Nota de C&T: Nada
mais justo do que cumprir com suas obrigações como pais orientando seus filhos,
nada mais obrigatório do que reconhecer os valores de quem tem e zela por eles.
Parabéns “pais” de Abreu e Lima.
Por
Xico Sá
19/05/14
12:52
É
preciso, no meio da bandalheira e dos arrastões, louvar as mães de Abreu e
Lima.
As
mães que deram início ao movimento de devolução das mercadorias saqueadas
durante a greve/ motim da PM de Pernambuco na semana passada.
A
delegacia da cidade mais parece Casas Bahia. A todo instante chegam geladeiras,
máquinas de lavar, tablets… e outras mercadorias fetiches.
Vi
e ouvi declarações comoventes. Filho meu não bota a mão no alheio, disse uma
dessas anônimas e honestíssimas brasileiras a um telejornal. Ela mesma foi
devolver um eletrodoméstico levado por um dos seus meninos.
Depois
que as mães reagiram, começou uma onda de devolução das mercadorias. Deu
vergonha em quem havia cometido os saques no comércio da cidade da região
metropolitana do Recife.
Essa
honra materna é a salvação da lavoura.
Filho
meu não bota a mão no alheio. Que o velho coração materno bata mais forte.
Para
o filho trombadinha e para o filho político.
Para
o filho taxista, para o filho empresário, para o filho dono de restaurante na
cidade do Rio de Janeiro.
Para
todo amor filial.
Que
as mães de Abreu e Lima sirvam de exemplo. Bravas como as mães da praça de
Maio.
Um
lugar que tem um batismo nobre, é bom que se repita: Abreu e Lima (1794-1869),
o pernambucano que lutou, escreveu discursos para Simón Bolívar e participou
ativamente das guerras da independência da América espanhola.
Que
fique esse eco como mantra a todos os rebentos da tal mãe gentil: filho meu não
mete a mão no alheio.
Isso
é que é lição de casa. Vale por todo um sistema de educação que não funciona
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