Os resultados de um estudo de fase III demonstraram que o Avastin® (bevacizumab), da Roche, utilizado em combinação com quimioterapia – seguido de terapia de manutenção com o fármaco – aumentou a sobrevida sem progressão da doença em mulheres com cancro dos ovários recorrente, em comparação com quimioterapia isolada, informou a empresa na terça-feira, citada pelo site FirstWord.
O director médico da Roche, Hal Barron, disse que "o Avastin® demonstrou uma melhoria significativa na sobrevida livre de progressão do cancro do ovário em três grandes estudos de fase III".
O estudo OCEANS aleatorizou 484 mulheres com cancro do ovário recorrente sensível à platina para receberem o Avastin®, em combinação com quimioterapia, seguido do uso continuado do Avastin® isolado, ou para receberem quimioterapia com placebo, seguido de placebo isolado.
O estudo OCEANS aleatorizou 484 mulheres com cancro do ovário recorrente sensível à platina para receberem o Avastin®, em combinação com quimioterapia, seguido do uso continuado do Avastin® isolado, ou para receberem quimioterapia com placebo, seguido de placebo isolado.
A Roche revelou que os dados completos do estudo, que atingiu o objectivo principal, serão apresentados numa reunião médica futura.
Ensaios de fase final
A farmacêutica observou que os resultados de dois estudos anteriores de fase final, o GOG 0218 e o ICON7, demonstraram que o Avastin®, em combinação com quimioterapia, seguido pelo uso continuado do Avastin® isolado, aumentou o tempo de vida sem progressão da doença, em mulheres com diagnóstico recente de cancro dos ovários, comparando com apenas quimioterapia.
Com base nestes dados, a empresa apresentou um pedido de regulamentação na UE, e também pretende apresentar uma candidatura nos EUA, ainda este ano.
Os analistas aplaudiram o resultado do ensaio OCEANS, apesar de Karl-Heinz Koch, da Helvea, alertar que "na ausência do benefício de sobrevida global, há ainda uma incerteza considerável, porque o benefício de sobrevivência livre de progressão observado nos estudos pode não ser suficiente para a aprovação reguladora".
No ano passado, o fármaco gerou vendas de 6,8 mil milhões de dólares, mas recentemente a companhia reduziu as estimativas de picos de vendas do produto, dos 9,4 mil milhões de dólares, para cerca de 7,3 mil milhões de dólares, citando, entre outros factores, a recomendação da FDA, no ano passado, para revogar a licença para o tratamento de doentes com cancro da mama.
2011-02-11 | 12:21
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