quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Inflação nos alugueis, maior taxa em 6 anos.

Nota de C&T: O “Dragão” está vivo. Não podemos nos envolver na euforia do final de ano, pura propaganda direcionada ao público que estamos vivendo no país das maravilhas. Hoje mesmo estava assistindo um programa de TV (rede aberta) e um economista alertava de forma muito cautelosa para os riscos da inflação (matéria de otimismo direcionada).O referido entrevistado dava um tom muito político ao momento econômico que estamos vivendo, aos índices de inclusão social, entre outros dados utilizados pelo Governo Federal que garantem a popularidade do Lula e base para o governo da Dilma.
A sociedade é responsável direto por tudo que acontece com uma nação, afinal ela é soberana, nenhum dos atuais gestores estariam onde estão se não por vontade do povo nas urnas. Esta sociedade também será responsável pelo retorno da inflação, basta às classes C e D continuarem achando que estão vivendo em um país de primeiro mundo. Tem muita gente priorizando o consumismo sem priorizar as necessidades. O aluguel é uma realidade no Brasil, milhões de brasileiros que não terão um aumento significativo em sua renda irão amargar este aumento recorde desde 2005.
Pesquisem muito antes de comprar, não tenham medo de trocar de marca. Vejam o exemplo da Indústria Farmacêutica nos últimos 11 anos, sua transformação. Com a entrada dos genéricos, forte propaganda em pró dos genéricos (com interesses políticos é claro), ocorreu uma melhora significativa dos similares (qualidade) e os produtos de referência tiveram que se adequarem a nova realidade se não seria o fim de marcas tradicionais. Este mercado evoluiu muito e a sociedade também lucrou muito, sem contar a economia gerada em favor dos cofres públicos. Tem muito para ser feito? Tem, mas mudou muito.

Inflação do aluguel avança 11,32% em 2010, maior taxa em 6 anos
Alessandra Saraiva, da Agência Estado
A inflação medida pelo IGP-M, indicador muito usado para reajustar preços de aluguel, encerrou este ano com alta de 11,32%, a maior taxa anual desde 2004 (12,41%). O resultado de 2010, anunciado nesta quarta-feira, 29, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), é bem diferente do apurado no ano passado, quando o indicador mostrou deflação anual pela primeira vez em sua história, iniciada em 1989 - com queda de 1,72% em 2009. O desempenho anual ficou levemente abaixo das projeções dos analistas consultados pelo AE-Projeções (entre 11,33% e 11,49%). 
Na evolução mensal, o IGP-M perdeu força e saiu de uma elevação de 1,45% em novembro para uma alta de 0,69% em dezembro. A taxa mensal ficou abaixo das estimativas dos analistas procurados pelo AE-Projeções, que aguardavam um aumento entre 0,70% e 0,85%, com mediana das projeções em 0,77%. O período de coleta de preços para cálculo do IGP-M de dezembro foi do dia 21 de novembro a 20 de dezembro.
A FGV anunciou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-M de dezembro. O IPA-M subiu 0,63% este mês, ante elevação de 1,84% em novembro. Por sua vez, o IPC-M apresentou elevação de 0,92% em dezembro, ante aumento de 0,81% em novembro. Já o INCC-M registrou alta de 0,59% em dezembro, ante avanço de 0,36% em novembro.
Atacado
A inflação no atacado apurada pelo IPA-M, que representa 60% do total do IGP-M, terminou 2010 com alta de 13,90%. Em 2009, os preços no setor encerraram o ano com queda de 4,42%.
A disparada nos preços agrícolas em 2010 contribuiu muito para este resultado da inflação atacadista. Isso porque os preços dos produtos agrícolas no atacado subiram 25,29% este ano, após caírem 3,73% em 2009, no âmbito do IGP-M. Já os preços dos produtos industriais registraram aumento de 10,29% no atacado em 2010, em comparação com a queda de 4,74% apurada em 2009.
Varejo
Já no varejo, a inflação junto ao consumidor mensurada pelo IPC-M, que representa 30% do total do IGP-M, encerrou o ano com alta de 6,09%, após avançar 3,97% no ano passado.
Ao analisar a movimentação de preços no âmbito dos produtos, a FGV informou que as altas de preço mais expressivas no varejo, no IGP-M de dezembro, foram registradas em açúcar refinado (10,91%); alcatra (9,11%); e aluguel residencial (1,03%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em batata-inglesa (-10,13%); feijão carioquinha (-12,31%); e melancia (-13,28%).
Fonte: O Estadão

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