Nota de C&T: Não é incomum encontramos história de paixão pela vida que vão além dos interesses econômicos dentro de Indústrias Farmacêuticas, principalmente em sua concepção.
Publicado em
19 de Junho de 2014, por Catarina Gomes
Criada há 90 anos por Álvaro
Portela, a Bial é hoje liderada pela quarta geração de uma família que marcou o
sector farmacêutico nacional pela visão revolucionária de aposta na
internacionalização e na investigação e desenvolvimento de novos fármacos. É deles
o primeiro – e até agora único – medicamento português disponível nas farmácias
europeias e norte-americanas, o Zebinix, indicado no tratamento da epilepsia.
Em 2016 contam repetir a proeza, desta feita com o Opicapone, para a doença de
Parkinson. Em entrevista, António Portela, que em 2011 assumiu os destinos da
empresa, fala do caminho já trilhado e do trajecto traçado… Rumo ao futuro
Jornal Médico – Consigo… já
vamos na quarta geração da família a dirigir os destinos da Bial… cuja história
começou num anexo, nas traseiras de uma farmácia do Porto…
António Portela – O meu
bisavô, Álvaro Portela, começou a trabalhar muito cedo – teria aí uns catorze
ou quinze anos… – na Farmácia do Padrão, na Baixa do Porto, que ainda hoje
existe. Ajudava o patrão – o Sr. Almeida – na preparação de medicamentos que
naquela época eram maioritariamente manipulados na farmácia.
E
tomou-lhe o gosto…
É verdade. Tomou o gosto pelo
negócio, foi aprendendo como funcionava e engendrando formas de melhor e mais
rapidamente servir os doentes.
É preciso não esquecer que há
90 anos a produção dos medicamentos não era como hoje, nomeadamente em termos
de rapidez. Muitos só estavam disponíveis no dia seguinte. O que o meu bisavô
fez foi desenvolver o processo produtivo e o tempo de entrega aos clientes. Com
o passar dos anos surgiu a ideia de começar a produzir de uma forma mais
industrializada. Com a ajuda do Sr. Almeida – que nunca se quis envolver no
negócio em termos de gestão, mas que apoiou o projecto financeiramente – montou
então uma pequena “fábrica”, nas traseiras da farmácia.
Não se
quis envolver na gestão… mas acabou por se eternizar no nome da empresa.
É verdade. O nome Bial resulta
da combinação de dois (“bi”) “Al”, de Álvaro e Almeida. Foi uma homenagem que o
meu bisavô quis fazer ao Sr. Almeida, pelo seu contributo para a concretização
do negócio.
E o
negócio foi crescendo…
O meu bisavô tinha uma visão
muito clara da importância não só do processo produtivo, mas também da criação
de marcas que pudessem mais tarde constituir referências para médicos e
doentes. A primeira grande marca, cujo sucesso impulsionou o negócio da Bial,
foi o Benzo-Diacol, que hoje é comercializado sob a marca Diacol. Seguiram-se
outras marcas e uma forte dinamização comercial.
Posteriormente, o meu avô foi
responsável pela industrialização dos processos de produção, tornando todo o
circuito mais rápido, eficiente e menos oneroso.
Depois da
industrialização… a internacionalização e a I&D.
A verdadeira
internacionalização da empresa começa com o meu pai. Como também é sua a visão
– à época verdadeiramente revolucionária – de apostar na investigação e
desenvolvimento (I&D) de novos produtos.
A ideia foi delineada em
finais dos anos oitenta e só seria implementada em 1993, ano em que foi criado
na Bial um departamento de I&D, que na fase inicial contava apenas com três
pessoas.
Na estratégia adoptada não foi
indiferente o facto de o meu pai ser médico e ter trabalhado num hospital, onde
acompanhou doentes, apercebendo-se das necessidades sentidas ao nível dos
tratamentos. A combinação de todos estes factores foi decisiva na definição do
rumo a seguir, absolutamente inovador relativamente ao que se fazia em Portugal
em termos de indústria farmacêutica (IF).
Eram
outros tempos… menos regulados…
Aquilo que a IF fazia em
Portugal era, basicamente, copiar o que se fazia lá fora. Era o tempo das
cópias – em termos comerciais não existia ainda o conceito de genérico –
consentidas, porque em Portugal a legislação não salvaguardava os direitos de
propriedade intelectual (patentes) dos produtos farmacêuticos. Uma situação que
todos sabiam que, mais dia, menos dia, teria que mudar.
Foi o momento das grandes
decisões: ou se continuava pelo caminho das cópias ou, como defendia o meu pai,
o caminho a seguir era o da inovação, da aposta na investigação e
desenvolvimento de novos produtos. A Bial foi a única empresa que seguiu esta
via.
Uma
decisão complicada… o desenvolvimento de uma nova molécula obriga a
investimentos exorbitantes que, mesmo noutras áreas de actividade não são muito
comuns em Portugal… a que se associa um risco de insucesso muito elevado.
É verdade. Nos últimos 20 anos
sintetizámos cerca de 15 mil moléculas, das quais uma já se encontra no mercado
e uma outra em ensaios clínicos de fase III…
E quanto
é que gastaram nesse processo?
Mais de 300 milhões de euros,
apenas no desenvolvimento do Zebinix. Além deste fármaco, temos outros em
desenvolvimento e as 15 mil moléculas que foram ficando pelo caminho.
Em 15
mil, duas…. é um “tiro no escuro”…
Foi um passo arriscado. O meu
pai ainda hoje conta que à época quase toda a gente o aconselhou a não seguir
aquela via. “Porque não havia tradição”, “porque não havia em Portugal
quem soubesse investigar”… Enfim, porque que era uma “coisa estranha”.
Mas
seguiu!
O meu pai tem – e sempre teve
– uma visão de longo prazo, muito focada na via da inovação. Conseguiu juntar
uma pequena equipa, que foi crescendo com o passar do tempo, atraindo outras
pessoas e instituições, muitas delas, na altura, vindas de fora, com
experiência na I&D.
Até que
um dia… Zebinix! Foi o “Dia” da história da Bial?
Não sei se terá sido o marco
mais relevante. Mas foi, certamente, um dos mais importantes da história da
Bial. E importante não apenas pelo seu significado em termos da nossa projecção
internacional enquanto empresa de I&D, mas também pelo facto de nos ter
aberto as portas do mercado global. Hoje competimos na Europa, nos EUA e dentro
em breve estaremos a competir no Japão… Mais de 50% da nossa produção
destina-se ao mercado externo; exportamos para 54 países!
Um marco,
também, nacional…
Foi um momento fantástico para
toda a equipa. Foram muitos anos de trabalho; de passos intermédios para
alcançar objectivos num processo que era inédito em Portugal. Demos muitas
vezes com “a cabeça na parede”, enfrentámos inúmeros “labirintos”,
“becos sem saída”…
Para toda a equipa – e aqui
incluo, não apenas a equipa de investigação mas também a que trabalhou toda a
vertente regulamentar, a da produção, a da qualidade e ainda a comercial, cujo
trabalho permitiu financiar o projecto – foi um momento de enorme orgulho e
motivação.
Foi
difícil o “salto” para o patamar global de registo e aprovação de novos
medicamentos?
Foi a primeira vez, é certo,
mas é preciso não esquecer que em Portugal a área da regulamentação evoluiu
muito nos últimos anos. O Infarmed é hoje considerado uma das melhores
autoridades do medicamento da Europa, quer em termos de produtividade, quer no
que toca à qualidade do trabalho que faz. Por outro lado, a nossa estratégia de
estabelecer parcerias com empresas com grande experiência nos diferentes
mercados, tornou menos complicado esse percurso, que é de facto difícil para
quem tem que o percorrer pela primeira vez.
Entretanto,
o grupo inicial de três pessoas que fundou a unidade de I&D… cresceu.
Muito. Nos dois centros que
hoje temos, em Portugal e Espanha, trabalham cerca de 120 pessoas, de oito
nacionalidades, 32 das quais doutoradas. Em Portugal trabalhamos,
fundamentalmente, as áreas do sistema nervoso central e cardiovascular e em
Espanha a imunoterapia alérgica.
E
continuam a investir…
Nos últimos seis ou sete anos
temos reinvestido, em média, mais de 20% do volume total de negócios. Tem sido
um esforço enorme, mas fundamental para manter o ciclo de inovação.
Têm na
calha um novo produto… já em ensaios clínicos de Fase III.
Trata-se do Opicapone,
indicado no tratamento da doença de Parkinson. Estão a terminar os ensaios de
Fase III e os resultados têm sido muito positivos. Este fármaco tem demonstrado
melhorar a qualidade de vida dos doentes, aumentando o período de tempo sem
manifestação dos sintomas característicos da doença, ao nível da mobilidade,
como a tremura e a rigidez.
Tendo em conta os resultados
alcançados, pensamos ser possível submeter um pedido de autorização de
introdução no mercado europeu até ao final do ano. Se tudo correr como o
previsto, o Opicapone estará disponível em 2016.
Já agora,
onde são realizados os ensaios clínicos de suporte ao desenvolvimento dos novos
produtos?
Em vinte e poucos países,
entre os quais, obviamente, Portugal, que privilegiamos por duas razões: desde
logo, porque estamos a disponibilizar uma terapia nova a doentes portugueses.
Depois, porque queremos envolver centros de investigação e líderes de opinião
nacionais que possam mais tarde apresentar os resultados dos novos medicamentos
– portugueses – a nível mundial.
A I&D
faz-se com o concurso de instituições de investigação entre as quais,
universitárias. Quem são os parceiros da Bial?
Temos muitos, em Portugal e
fora do país, desde centros de investigação, universidades, outras empresas,
etc…. Na Bial investimos fortemente nas pessoas. Apostamos na qualificação dos
quadros – em todas as áreas da companhia – porque acreditamos que só assim é
possível acrescentar valor a tudo o que fazemos. Das quase novecentas pessoas
que hoje trabalham na Bial, cerca de 75% têm formação superior. E são 75% em
Portugal, África, América Latina… Enfim, em todas as regiões onde operamos.
Começou
“por baixo”, como é uso dizer-se… como delegado de informação médica de uma
grande multinacional… no Reino Unido. A experiência foi uma espécie de
“tirocínio” para as actuais funções?
Embora tenha crescido rodeado
de pessoas ligadas às ciências (farmacêutica e médica) – muitas das quais
trabalham ainda hoje na Bial – segui Economia, porque tinha grande facilidade
em lidar com números e porque gostava da área. A experiência profissional que
se seguiu foi importante para eu perceber se gostava, ou não, do “negócio”… da
IF… Não sabia! E por isso decidi experimentar. Fora de Portugal porque temia
ser tratado de forma diferente aqui…
Escolhi Inglaterra porque me
possibilitava, por um lado, dominar a língua e por outro, aprender como
funciona um mercado muito competitivo. Trabalhei com pessoas extremamente
competentes e com as quais aprendi muito. A Roche é uma empresa fantástica,
muito dinâmica, com métodos de trabalho rigorosos.
Comecei como delegado de
informação médica, a trabalhar “na rua”, aprendendo como tudo funcionava
– médicos, doentes, sistema. Foi lá que comecei a gostar de trabalhar na IF; a
sentir que era uma sorte trabalhar numa área onde podia “fazer a diferença”,
para os doentes e também para os médicos. É isso o que hoje sinto quando ouço histórias
de doentes com crises epiléticas que não conseguiam sair de casa e que agora,
graças ao Zebinix, já conseguem. É muito gratificante.
Herda,
com o seu irmão Miguel um legado fortemente marcado pelo seu pai, uma das mais
personalidades mais relevantes do sector empresarial português e também da
cultura e da ciência… Como é que isso se reflecte no seu dia-a-dia, enquanto
CEO da empresa?
Eu e o meu irmão Miguel temos
de facto uma grande responsabilidade. Desde logo por dar continuidade a tudo o
que o meu pai e a equipa que ele formou conseguiram alcançar. Que foi
extraordinário. Felizmente os meus pais deram-nos aos dois uma excelente
educação. Damo-nos e funcionamos muito bem um com o outro.
Agora, o mais importante que
ele nos deixa aos dois é, sem dúvida, a equipa formidável que ele soube reunir
ao longo dos últimos 30 anos. Uma equipa sólida, competente, solidária que
trabalha de uma forma muito integrada. Que nos aceitou, quer a mim, quer ao meu
irmão Miguel, muito bem, integrando-nos em todo o processo. Penso que este é,
sem dúvida, o legado mais valioso que o meu pai nos deixa.
Que
balanço faz destes três anos e meio à frente da Bial?
Foram três anos de
aprendizagem dura, cuja descrição é difícil de condensar em poucas palavras.
Há quem me diga que apanhámos
a empresa num momento complicado, quer para Portugal quer para Espanha,
mercados onde a nossa actividade está mais concentrada. Olhando para trás,
penso que esse contexto adverso nos tornou mais fortes, levando-nos a tomar as
decisões necessárias para seguir em frente.
É difícil
ser-se inovador em Portugal?
Quando penso nisso… imagino
como seria há 30 anos atrás, quando o meu pai decidiu avançar por um caminho
completamente inovador. Foi certamente muitíssimo mais complicado do que teria
sido hoje. Não acho que seja difícil ser-se inovador, ainda que reconheça a
existência de barreiras, principalmente burocráticas e ao nível do
financiamento. Vivemos décadas em que a ideia predominante era a de “trabalhar
para dentro”. Atribui-se pouca importância ao valor acrescentado, à
competitividade necessária para se poder avançar para o mercado externo.
Hoje nota-se uma grande
diferença; uma inversão muito rápida relativamente ao passado. Temos muita
gente a trabalhar em inovação em diversos sectores e também a apostar em outros
mercados.
Penso que de certa forma
menosprezamos as nossas capacidades; esquecemo-nos de que Portugal já foi um
país inovador no mundo. Há quinhentos anos conseguimos definir uma estratégia
de longo prazo que nos permitiu chegar aos quatro cantos do mundo,
estabelecendo rotas comerciais que alteraram profundamente toda uma época e
cujo impacto ainda hoje se sente. Para isso, fomos buscar os melhores
“investigadores”. Investigámos, desenvolvemos novas técnicas e instrumentos de
navegação com os quais fomos capazes de alcançar os nossos objectivos. E éramos
um pequeno país, com pouca gente.
Acredito que também hoje
seremos bem-sucedidos se nos focarmos em algumas áreas e nos concentrarmos em
fazer bem.
O facto
de a Bial ser uma “empresa familiar” potencia a visão de longo prazo?
Sem dúvida que sim. Não
estamos condicionados pelo imediatismo do lucro; das mais-valias de
curto-prazo; dos dividendos aos accionistas, como o estão, hoje em dia, a
maioria das grandes empresas deste e de outros sectores. O facto de sermos uma
“empresa familiar” permite-nos ter uma perspectiva de médio e longo prazo.
Aliás, estou convencido de que nunca teríamos conseguido chegar onde chegámos
se não fosse assim.
Assumiu
“a batata quente” num momento particularmente difícil; de crise económica. Como
se tem reflectido o actual momento na actividade da empresa?
A crise propriamente dita não
teve grande impacto na nossa actividade. Já as medidas políticas, sim. E
grande! Principalmente nestes últimos três anos, ao longo dos quais o mercado
farmacêutico diminuiu cerca de um terço. Esta contracção afectou-nos
profundamente, já que quase 50% da facturação da Bial ainda é do mercado
interno.
Quais os
impactos na estratégia de I&D?
É enorme. Uma estratégia de
I&D é sempre uma estratégia de longo prazo. É necessário determinar, à
partida, quais os recursos necessários para cumprir os objectivos, com base na
rentabilidade da empresa, assumindo-se a possibilidade de alguns desvios, que
incorporamos no plano de financiamento. E a verdade é que o que tivemos que
enfrentar nestes últimos anos não foram “pequenos desvios”. Foi um choque
brutal que afectou a nossa capacidade de investimento. Ainda assim estamos
decididos a seguir em frente, a cumprir todos os compromissos que assumimos com
os múltiplos parceiros envolvidos.
Falhar,
não é cenário…
Não. Não podemos falhar! O que
está em causa é mais do que a Bial. Falhar alimentaria, no plano internacional,
a ideia de que… “Afinal são portugueses, não cumprem, não têm credibilidade
nenhuma”.
No
discurso político encontramos hoje abundantes referências a “rendas excessivas”
da Indústria… Sempre acompanhadas da ameaça… “ou baixam ou baixamos nós”
Nos últimos tempos houve um
grande enfoque nos “cortes” na área do medicamento e na dos dispositivos
médicos. São áreas onde é mais fácil “cortar”; onde é possível alcançar
resultados mais rapidamente.
Relativamente às “rendas
excessivas”, que o Senhor Ministro tem referido, penso que se refere a
situações específicas e não ao sector farmacêutico como um todo.
O Governo tem, certamente,
consciência daquilo que pediu à IF, como também sabe que as empresas
portuguesas, com menor escala, têm passado por momentos muito difíceis para
conseguir trilhar o caminho da inovação e da internacionalização. E por isso
tem procurado apoiar as nossas empresas nesse processo.
O Senhor Ministro tem tido a
coragem de mudar algumas coisas, o que nem sempre é fácil. O que era possível
fazer na área do medicamento, em termos de “cortes” foi feito. As outras
reformas no sector levarão mais tempo.
Disse há
tempos, em entrevista a uma publicação internacional, acreditar que Portugal se
pode transformar, na área do medicamento, numa “Califórnia” da Europa… Continua
a acreditar nisso?
Portugal tem características
fantásticas. Temos hoje muita gente que investiga cá dentro e lá por fora com grande
qualidade. Temos excelentes universidades e centros de investigação. Falta-nos
o investimento às empresas, aos projectos…
Passo a passo, êxito após
êxito, chegaremos lá. Isso já hoje acontece, por exemplo, na área das
telecomunicações, onde há soluções portuguesas bem-sucedidas a nível mundial.
Por outro lado, Portugal
oferece condições únicas para se trabalhar. O clima, a hospitalidade, a
culinária, os bons quadros técnicos… E a segurança, de que se fala pouco, mas
que é muito valorizada pelos nossos parceiros internacionais.
A
Fundação Bial é uma das referências indissociáveis da gestão do seu pai, sendo
hoje uma das instituições que mais apoia a investigação nacional,
particularmente em áreas comercialmente pouco atractivas… É uma aposta para
continuar?
Sem dúvida! A Fundação foi
talvez o primeiro grande sinal que o meu pai quis dar para o exterior da nossa
aposta forte no fomento da investigação. Não só em Portugal, mas também noutros
países. O trabalho da Fundação traduz-se hoje, em duas iniciativas
fundamentais: o Prémio Bial, que tem atraído cada vez mais investigadores, de
todo o mundo, com trabalhos de enorme qualidade; e as bolsas de investigação
que pretendem apoiar jovens investigadores em áreas de investigação “menos
atractivas”. São duas iniciativas que queremos manter e até reforçar, se
possível, no futuro.
Mais uma
década… Completa-se um século de história da empresa. Como projecta a Bial
nesse futuro próximo?
Gostava que pudéssemos lá
chegar cumprindo a aposta do meu pai e da equipa que ele formou na I&D de
novos produtos e também na internacionalização da empresa. Que o processo de
investigação estivesse consolidado e a funcionar de uma forma dinâmica, gerando
novos produtos que por sua vez potenciassem o desenvolvimento de outros… Para um
mercado global.
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