Investimento pode chegar a R$ 1,3 bi e prevê
transferência de tecnologia
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RIO – O Rio de Janeiro receberá uma
fábrica dos chamados medicamentos de alta complexidade. A BioNovis, joint
venture formada pelas gigantes Aché, EMS, União Química e Hypermarcas definiu
que o laboratório e a unidade de medicamentos biológicos, para doenças como
câncer, artrite reumatoide, lúpus e mal de Alzheimer será na Zona Oeste do Rio.
Na fase inicial de construção e desenvolvimento de medicamentos, serão gastos
R$ 514 milhões. Mas os investimentos podem chegar a R$ 1,3 bilhão, pelas contas
do presidente da empresa, Odnir Finotti.
Serão fabricados cinco tipos de
medicamentos. A Anvisa já deu o sinal verde para o Etanercepte, cujo nome
comercial é Reumatocept, e que trata de artrite reumatoide e doenças crônicas
que afetam as articulações. A previsão é que o medicamento esteja pronto para
comercialização em 2016.
Dos investimentos previstos, R$ 200
milhões sairão dos caixas das sócias. O restante será captado em fontes
públicas e privadas. A empresa tem pedido de financiamento de cerca de R$ 300
milhões no BNDES.
— Vamos dar ao Brasil a independência
tecnológica ao produzir o medicamento 100% aqui e produzir efeitos no déficit
crônico da balança comercial farmacêutica — afirmou Finotti.
Redução nos preços pode chegar a 30%
O fábrica será construída em parceria
com Biomanguinhos/Fiocruz e com o Instituto Vital Brasil e envolve a
transferência de tecnologia a partir dos cinco anos da instalação. Finotti
estima uma redução média de 30% nos preços de medicamentos, que atualmente são
distribuídos pelo Sistema Único de Saúde e que podem custar cerca de R$ 8.000
uma ampola.
O executivo disse que serão abertos 160
postos de trabalho de alta qualificação e que a empresa ainda discute com o
governo do Estado do Rio incentivos fiscais. Segundo ele, a alta do dólar deve
ter impacto nos custos, mas não preocupa.
— Se o dólar descolar das projeções, é
evidente, tem impacto, mas não é algo que seja um problema agora — afirma.
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