Antônio Marinho (amarinho@oglobo.com.br)
RIO - Essencial para estimular a absorção de cálcio nos ossos, a vitamina D se tornou o nutriente da longevidade. Estudos divulgados esta semana mostram que mais do que fortalecer as articulações, o consumo desta vitamina aumenta a expectativa de vida. Outra pesquisa, que acompanhou 119 mil adultos por 20 anos, publicada na revista "American Journal of Clinical Nutrition", diz que homens que tomaram pelo menos 600 unidades internacionais (UI) de vitamina D por dia estavam menos propensos a sofrer infarto ou derrame. E uma revisão de 50 estudos, envolvendo 94 mil participantes, realizada por seis investigadores de diferentes países publicada na revista de "The Cochrane Library", concluiu que esta vitamina reduziu a mortalidade, especialmente em mulheres acima de 50 anos. Com estes e outros tantos trabalhos favoráveis, consumir suplementos deste nutriente virou moda, mas os médicos alertam para os abusos. De nada adianta consumir vitamina D sem se expor ao sol por um período de 15 a 20 minutos, por exemplo: a radiação solar é fundamental para a síntese de vitamina D. Para ajudar, uma dica é buscar fontes naturais do nutriente, como peixes, ovos e leite. Como é difícil conseguir a quantidade necessária diária só com a dieta, o ideal é ingerir suplementos. Mas com supervisão médica, após exames de sangue.
- A principal fonte de vitamina D é a exposição da pele à luz solar. Em contato com o sol, a substância 7-dihidrocolesterol, presente na pele, é ativada e se transforma em vitamina D3, após passagem pelo fígado e pelo rim. Os alimentos, com exceção dos enriquecidos com este nutriente, são pobres em vitamina D, . Do ponto de vista médico, os alimentos não são considerados fonte de absorção. Para sintetizar vitamina D, são recomendados suplementos e exposição solar - diz o professor Antônio Carlos Minuzzi, endocrinologista do centro de medicina avançada AmaDerm e professor da Universidade John Hopkins.
Como forma de prevenir doenças e manter a massa óssea, a vitamina D é importante para todas as idades, afirma Minuzzi. E a recomendação é de 600 UI por dia para jovens e idosos até 70 anos. Se a pessoa apresentar deficiência de vitamina D por muito tempo, a tendência é o aumento da insulina, problema que pode evoluir para o diabetes e altos níveis de triglicerídeos.
Superdosagem prejudica funcionamento de fígado e rins
Para a nutricionista Virginia Nascimento, quem não tem chances de se expor ao sol de 45 a 60 minutos por semana e nem consome alimentos fontes de vitamina D, precisa de suplementação. A orientação vale principalmente para idosos, indivíduos que apresentam má absorção intestinal ou doenças do fígado e dos rins. Déficit de crescimento e sintomas de dores musculares, incidência de fraturas e imunidade comprometida podem ser sinais de carência de vitamina D.
- A ingestão da vitamina D via dieta tem diminuído porque as suas principais fontes na natureza são alimentos ricos em gordura. O bom senso hoje é usá-los em poucas quantidades - diz Virginia, da Associação Brasileira de Nutrição.
O cuidado é com o excesso. A superdosagem pode causar elevação dos níveis de cálcio no sangue e na urina. E isto pode provocar a formação de cálculos renais e calcificação das articulações.
- Se depois de exames clínicos e laboratoriais for necessário fazer suplementação de vitamina D, esta medida precisa ser bem acompanhada para não intoxicar o organismo - alerta a nutricionista
Fonte: http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2011/07/08/suplementos-de-vitamina-viram-moda-mas-medicos-alertam-para-abusos-924869712.asp
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