18/11/2013
- 08:33
O Dia Mundial da Diabetes, comemorado em 14
de Novembro, trouxe um alerta para a importância da prevenção e do correcto
tratamento da doença, avança o portal Segs.com.br.
A aplicação de insulina é necessária como forma de tratamento da diabetes tipo 1 e também pode ser utilizada para o tratamento da diabetes tipo 2. Mas o tratamento só é eficaz se aliado, entre outros factores, a hábitos de vida saudáveis, além de técnica e dispositivo de aplicação adequados. Mas não foi este o cenário encontrado nos EUA por uma pesquisa realizada com 430 pessoas com diabetes em Maio deste ano. Patrocinado pela BD – líder global em tecnologia médica que proporciona há mais de 90 anos as melhores experiências para tratamento e controlo da diabetes – o estudo teve como principal objectivo analisar a forma como os doentes insulinizados fazem uso do medicamento e quais as interferências da forma de aplicação na eficácia do tratamento. O estudo detectou que 64% das pessoas com diabetes avaliadas apresentaram lipohipertrofia, que são deformidades nos locais de aplicação da insulina decorrentes da aplicação constante no mesmo ponto, bem como o reuso de agulhas descartáveis. Além de proporcionar visivelmente o aumento de gordura subcutânea, a lipohipertrofia é alarmante porque impossibilita que o organismo absorva a insulina adequadamente.
A aplicação de insulina é necessária como forma de tratamento da diabetes tipo 1 e também pode ser utilizada para o tratamento da diabetes tipo 2. Mas o tratamento só é eficaz se aliado, entre outros factores, a hábitos de vida saudáveis, além de técnica e dispositivo de aplicação adequados. Mas não foi este o cenário encontrado nos EUA por uma pesquisa realizada com 430 pessoas com diabetes em Maio deste ano. Patrocinado pela BD – líder global em tecnologia médica que proporciona há mais de 90 anos as melhores experiências para tratamento e controlo da diabetes – o estudo teve como principal objectivo analisar a forma como os doentes insulinizados fazem uso do medicamento e quais as interferências da forma de aplicação na eficácia do tratamento. O estudo detectou que 64% das pessoas com diabetes avaliadas apresentaram lipohipertrofia, que são deformidades nos locais de aplicação da insulina decorrentes da aplicação constante no mesmo ponto, bem como o reuso de agulhas descartáveis. Além de proporcionar visivelmente o aumento de gordura subcutânea, a lipohipertrofia é alarmante porque impossibilita que o organismo absorva a insulina adequadamente.
De todos os pacientes com lipohipertrofia,
49,1% tiveram variabilidade glicémica e 39% apresentaram hipoglicemia – factor
preocupante, pois a queda de açúcar no sangue pode levar a pessoa rapidamente à
perda de consciência, implicando em risco de vida imediato. Outro dado
alarmante é que 98% não realizavam o rodízio adequado dos locais de aplicação.
“Por isso é importante que a pessoa com diabetes faça aplicações de insulina
alternando as regiões para que o organismo consiga absorver adequadamente o
medicamento injectado, sem comprometer o tecido subcutâneo, local onde o
medicamento deve ser aplicado”, explica Ana Carolina Gomiero, directora da área
de Diabetes da BD.
Outro factor detectado pela pesquisa é que as
pessoas com lipohipertrofia necessitaram de doses maiores de insulina (em torno
de 15 unidades de insulina mais por dia), devido à má absorção do medicamento
injectado no tecido lesionado (lipohipertrofia), aumentando o custo do
tratamento e ocasionando variabilidade na glicemia.
Aplicação correcta de
insulina
De acordo com outro estudo clínico patrocinado
pela BD, realizado em Junho de 2010 nos EUA com 388 participantes com diabetes
tipo 1 e tipo 2 – com diferentes perfis físicos e étnicos, a espessura da pele
raramente ultrapassou 3 mm. “Isso significa que o comprimento da agulha deve
somente ultrapassar a pele para atingir o tecido subcutâneo, local recomendado
para a aplicação da insulina, e nunca à região intramuscular, onde a absorção é
mais rápida e pode ocasionar a hipoglicemia”, explica Augusto Pimazoni Netto,
médico Coordenador do Grupo de Educação e Controle do Diabetes do Hospital do
Rim e Hipertensão da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Uma das formas ideais de aplicação é a
utilização de agulhas e seringas curtas.
Além do dispositivo correcto, a pessoa com diabetes deve realizar a técnica de aplicação correcta de acordo com o dispositivo utilizado. Para agulhas com 4 mm, é mais fácil, porque não é necessário realizar a prega subcutânea (dobra realizada na pele para minimizar o risco de aplicações no músculo) e o ângulo de aplicação é de 90° (recto). Para a seringa de 6 mm, é necessário realizar a prega subcutânea e o ângulo de aplicação recomendado para adultos é de 90° e em crianças e adolescentes, o ângulo é de 45°. Desta forma, o medicamento será aplicado no tecido subcutâneo e a pessoa com diabetes poderá ter um melhor controlo glicémico.
Além do dispositivo correcto, a pessoa com diabetes deve realizar a técnica de aplicação correcta de acordo com o dispositivo utilizado. Para agulhas com 4 mm, é mais fácil, porque não é necessário realizar a prega subcutânea (dobra realizada na pele para minimizar o risco de aplicações no músculo) e o ângulo de aplicação é de 90° (recto). Para a seringa de 6 mm, é necessário realizar a prega subcutânea e o ângulo de aplicação recomendado para adultos é de 90° e em crianças e adolescentes, o ângulo é de 45°. Desta forma, o medicamento será aplicado no tecido subcutâneo e a pessoa com diabetes poderá ter um melhor controlo glicémico.
Regiões mais
recomendadas para aplicação de insulina
O rodízio dos locais de aplicação deve
considerar as regiões laterais do abdómen (distantes três dedos do umbigo),
regiões frontal e lateral externa das coxas (três dedos abaixo da virilha e
três dedos acima do joelho), região posterior dos braços (três dedos abaixo da
axila e três dedos acima do cotovelo) e região superior externa das nádegas.
Prevenção
O risco da aplicação incorrecta de insulina
também está ligado ao reuso de seringas e agulhas descartáveis. Além de
aumentar os riscos de infecções na pele, devido à perda da esterilidade do
dispositivo, a prática também pode ocasionar erros no registo da dose da
insulina, desperdício do medicamento e lesões na pele (lipohipertrofia), que
prejudicam o controlo glicémico – factor que pode levar ao surgimento de
complicações da diabetes.
A perda da visão e o mau funcionamento dos
rins são exemplos de problemas que podem ser desencadeados pelo mau controlo
glicémico crónico, e diminuem consideravelmente a qualidade de vida das pessoas
que convivem com a diabetes.
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