Nota de C&T:
Em Sergipe e outros Estados não faltam só manutenção em ambulâncias, falta
absoluta responsabilidade com a gestão pública, deixando faltar o básico na saúde,
educação, segurança e desenvolvimento econômico. Pense bem, você tem o poder,
use a razão na hora de votar e esqueça o coração.
Cinco ambulâncias estão quebradas desde a sexta-feira, 20
Cinco ambulâncias
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) encontram-se paradas por
falta de manutenção desde a última sexta-feira, 20. A informação é do Sindicato
dos Condutores de Ambulância de Saúde (Sindconam). Segundo os servidores, a
equipe encontra-se ociosa pela falta dos veículos, o que vem penalizando os
usuários com a demora no atendimento.
Quatro entre as
ambulâncias paradas desde o dia 20 pertencem ao sistema de atendimento básico,
que soma oito unidades. A quinta ambulância que aguarda pelo conserto, segundo
o Sindconam, é uma das três Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) móveis do
Estado. A ambulância UTI registrou um problema na embreagem na manhã desta
segunda-feira, 23.
“Se quando todas
as ambulâncias estão na ativa a gente ainda se esforça para dar conta, imagina
com metade quebrada? O pessoal está reclamando da demora, mas infelizmente não
pudemos fazer nada”, questiona o presidente do Sindconam, Adilson Ferreira
Melo. Segundo o representante, os servidores já entraram em contato com a
Secretaria de Estado da Saúde para esclarecer a situação.
“Eles alegam falta
de recursos para pagar as oficinas que dão manutenção às ambulâncias. Mas a
gente não consegue entender como isso pode ser verdade, se para cada ambulância
o Ministério da Saúde repassa um valor de quase R$ 12 mil para manutenção”, expõe.
Problemas
O presidente do
Sindconam reforça que outras dificuldades relativas às ambulâncias foram
registradas desde 2012. “O Ministério Público, através da promotora Euza
Missano, já apresentou uma liminar que obriga o Estado a regularizar a questão
dos ar-condicionados nas ambulâncias. Isso ocorreu em novembro do ano passado,
mas a situação continua a mesma”, afirma.
SES
A Secretaria de
Saúde afirma que entre as unidades que registraram problemas durante o final de
semana, três já foram consertadas. Confira na íntegra nota repassada pela SES:
"O superintendente do Samu, Silas Lawley, esclareceu, através de nota, que
todas as ambulâncias passam por manutenção preventiva e corretiva. Neste último
fim de semana, das 8 Unidades de Suporte Básico que rodam em Aracaju, 4
apresentaram problemas mecânicos, como disco de embreagem. Dessas, 3 já foram
consertadas e reintegradas à frota nesta segunda-feira e a outra será entregue
nesta terça-feira.
Ainda de acordo
com a nota, o desgaste é grande por conta rotatividade dessas ambulâncias. Além
do desgaste natural, existem os acidentes e a falha humana, como no caso de
abastecimento com combustível errado, causando danos ao motor do veículo, o que
representa um reparo mais demorado. O Samu informa que as Unidades de Suporte
Avançado de Aracaju continuam rodando normalmente.
Com relação ao
repasse do Ministério da Saúde, a Diretoria da Fundação Hospitalar de Saúde
afirma que não há nenhum tipo de desvio. Ao contrário, o Estado tem investido
alto para manter o serviço em funcionamento. Ainda sobre o repasse, este é
feito sobre unidade habilitada, sendo que o valor, de 2002, foi atualizado
apenas este ano. Havia uma defasagem muito grande. O valor transferido pela
União correspondia a somente 25% da folha de pagamento do Samu do Estado; todas
as outras despesas incluindo a manutenção das bases descentralizadas eram
bancadas por recursos do tesouro Estadual. O reajuste atingirá cerca de 40% da
folha. Esta atualização permitirá alguns investimentos no serviço.
A Secretaria de Estado
da Saúde e a Fundação Hospitalar de Saúde têm feito reuniões com os gestores
municipais no sentido de partilhar os custos já que o serviço é tripartite
(União, Estado e Municípios). Pela Portaria 1010 de maio de 2012, a União
deverá bancar pelo menos 50% do custeio, enquanto o Estado deve arcar com pelo
menos 25% e os municípios com no máximo 25% dos gastos com o serviço. Diante
dessa realidade a SES e a FHS vêm dialogando com os municípios no sentido de
reestruturar as bases, dividindo as responsabilidades em relação, pelo menos, à
manutenção dessas bases no seu território."
Por Nayara
Arêdes e Verlane Estácio
Fonte: http://www.infonet.com.br/saude/ler.asp?id=149524&titulo=noticias
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