EMA: há ligeiro aumento do risco de cancro da bexiga em doentes diabéticos a tomar pioglitazona
22/07/2011 - 09:05
O Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia do Medicamento (EMA) finalizou a revisão da relação benefício-risco dos medicamentos contendo pioglitazona e concluiu que há um ligeiro aumento do risco de cancro da bexiga em doentes diabéticos a tomar estes medicamentos, continuando, no entanto, estes medicamentos a serem uma opção de tratamento válida para alguns doentes com diabetes tipo II. O CHMP recomendou ainda a adopção de algumas medidas que permitirão minimizar o risco identificado, avança o Infarmed, em comunicado.
O CHMP fez a revisão de todos os dados disponíveis acerca da ocorrência de cancro da bexiga, e teve ainda em consideração a opinião do seu Grupo de Aconselhamento Científico (SAG) sobre Diabetes e Endocrinologia.
O CHMP concluiu que alguns doentes poderão beneficiar do tratamento com pioglitazona por não responderem a outras terapêuticas. Nestas situações, os prescritores são aconselhados a seleccionar, de forma criteriosa, os doentes em função dos factores de risco e a monitorizar a resposta à terapêutica com pioglitazona.
O CHMP solicitou ao Titular de Autorização de Introdução no Mercado a realização de um estudo epidemiológico europeu que permita uma caracterização mais robusta do risco de cancro da bexiga, em particular, o risco associado ao tempo de exposição e o risco associado à idade, para que possam vir a ser tomadas medidas de minimização do risco mais específicas. Este estudo deve incidir sobre a análise do tipo, evolução e gravidade dos casos de cancro da bexiga que ocorreram nos doentes em tratamento com pioglitazonas em comparação com os diabéticos que não estão em tratamento com pioglitazonas.
Face ao exposto, a EMA e o Infarmed recomendam o seguinte aos médicos:
Os benefícios da pioglitazona continuam a superar os seus riscos em doentes que respondam adequadamente ao tratamento. No entanto, devem ser tomadas determinadas medidas que permitam reduzir o risco de cancro da bexiga, nomeadamente:
Os benefícios da pioglitazona continuam a superar os seus riscos em doentes que respondam adequadamente ao tratamento. No entanto, devem ser tomadas determinadas medidas que permitam reduzir o risco de cancro da bexiga, nomeadamente:
· A pioglitazona não deve ser prescrita a doentes que tenham, ou tenham tido, cancro da bexiga ou que apresentem hematúria macroscópica de causa desconhecida.
· Antes de iniciar o tratamento com pioglitazona, devem ser verificada a existência de factores de risco para o cancro da bexiga (idade, tabagismo e exposição a certos químicos ou tratamentos).
· Nos doentes mais idosos, o tratamento com pioglitazona deve ser iniciado com a dose mais baixa, pois estes doentes apresentam um risco acrescido de cancro da bexiga e de insuficiência cardíaca.
· O tratamento com pioglitazona deve ser revisto a cada três a seis meses. O tratamento deve ser descontinuado sempre que não revele benefício suficiente.
Em relação aos doentes:
· Não devem deixar de tomar os medicamentos contendo pioglitazona sem indicação do médico.
· Devem informar imediatamente o seu médico se surgir sangue na urina ou outros sintomas relacionados com a bexiga (por exemplo, dor a urinar ou urgência para urinar).
· Na próxima consulta de reavaliação do tratamento, devem esclarecer todas as dúvidas com o seu médico.
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