quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Ambulâncias do Samu paralisam por falta de manutenção


Nota de C&T: Em Sergipe e outros Estados não faltam só manutenção em ambulâncias, falta absoluta responsabilidade com a gestão pública, deixando faltar o básico na saúde, educação, segurança e desenvolvimento econômico. Pense bem, você tem o poder, use a razão na hora de votar e esqueça o coração.

Cinco ambulâncias estão quebradas desde a sexta-feira, 20

Cinco ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) encontram-se paradas por falta de manutenção desde a última sexta-feira, 20. A informação é do Sindicato dos Condutores de Ambulância de Saúde (Sindconam). Segundo os servidores, a equipe encontra-se ociosa pela falta dos veículos, o que vem penalizando os usuários com a demora no atendimento.

Quatro entre as ambulâncias paradas desde o dia 20 pertencem ao sistema de atendimento básico, que soma oito unidades. A quinta ambulância que aguarda pelo conserto, segundo o Sindconam, é uma das três Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) móveis do Estado. A ambulância UTI registrou um problema na embreagem na manhã desta segunda-feira, 23.

“Se quando todas as ambulâncias estão na ativa a gente ainda se esforça para dar conta, imagina com metade quebrada? O pessoal está reclamando da demora, mas infelizmente não pudemos fazer nada”, questiona o presidente do Sindconam, Adilson Ferreira Melo. Segundo o representante, os servidores já entraram em contato com a Secretaria de Estado da Saúde para esclarecer a situação.

“Eles alegam falta de recursos para pagar as oficinas que dão manutenção às ambulâncias. Mas a gente não consegue entender como isso pode ser verdade, se para cada ambulância o Ministério da Saúde repassa um valor de quase R$ 12 mil para manutenção”, expõe.

Problemas

O presidente do Sindconam reforça que outras dificuldades relativas às ambulâncias foram registradas desde 2012. “O Ministério Público, através da promotora Euza Missano, já apresentou uma liminar que obriga o Estado a regularizar a questão dos ar-condicionados nas ambulâncias. Isso ocorreu em novembro do ano passado, mas a situação continua a mesma”, afirma.

SES

A Secretaria de Saúde afirma que entre as unidades que registraram problemas durante o final de semana, três já foram consertadas. Confira na íntegra nota repassada pela SES: "O superintendente do Samu, Silas Lawley, esclareceu, através de nota, que todas as ambulâncias passam por manutenção preventiva e corretiva. Neste último fim de semana, das 8 Unidades de Suporte Básico que rodam em Aracaju, 4 apresentaram problemas mecânicos, como disco de embreagem. Dessas, 3 já foram consertadas e reintegradas à frota nesta segunda-feira e a outra será entregue nesta terça-feira.

Ainda de acordo com a nota, o desgaste é grande por conta rotatividade dessas ambulâncias. Além do desgaste natural, existem os acidentes e a falha humana, como no caso de abastecimento com combustível errado, causando danos ao motor do veículo, o que representa um reparo mais demorado. O Samu informa que as Unidades de Suporte Avançado de Aracaju continuam rodando normalmente.

Com relação ao repasse do Ministério da Saúde, a Diretoria da Fundação Hospitalar de Saúde afirma que não há nenhum tipo de desvio. Ao contrário, o Estado tem investido alto para manter o serviço em funcionamento. Ainda sobre o repasse, este é feito sobre unidade habilitada, sendo que o valor, de 2002, foi atualizado apenas este ano. Havia uma defasagem muito grande. O valor transferido pela União correspondia a somente 25% da folha de pagamento do Samu do Estado; todas as outras despesas incluindo a manutenção das bases descentralizadas eram bancadas por recursos do tesouro Estadual. O reajuste atingirá cerca de 40% da folha. Esta atualização permitirá alguns investimentos no serviço.

A Secretaria de Estado da Saúde e a Fundação Hospitalar de Saúde têm feito reuniões com os gestores municipais no sentido de partilhar os custos já que o serviço é tripartite (União, Estado e Municípios). Pela Portaria 1010 de maio de 2012, a União deverá bancar pelo menos 50% do custeio, enquanto o Estado deve arcar com pelo menos 25% e os municípios com no máximo 25% dos gastos com o serviço. Diante dessa realidade a SES e a FHS vêm dialogando com os municípios no sentido de reestruturar as bases, dividindo as responsabilidades em relação, pelo menos, à manutenção dessas bases no seu território."

Por Nayara Arêdes e Verlane Estácio

Fonte: http://www.infonet.com.br/saude/ler.asp?id=149524&titulo=noticias

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