector, citadas pelo jornal brasileiro Folha de S. Paulo.
São estudos de medicamentos profiláticos e para o tratamento de
distúrbios do sono, de doenças crónicas e de diversos tipos de cancro.
"Estamos a realizar pesquisas também nas áreas de esclerose
múltipla e hemofilia", diz Theo van der Loo, presidente da Bayer.
A Pfizer, por exemplo, trabalha hoje com 87 novas substâncias, das quais
26 são biológicas. Do total, 36 estão em estudo no Brasil.
O número é semelhante ao verificado na Bristol-Myers Squibb, na qual um
terço das novas moléculas é de matriz biológica.
As empresas têm investido milhares de milhões de dólares anualmente, mas
não sem riscos, segundo José Almeida Bastos, presidente da MSD no Brasil.
"Para cada molécula que chega às prateleiras, até 10 mil já foram
descartadas. São necessários 15 anos de pesquisa e investimentos de
aproximadamente 1,5 mil milhões de dólares", afirma Almeida Bastos.
Nenhuma das empresas consultadas especificou quais etapas do
desenvolvimento são realizadas actualmente no Brasil.
Bristol-Myers Squibb investe em inovação
Enquanto várias farmacêuticas apostam em genéricos para crescer, a
Bristol-Myers Squibb investe em inovação. A empresa tem actualmente 65
moléculas em desenvolvimento, sendo um terço delas biológicas.
Em 2011, 14 novas moléculas entraram em desenvolvimento pré-clínico e
quatro passaram para o estágio intermediário de estudos clínicos com um
investimento total de 3,8 mil milhões de dólares. Cerca de 30% dos 27 mil
funcionários da farmacêutica em todo o mundo dedicam-se à investigação e desenvolvimento.
Considerado um mercado estratégico para a farmacêutica, o Brasil integra
as principais pesquisas para desenvolvimento de novos medicamentos inovadores,
com 45 estudos em andamento e a participação de 104 instituições de saúde em
2011, e a perspectiva de conduzir 56 estudos ao longo deste ano. Entre os mais
recentes lançamentos da empresa no mundo está o Yervoy® (ipilimumab), para
melanoma metastático pré-tratado, sem indicação de remoção cirúrgica, que acaba
de ser aprovado pela ANVISA e, em breve, estará disponível no mercado
brasileiro.
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