Augmentin® da GSK retirado do mercado chinês
A gigante farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK) foi quarta.feura ordenada pelo Governo de Hong Kong a retirar do mercado o medicamento Augmentin®, antibiótico muito receitado para o tratamento de infecções, especialmente para crianças. A medida foi tomada depois de testes laboratoriais terem detectado plastificantes nos comprimidos, avança a AFP.
“Com vista a zelar pela saúde do público e aplicar as medidas preventivas, os Serviços de Saúde recomendaram às farmácias, drogarias e firmas de importação e exportação de produtos farmacêuticos afectados a recolha do mercado local deste fármaco”, lê-se no comunicado. Ainda assim, “os residentes aos quais foi prescrito o mesmo produto farmacêutico noutras instituições de saúde ou clínicas não devem suspender a sua administração, mas devem, imediatamente, contactar com o seu médico assistente para a prescrição de outro fármaco similar”.
Os Serviços de Saúde lembram ainda que a administração de fármacos com substâncias como diisodecyl phthalate (conhecido pela sigla DIDP) e semelhantes “não provoca danos ao organismo humano a curto prazo”, mas se consumida a longo prazo e em grandes doses, “pode produzir um forte impacto no sistema hepático e nos órgãos genitais”.
Processo possível
Em Hong Kong, está a considerar-se a hipótese de avançar com um processo contra a empresa britânica fabricante do medicamento. Será “procurado aconselhamento junto do Departamento de Justiça sobre possíveis acções legais contra” a GlaxoSmithKline, dizem os serviços de saúde da região, citados pela AFP. “A partir do momento em que a GlaxoSmithKline não fornece explicações satisfatórias sobre os plastificantes, a qualidade da produção está em causa”, continuam as entidades de saúde de Hong Kong.
Os testes feitos pelas autoridades detectaram vários plastificantes entre os compostos do Augmentin®, incluindo DIDP. Ainda assim, “é bastante improvável” que a quantidade de químicos encontrada nos comprimidos “cause efeitos prejudiciais agudos se tomados de acordo com a dosagem recomendada”, referem as autoridades.
A empresa reagiu e, em comunicado, afiançou que está em marcha “uma investigação de urgência” para determinar de onde provêm os aditivos detectados nos testes laboratoriais. “A GlaxoSmithKline não usou intencionalmente qualquer plastificante no fabrico de Augmentin®”, refere, acrescentando que os valores encontrados são “significativamente inferiores aos níveis que as autoridades dos EUA e da Europa consideram como representando risco para os seres humanos”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário