Nota de C&T:
Entendo que o assunto publicado pela Agência de Notícias do Jornal Floripa e postado abaixo na íntegra por este blog, é de interesse social.
"a Anvisa e os especialistas recomendam que os consumidores consultem as vigilâncias sanitárias para saber se há coleta específica. Alguns municípios já têm o serviço.
Os remédios também podem ser entregues em farmácias e drogarias. Quem não tiver nenhuma das opções anteriores deve descartar o remédio no lixo".
Falta manifestação da ANVISA no tocante a quem contribui fortemente para que o quadro se complique mais a cada dia, a Indústria Farmacêutica.
É comum no mercado, a pressão comercial das Indústrias Farmacêuticas para vender mais do que o mercado consume, com esta estratégia puramente comercial, é lógico que vai sobrar produto em algum lugar.
As distribuidoras, maiores detentoras de produtos vencidos hoje, fazem campanhas agressivas para "desovar" seus estoques, mesmo que tenham de receber de volta das drogarias depois de vencidos, mas o importante é dá saída nos estoques parados. A farmácia por sua vez, tenta pressionar o consumidor final para comprar mais do que ele precisa e com isso sobra produto na casa do consumidor. Embalagens em desacordo com a necessidade do paciente é outro fator contribuinte, é comum a prescrição médica não corresponder à quantidade de uma caixa, para completar o tratamento o paciente compra duas e acaba sobrando algumas unidades.
Muitas Indústrias de Similares e Genéricos pagam comissões aos balconistas para trocarem prescrições médicas, indicarem produtos (exercício ilegal da profissão), incentivar a automedicação, entre outras atividades ilegais, são estas práticas ilegais que também contribuem para que sobras de medicamentos sejam comuns nas residências.
As Indústrias Farmacêuticas precisam ser envolvidas neste processo de resgate de medicamentos vencidos, que por sinal já existem leis que obrigam a Indústria recolher suas marcas vencidas e indenizar os comerciantes varejistas, mas poucos comerciantes lançam mão desse direito. O Estado do Paraná, Pernambuco e Ceará, através de suas Assembléias Legislativas, entraram nesta luta, mas o resultado positivo até agora é insignificante. A maioria das Indústrias recolhe por estratégia comercial e marketing próprio, mas não por obrigatoriedade. Tem Indústrias que recolhem e indenizam marcas concorrentes para que suas marcas tenham prioridades naqueles pontos de vendas estratégicos.
Os comerciantes varejistas temem retaliações por parte da Indústria e Distribuidores. Isto é fato. É daí que afirmo, que há falta de regras que garanta a Equidade do Direito na relação consumidores, varejistas, distribuidores e Indústrias. O que prevalece é a pressão do mais forte sobre o mais fraco.
Nota postada por Teófilo Fernandes.
Remédios vencidos ainda não têm destino certo nas casas brasileiras
A maioria das pessoas joga no lixo ou no vaso sanitário. Mas a Anvisa recomenda que os consumidores consultem as vigilâncias para saber se há coleta específica até que uma regulamentação seja aprovada
As pessoas mais preocupadas com o meio ambiente costumam se ver numas situação difícil quando encontram, numa gaveta de casa, algum remédio com o prazo de validade vencido. O problema é que o Brasil ainda não tem uma norma que determine o destino correto dos medicamentos velhos.
Quando a pergunta é o que fazer com medicamentos vencidos, a maioria das pessoas tem a mesma resposta:
“Eu jogo na lata do lixo”, diz uma mulher.
“Eu jogo dentro do vaso. Tiro da caixa, dou descarga e vai pro lixo”, conta outra mulher.
“Eu jogo dentro do vaso. Tiro da caixa, dou descarga e vai pro lixo”, conta outra mulher.
Os remédios descartados não podem ser jogados em uma lixeira, no ralo da pia e, muito menos, no vaso sanitário, porque assim eles vão representar um risco à saúde pública e ao meio ambiente também.
A pesquisadora e farmacêutica Elda Falgueto de Farmanguinhos afirma que os medicamentos podem contaminar o solo e as águas: “O ideal é que exista nos municípios, que a secretaria de saúde e de meio ambiente elas pensem numa forma de fazer o recolhimento desse medicamento”, diz.
Atualmente, não existe uma regulamentação para determinar o destino correto de medicamentos de uso doméstico com prazo de validade vencido. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, essas normas já estão em estudo e devem ser aprovadas até o fim do ano.
Até lá, a Anvisa e os especialistas recomendam que os consumidores consultem as vigilâncias sanitárias para saber se há coleta específica. Alguns municípios já têm o serviço.
Os remédios também podem ser entregues em farmácias e drogarias. Quem não tiver nenhuma das opções anteriores deve descartar o remédio no lixo doméstico, fora da caixa e, se possível, triturado. Para os medicamentos de tarja preta, existe uma norma que determina que eles sejam entregues às Vigilâncias Sanitárias.
Uma dona de casa perdeu o pai há dois meses e ficou com todos os remédios do tratamento. Ela não quer jogar no lixo porque tem medo do que pode acontecer.
“Esse aqui que não serve. Às vezes alguém pega no lixo, não vai importar com data vencida e vai querer usar o medicamento que já está vencido”, conta.
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