09/07/2013 - 14:21
A presença do vírus do papiloma humano (HPV) pode chegar a multiplicar por 130 o risco de se desenvolver um tumor da orofaringe, indica um estudo em que participou o Instituto Catalão de Oncologia (ICO), avança a agência Lusa.
A presença do vírus do papiloma humano (HPV) pode chegar a multiplicar por 130 o risco de se desenvolver um tumor da orofaringe, indica um estudo em que participou o Instituto Catalão de Oncologia (ICO), avança a agência Lusa.
Publicado na revista Journal of the National
Câncer Institute, o estudo compara a presença de anticorpos contra o HPV em
pessoas sãs e em doentes com cancro da orofaringe e conclui que o HPV 16, uma
das estirpes mais agressivas, está presente em mais de 30 por cento dos que têm
aquele cancro e em menos de 1 por cento dos saudáveis, segundo a agência
noticiosa espanhola EFE.
A investigação, em que participou Xavier
Castellsagué, do Programa de Investigação em Epidemiologia do Cancro do ICO,
comparou a presença no sangue de anticorpos contra o HPV em 1.425 pessoas
saudáveis e em 1.496 doentes com cancro do trato aerodigestivo (cavidade oral,
faringe, laringe, esófago).
A infecção com o HPV é a infecção de transmissão
sexual mais frequente em todo o mundo: durante toda a sua vida, mais de 80 por
cento das mulheres sexualmente activas terão estado expostas aquele vírus, que
tem mais de 150 genótipos, 15 dos quais com um elevado risco de fomentar o
cancro.
A infecção por um daqueles tipos do vírus de
alto risco tem uma duração média de 8-12 meses e, nos casos mais graves, pode
chegar aos dois anos.
Os cientistas consideram que um teste do HPV
pode facilitar a deteção precoce do cancro oral provocado pelo vírus anos antes
do aparecimento da doença.
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