A ABCFarma (Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico) pretende entrar na Justiça para impedir a exigência da receita médica na venda de antibióticos.
A regra da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) prevê a identificação de quem comprou o remédio com nome, RG, endereço e telefone, a partir do próximo domingo (28). Uma das vias da prescrição, que terá validade de 10 dias, ficará com o paciente e a outra, com o estabelecimento comercial.
Apesar de o presidente da ABCFarma, Pedro Zidoi, garantir que a preocupação é com o acesso da população ao medicamento, o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello, colocou em dúvida o objetivo das farmácias de barrar a obrigatoriedade de receita médica para a venda de antibióticos.
No ensejo, Zidoi adiantou que a redução de até 50% nas vendas de antibióticos e no faturamento das farmácias não são motivos pelos quais a ABCFarma pretende reverter a RDC 44/10, editada pela Agência no dia 26 de Outubro deste ano, publicada no Diário Oficial da União dois dias depois.
Fonte: GpharmaNews.
Nota:
Não acredito que a justiça vai permitir que uma das maiores oportunidades da sociedade de se defender do abuso do uso antibióticos seja jogada por terra. O mercado farmacêutico não tem nenhum interesse nesta ação brilhante da ANVISA, para não dizer: mais do que sua obrigação em restringir a venda destes produtos sob controle de prescrição médica. É mentira da ABCFarma que o faturamento das farmácias cairá em 50%, caso for verdade, está aí confessado um crime contra a sociedade que usa estes produtos de forma irracional. Sinto-me envergonhado após 25 anos no segmento farmacêutico ler algo tão irracional como as justificativas da ABCFarma. A RDC 44/10 é um avanço no combate a automedicação e permanência da formação de super-bactérias resistentes cada vez mais aos antibióticos existente e a outros que ainda virão. Quero vê o posicionamento do CFM e CFF que têm compromisso com a sociedade além de seus membros.
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