Nota de C&T: Começo também a admitir que trata-se de
uma ação patética. Duvido que alguém tenha coragem de fiscalizar a ANVISA com a mesma ótica (propinas da IF para liberação de registros) nos
seus últimos vinte anos, principalmente a partir da lei de genéricos. Enquanto a ANVISA for palco de políticos tudo poderá acontecer.
Agnelo é acusado de receber R$ 50 mil para liberar
licenças para grupo farmacêutico.
Em nome do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiróz, seu
porta-voz, Hugo Braga, chamou de “patética” a denúncia de que ele teria
recebido propina em favor de um grupo farmacêutico investigado por fraudes e
falsificação de remédios.
O hoje governador teria embolsado R$ 50 mil da Hipolabor em troca de um
registro que permitia a venda de medicamentos para o poder público em 2010, ano
em que Agnelo deixou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para
concorrer ao Palácio do Buriti.
Ontem, o Ministério Público Federal distribuiu o caso a um de seus
procuradores, que terá 30 dias para decidir se abre inquérito para investigar a
denúncia revelada na Operação Panaceia.
Em uma das páginas de uma agenda apreendida na empresa está escrito
"Agnelo" ao lado de "50.000". Em outra página, a do dia 30
de maio, a anotação diz "Agnelo: .50".
Ao R7, o porta-voz do governador, Hugo Braga, classificou a denúncia de
“patética, absurda, sem sentido”. Ele disse que as suspeitas “são frágeis”
porque o papel apreendido se trata apenas de uma “anotação à caneta com o nome
‘Agnelo’, sem sobrenome”.
- Não se sabe se é o governador nem se essa anotação foi feita antes da
busca e apreensão porque não houvperícia no documento.
Ele também desqualificou a denúncia, que partiu da Polícia Civil de
Minas Gerais, que “responde a um governo do PSDB”, o que justificaria
“motivação política”.
- Eles [os policiais] não têm a mínima noção de como funciona a Anvisa.
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Braga disse que Agnelo apenas ratificou a avaliação do órgão, que para
conceder o certificado teria feito uma “rigorosa inspeção”. Ele diz que o
documento de certificação começa na Anvisa estadual, “que faz uma inspeção no
laboratório para saber se o medicamento cumpre todos os regulamentos. Depois
ele envia um relatório técnico para a Anvisa nacional, que checa o estudo
documentado. Se estiver tudo certo, a área técnica manda um parecer para seu
diretor homologar, concedendo o certificado”.
- Não tem sentido falar em propina por uma assinatura que já seria dada
de qualquer jeito.
Um vídeo que está sendo examinado pela Procuradoria Geral da República
mostra um lobista de outra indústria farmacêutica acusando o governador de
receber outros R$ 50 mil para liberar licenças. A Anvisa informou que vai
decidir nos próximos dias se abre uma nova investigação para apurar
irregularidades nessas concessões.
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