UC desenvolve comprimido miniatura para tratamento do glaucoma ocular
Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) desenvolveu uma espécie de comprimido miniatura, contendo no interior um fármaco utilizado no tratamento do glaucoma ocular, que permite substituir as gotas actualmente usadas, disse fonte universitária agência Lusa.
Desenvolvido nos últimos três anos por investigadores das Faculdades de Ciência e Tecnologia e Medicina da Universidade de Coimbra, o biodispositivo permite controlar a libertação do fármaco, de forma progressiva, ao contrário do uso de colírios, que exige várias aplicações ao longo do dia, por parte dos doentes, sem controlo clínico, refere uma nota da UC.
“É como um pequeno comprimido, com quatro milímetros de diâmetro, mas pode ser menor. E permite o tratamento durante um ano ou mais, o objectivo [da investigação] é chegar aos dois anos”, disse à Lusa Madalina Natu, a investigadora principal do projecto.
O glaucoma, uma doença ocular progressiva declarada como a segunda causa mundial de perda de visão, tem elevada prevalência na população idosa, sublinha a investigadora, defendendo que o novo dispositivo “irá melhorar a qualidade de vida” dos doentes.
“Como o actual tratamento por meio de colírios exige diversas aplicações diárias, os doentes podem falhar algumas, aplicar em excesso ou mesmo administrar as gotas de forma incorrecta, levando a que o fármaco não actue”, frisou Madalina Natu.
A investigadora adiantou que com o tratamento por colírios “o médico não pode controlar se o medicamento é administrado de forma adequada” pelo paciente e o tratamento feito de forma incorrecta “poderá causar mais problemas do que resultados positivos no tratamento da doença”.
Já com o biodispositivo – introduzido nas estruturas oculares através de uma pequena cirurgia, uma incisão nos tecidos que carece de sutura – “estas situações não se verificam porque a libertação do fármaco é controlada”, sustentou.
De acordo com a professora catedrática Helena Gil, orientadora da tese de doutoramento resultante da investigação agora divulgada, a nova tecnologia resulta também “mais económica” e efectiva.
“No tratamento pelo uso das gotas só cinco por cento do fármaco actua, o restante perde-se. Com esta tecnologia não ocorrem perdas e, assim, carece de quantidades reduzidas de medicamento”, explicou a docente.
Segundo a nota da UC, os resultados dos testes realizados em animais ao longo dos últimos meses apontam
Para o “bom desempenho” do biodispositivo, no qual foi usado um fármaco de uso clínico para o tratamento do glaucoma, “não se tendo registado qualquer reacção agressiva ou de rejeição”.
O próximo passo da equipa de investigadores é encontrar parceiros junto da Indústria Farmacêutica, permitindo realizar testes clínicos “para trazer este dispositivo para o mercado”, acrescenta.
Desenvolvido nos últimos três anos por investigadores das Faculdades de Ciência e Tecnologia e Medicina da Universidade de Coimbra, o biodispositivo permite controlar a libertação do fármaco, de forma progressiva, ao contrário do uso de colírios, que exige várias aplicações ao longo do dia, por parte dos doentes, sem controlo clínico, refere uma nota da UC.
“É como um pequeno comprimido, com quatro milímetros de diâmetro, mas pode ser menor. E permite o tratamento durante um ano ou mais, o objectivo [da investigação] é chegar aos dois anos”, disse à Lusa Madalina Natu, a investigadora principal do projecto.
O glaucoma, uma doença ocular progressiva declarada como a segunda causa mundial de perda de visão, tem elevada prevalência na população idosa, sublinha a investigadora, defendendo que o novo dispositivo “irá melhorar a qualidade de vida” dos doentes.
“Como o actual tratamento por meio de colírios exige diversas aplicações diárias, os doentes podem falhar algumas, aplicar em excesso ou mesmo administrar as gotas de forma incorrecta, levando a que o fármaco não actue”, frisou Madalina Natu.
A investigadora adiantou que com o tratamento por colírios “o médico não pode controlar se o medicamento é administrado de forma adequada” pelo paciente e o tratamento feito de forma incorrecta “poderá causar mais problemas do que resultados positivos no tratamento da doença”.
Já com o biodispositivo – introduzido nas estruturas oculares através de uma pequena cirurgia, uma incisão nos tecidos que carece de sutura – “estas situações não se verificam porque a libertação do fármaco é controlada”, sustentou.
De acordo com a professora catedrática Helena Gil, orientadora da tese de doutoramento resultante da investigação agora divulgada, a nova tecnologia resulta também “mais económica” e efectiva.
“No tratamento pelo uso das gotas só cinco por cento do fármaco actua, o restante perde-se. Com esta tecnologia não ocorrem perdas e, assim, carece de quantidades reduzidas de medicamento”, explicou a docente.
Segundo a nota da UC, os resultados dos testes realizados em animais ao longo dos últimos meses apontam
Para o “bom desempenho” do biodispositivo, no qual foi usado um fármaco de uso clínico para o tratamento do glaucoma, “não se tendo registado qualquer reacção agressiva ou de rejeição”.
O próximo passo da equipa de investigadores é encontrar parceiros junto da Indústria Farmacêutica, permitindo realizar testes clínicos “para trazer este dispositivo para o mercado”, acrescenta.
2011-02-15 | 14:10
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