terça-feira, 29 de novembro de 2011

UE aprova Eviplera® da Gilead

29/11/2011 - 08:22

A Gilead Sciences anunciou esta terça-feira que a Comissão Europeia concedeu autorização de introdução no mercado para o Eviplera® (emtricitabina/rilpivirina/ tenofovir disoproxil (como fumarato)), um regime de comprimido único, de administração uma vez ao dia, para o tratamento da infecção por VIH-1 em adultos sem experiência terapêutica prévia e com carga viral inferior ou igual a 100.000 cópias de ARN de VIH-1/ml. A autorização concedida permite a comercialização de Eviplera® em todos os 27 países da União Europeia (UE), avança a companhia, em comunicado de imprensa.
“Uma vez que agora as pessoas com VIH vivem e permanecem no tratamento por mais tempo, disponibilizar novas opções de tratamento simplificadas tornou-se ainda mais importante,” afirmou Mark Nelson, director de serviço de VIH do Hospital de Chelsea and Westminster, Londres, Reino Unido. “Eviplera® tem potencial para ser uma opção de tratamento importante para doentes que iniciam a terapêutica contra o VIH porque reúne um regime eficaz no tratamento do VIH, num só comprimido diário”, disse.
Eviplera® combina o medicamento da Gilead Truvada®, uma combinação de dose fixa de dois nucleosídeos inibidores da transcriptase reversa, emtricitabina 200 mg e tenofovir disoproxil (como fumarato) 245 mg, e o medicamento da Tibotec Pharmaceuticals, rilpivirina 25 mg, comercializado pela Janssen-Cilag International N.V. como Edurant®.
“A Gilead continua a levar a cabo o desenvolvimento de regimes de comprimido único porque, nós e os nossos parceiros, reconhecemos a necessidade contínua de simplificar a terapêutica anti-VIH,” afirmou John C. Martin, presidente e director executivo da Gilead Sciences. “Com Eviplera®, temos o prazer de expandir as opções terapêuticas dos doentes europeus, e estamos a trabalhar com as autoridades no sentido de assegurar que o regime é disponibilizado em toda a UE o mais rapidamente possível.”
Eviplera® é o segundo regime de comprimido único para tratamento do VIH a ser autorizado na UE. O primeiro, Atripla® (efavirenz 600 mg/emtricitabina 200 mg/tenofovir disoproxil (como fumarato) 245 mg), foi disponibilizado em 2007 e também é comercializado pela Gilead, em parceria com a Bristol-Myers Squibb e a MSD (conhecida nos EUA como Merck & Co.).
A autorização de Eviplera® foi suportada por dados às 48 semanas de dois ensaios clínicos de Fase 3 controlados por comparador activo, em dupla ocultação e aleatorizados (ECHO e THRIVE) realizados pela Tibotec que avaliaram a segurança e a eficácia da rilpivirina comparada com o efavirenz em adultos infectados com VIH sem experiência terapêutica prévia.
Ambos os ensaios incluíram um regime de base de dois nucleosídeos/nucleotídeos, que para a maioria dos doentes foi o Truvada®. Um estudo de bioequivalência, realizado pela Gilead, demonstrou que o regime de comprimido único co-formulado atingiu os mesmos níveis de fármaco no sangue que os componentes emtricitabina, rilpivirina e tenofovir disoproxil (como fumarato) administrados separadamente. O regime de comprimido único recebeu autorização regulamentar da UFDA (entidade que regula os medicamentos nos EUA) sob a designação Complera® (emtricitabina/rilpivirina/tenofovir disoproxil (como fumarato)) em Agosto de 2011.

A Gilead entrou pela primeira vez num acordo de licença e colaboração com a Tibotec para o desenvolvimento e comercialização deste regime de comprimido único em Julho de 2009. Segundo os termos deste acordo, a Gilead assumirá o papel principal no fabrico, registo, distribuição e comercialização do produto nos Estados Unidos, Canadá, Brasil, União Europeia, Austrália e Nova Zelândia. A Tibotec será responsável pela comercialização da rilpivirina como agente único e deterá os direitos de comercialização em comum do regime de comprido único nestes territórios.
As empresas também concluíram um acordo para o desenvolvimento e comercialização deste regime de comprimido único no resto do mundo, incluindo meios com recursos limitados. A Gilead será responsável pelo registo, distribuição e comercialização do regime de comprimido único em certos países da Europa, da América Latina e das Caraíbas. A Tibotec será responsável por todos os países fora dos territórios da Gilead, entre os quais os mais significativos incluem a Ásia-Pacífico, incluindo o Japão, o Médio Oriente, o Leste europeu e toda a África.
Fonte primária para C&T:: http://www.rcmpharma.com/actualidade/medicamentos/29-11-11/ue-aprova-eviplera-da-gilead

Quatro remédios levam a maioria dos idosos aos hospitais nos EUA

Pesquisa revela que quatro drogas causam dois terços das internações na terceira idade
NEW YORK _ Uma impressionante pesquisa divulgada nos meios médicos pelo prestigioso New England Journal of Medicine comprova que existem apenas quatro drogas responsáveis pelo maior número de internações de idosos e visitas às unidades de emergência hospitalar nos EUA. As quatro classes de medicamentos são os diluentes do sangue (como a varfarina), os antiplaquetários (como aspirina), os remédios contra diabetes (como injeções de insulina) e hipogliclemiantes orais (comprimidos que baixam a glicemia no sangue).

Apenas quatro medicamentos ou grupos de medicamentos _ utilizados isoladamente ou em conjunto _ foram responsáveis ​​por dois terços das internações hospitalares de emergência entre os americanos idosos, de acordo com o relatório. No topo da lista estava a varfarina, também conhecido como Coumadin, um sangue mais fino. Foi responsável por 33% das visitas aos centros de emergência. Injeções de insulina foram os próximos da lista, sendo responsável por 14% dos atendimentos de emergência.

Clopidogrel, aspirina e outros medicamentos antiplaquetários que ajudam a evitar a coagulação do sangue estavam envolvidos em 13% dos atendimentos de emergência. E logo atrás deles estavam medicamentos para diabetes tomados por via oral, chamado hipoglicemiantes orais, que foram implicados em 11% das hospitalizações.

Todas essas drogas são comumente prescritas para adultos idosos, e podem ser difíceis de usar corretamente. Um problema que eles compartilham é um índice terapêutico estreito, ou seja, a linha tênue entre uma dose eficaz e uma perigosa. O forte impacto que eles tiveram em internações entre os idosos, porém, não era esperado, segundo o Dr. Dan Budnitz, um dos autores do estudo e diretor do Programa de Segurança de Medicamentos do Centro de Controle e Prevenção de Doenças.

_ Nós não estávamos tão surpreso com as drogas em particular que estavam envolvidos _ disse Dr. Budnitz. _ Mas ficamos surpresos quantas das internações de emergência foram devido a um número tão relativamente pequeno dessas drogas.

Todos os anos, cerca de 100 mil pessoas nos EUA mais de 65 anos são levados para hospitais de reacções adversas aos medicamentos. Cerca de dois terços acabam no hospital por causa de overdoses acidentais, ou porque a quantidade de medicação prescrita teve um efeito mais poderoso do que o pretendido.

Como os americanos vivem mais e tomam mais medicamentos _ 40% das pessoas acima de 65 anos tomam medicamentos matinais _ hospitalizações por overdoses acidentais e efeitos colaterais adversos são susceptíveis de aumentar, segundo especialistas.

No estudo, Dr. Budnitz e sua equipe vasculharam dados coletados 2007-2009 em 58 hospitais nos EUA. Os hospitais estavam todos participando em um projeto de vigilância, executado pelo CDC, a fim de observar para eventos adversos a medicamentos.

Um denominador comum entre as drogas no topo da lista dos remédios perigosos é que eles podem ser difíceis de usar. Alguns exigem o teste de sangue para ajustar suas doses, e mesmo uma dose pequena pode ter um efeito poderoso. O nível de açúcar no sangue pode ser notoriamente complicado de controlar para pessoas com diabetes. Tomar uma dose um pouco maior de insulina do que aquela necessária pode deixar uma pessoa em estado de choque. Varfarina, entretanto, é o exemplo clássico de uma droga com margem estreita entre doses terapêuticas e tóxicas, requerendo monitoramento de sangue regular, e pode interagir com muitos outros medicamentos e alimentos.

_ São medicamentos que são críticas _ diz o dr Budnitz _ mas porque causam tantos males, é importante que eles são gerenciados de forma adequada.

Uma coisa que se destacou nos dados, para os pesquisadores, foi que nenhum dos quatro medicamentos identificados como culpados freqüentes das internações costumam ser tipicamente entre as drogas rotuladas como de "alto risco" para idosos. Os medicamentos que que são geralmente designados de alto risco ou "potencialmente inapropriados" são comumente usados em doses controladas como o Benadryl, o Demerol e os outros poderosos analgésicos narcóticos. Estes medicamentos dosados representaram apenas cerca de 8% por cento das internações de emergência entre os idosos.

O Dr. Budnitz disse que as novas descobertas devem dar oportunidade para reduzir o número de internações de emergência em adultos idosos. A ideia é concentrar em melhorar a segurança deste pequeno grupo de anticoagulantes e medicamentos para diabetes, ao invés de tentar impedir o uso de drogas tipicamente considerado como de risco para esse grupo de pacientes idosos.

_ Acho que o maior ensinamento desta pesquisa para os pacientes idosos é que eles devem alertar os seus médicos que estão usando esses medicamentos. Eles devem trabalhar com seus médicos e farmácias para garantir que eles recebam os testes apropriados e estejam tomando doses adequadas.


Nota de C&T: Considerando suas diferentes proporções, no Brasil também ocorrem esses fatos, a diferença está na atenção farmacêutica que nossos idosos recebem no Brasil, aliais, nenhuma. Não sabemos nem o quer dizer assistência ou atenção farmacêutica.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Juíza constata falta de remédios e cobra normalização das entregas

Centro de Medicamentos Excepcionais foi alvo de fiscalização.
Motivo foi o número de ações judiciais de quem não recebia medicamentos.


A juíza da 5ª Vara da Fazenda Pública, Drª Maria de Fátima Lúcia Ramalho, realizou nesta segunda-feira (28) uma inspeção no Centro Especializado de Dispensação de Medicamentos Excepcionais (Cedmex), que é responsável pela distribuição de medicamentos de uso contínuo, a exemplo do Exelon, medicação de alto custo para pacientes portadores de Alzheimer. Secretário de Saúde do Estado disse que até o dia 10 de dezembro a disponibilização dos medicamentos estará normalizada.
A fiscalização, de acordo com a juíza, foi motivada pelo grande número de ações judiciais movidas pelos usuários que não estavam recebendo os medicamentos, por estarem em falta nos estoques da farmácia. A ação foi acompanhada pelo secretário de Saúde do Estado Waldson de Souza e por assessores jurídicos da Secretaria de Saúde.
De acordo com a juíza foi constatada a falta de alguns medicamentos no estoque do Cedmex, contudo, ela destacou ainda a organização do local, dedicação dos funcionários e boa vontade do secretário em resolver a questão. Maria de Fátima mencionou ainda a existência de problemas na entrega destes medicamentos provocados pelas distribuidoras e laboratórios, que têm contrato exclusivo com o governo do estado.
Por se tratar de medicamentos específicos e de alto custo, não podem ser comprados pelo poder público em farmácias convencionais, dependendo exclusivamente dos laboratórios e distribuidoras contratados a entrega destes remédios. Entre estes distribuidores está a empresa Expressa, responsável pela entrega do Exelon um dos medicamentos mais caros da lista, e segundo a juíza é a que mais demora na realização dessas entregas.
O secretário Waldson de Souza disse ainda que as distribuidoras atrasam por não aceitarem a desoneração de 17% de ICMS do estado, porém a juíza afirma que o empasse fiscal não deve ser justificativa para deixar os usuários sem a medicação e esta deve ser entregue de todo jeito até que a crise seja resolvida.
Waldson de Souza disse que já existe acertado com as distribuidoras uma programação de entregas e que até o dia 10 de dezembro a dispensação dos medicamentos estará normalizada. De acordo com a Drª Maria de Fátima ramalho, caso este prazo não seja cumprido a justiça poderá determinar a busca e apreensão destes medicamentos nas distribuidoras, visto que já estão comprados e pagos
Nota de C&T: Parabéns a Juiza Dra. Fátima Ramalho, mas lamento que suas manifestações demonstrem falta de conhecimento de alguns fatos. Quem foi que disse que os produtos em falta não podem ser adquiridos em farmácias comuns? Quem comprova que só a Expressa pode atender e outra distribuidora não pode? Exclusividade de um produto de uma Indústria para uma determinada Distribuidora caracteriza cartel comercial. O que motivaria uma Indústria não eliminar um atravessador, neste caso a Expressa já que existem centenas delas no mercado, atendendo diretamente a Secretaria de Saúde do Estado?
Uma coisa é fato, não existem inocentes nesta guerra, todos querem faturar dos cofres públicos o máximo que puderem, principalmente alguns servidores privilegiados. Caso a Indústria atenda direto à Secretaria ela recebe o que vendeu na data certa? Quanto uma Indústria precisaria pagar para receber o que lhe é de direito? A Distribuidora paga, mesmo que seja de forma indireta.
Exma. Dra Fátima Ramalho, o secretário e demais envolvidos são responsáveis diretos pelo caos instalado com a falta de medicamentos essenciais, seja por vontade própria (conflitos de interesses direto) ou por incompetência administrativa. Não existe nenhuma outra justificativa.
Teófilo Fernandes, paraibano e cidadão.

Cidade de Alagoas sofre corte de luz em momento de exibição de denúncia

Edição do dia 28/11/2011
28/11/2011 21h26 - Atualizado em 28/11/2011 21h33
A concessionária de energia do estado quer saber quem sabotou o fornecimento para Limoeiro de Anadia. Fantástico mostrou que ao menos 9 primeiras-damas foram presas este ano por suspeita de desvio de dinheiro.
A concessionária de energia de Alagoas quer saber quem sabotou o fornecimento para a cidade de Limoeiro de Anadia, no agreste, no domingo (27) à noite. O corte de luz chamou a atenção dos moradores porque foi no momento em que o Fantástico apresentava uma reportagem com suspeitas sobre atividades do prefeito e da primeira-dama da cidade.
Francine ouviu boatos de que a luz seria cortada em toda a cidade, na noite de domingo (27), e não perdeu tempo. "Como eu tinha a possibilidade de ir para outra cidade, eu preferi assistir em outra cidade, para não deixar de assistir", conta.
O Fantástico mostrou que pelo menos nove primeiras-damas foram presas este ano, no Brasil, por suspeita de desvio de dinheiro público. Quatro delas são de cidades alagoanas.
O prefeito de Limoeiro de Anadia, Marlan Ferreira, e a primeira-dama Eloísa Barbosa são acusados de fazer compras particulares com dinheiro desviado da merenda escolar. Eloísa chegou a ser presa em março. Diante da equipe do Fantástico, ela chorou e desistiu da entrevista. Mas o prefeito, que disse à equipe que só anda armado, convenceu a mulher a falar.
“Se as outras prefeituras e outras pessoas faziam, mas aqui a gente não fazia”, afirmou.
Enquanto as denúncias eram exibidas, Limoeiro de Anadia, de 26 mil habitantes, estava às escuras. "Quando todos estávamos apreensivos para assistir, o fornecimento de energia foi cortado, rigorosamente no momento em que o Fantástico estava sendo exibido em cadeia nacional", lembra a professora Iêda Batista Gomes.
A Eletrobras Distribuição Alagoas informou que a interrupção foi provocada por um ato de vandalismo. O alvo foi o sistema de distribuição da cidade, que fica no município vizinho, Arapiraca. A concessionária de distribuição de energia do estado enviou uma equipe de funcionários para avaliar o local. De acordo com a Eletrobras, o corte no fornecimento foi criminoso, provocado por alguém que tem conhecimentos em eletricidade. A empresa registrou um boletim de ocorrência.
"É uma questão de polícia, porque isso causou um defeito para a empresa, que não foi um defeito normal do sistema. Isso só acontece se alguém foi lá e fez essa abertura", garante Vladimir Cavalcanti, diretor da Eletrobras Distribuição Alagoas.
O prefeito Marlan Ferreira negou envolvimento no corte de luz: “Eu não tenho absolutamente interesse nenhum que a coisa se esconda, eu quero que a coisa se esclareça e essa reportagem do Fantástico, para mim foi positiva. Então eu não tenho nada a ver se houve sabotagem. Podem ser os meus inimigos por trás disso aí”.
As outras cidades alagoanas citadas pelo Fantástico, Belo Monte, Lagoa da Canoa e Traipu, também sofreram com interrupções no fornecimento de energia. Mas a concessionária afirma que os casos foram isolados, provocados por problemas pontuais.
Os moradores de Limoeiro de Anadia esperam respostas. "Estranho, muito estranho", diz uma moradora.
Nota de C&T: Fato como esse mostra o atraso em que vivemos. Será que os políticos corruptos são conduzidos ao poder por ação própria ou por vontade do povo? Enquanto o quarto poder (imprensa) não bater forte na sociedade para que ela acorde e além de responder pelos seus erros de escolha, também aprenda com eles, não teremos governos razoalvemente justos.

Direito à tristeza

Estudo realizado em 30 países pelo European College of Neuropsychopharmacology revela que 38% da população européia sofrem de algum tipo de desordem mental como depressão, ansiedade, insônia e fazem abuso de substâncias (drogas lícitas e ilícitas, remédios...).
A OMS prevê que em 2020 a depressão será o segundo maior problema de saúde no Ocidente. Os números em países como Estados Unidos e Brasil já devem estar comprovando esta tendência.

Para uma indústria farmacêutica pode ser (é) um grande negócio. Para a humanidade é mais um sintoma de que “vida sustentável” não é sinônimo apenas de preservação ambiental.

- Como, em que estado, as pessoas chegam no seu trabalho?

Fiz esta pergunta a uma de minhas filhas. Ela trabalha num CAPS - Centro de Atenção Psicossocial, local de atendimento público (SUS) que tenta ser uma esperança para a alma daqueles que de alguma maneira já não suportam as várias vozes dentro da cabeça, o confinamento no labirinto dos pensamentos conflitantes e o isolamento social onde quase sempre tudo isso começa e onde certamente isso tudo acaba.

- O que buscam?

“Buscam apoio, saída... e a maioria busca algum remédio. Sabem todos os nomes dos medicamentos. Já não sabem lidar com o diálogo incessante da mente. Já não sabem ficar com os sentimentos e deles aprender. Lutam contra seus sentimentos” – me respondeu sem obviamente querer traçar um diagnóstico da complexa questão que é a saúde mental e seu atendimento.

- Se enchem de remédio?

“Não no que depende da orientação do CAPS. Mas, sim muita gente está viciada em remédio. É essencial que exista medicação, mas as pessoas estão cheias de remédio e vazias de vida. A pessoa fica triste e acha que não pode, ou não deve ficar triste... então, remédio!”.

- Remédio pra espantar a tristeza!?

“Há um ambiente de ´proibição à tristeza`. As pessoas deveriam aprender a ficar tristes e da tristeza saber tirar a lição que precisam. Deveriam também aprender com a alegria... Mas, se de maneira geral não aprendemos a observar nossos pensamentos e sentimentos, no caso da tristeza as pessoas se culpam e são estimuladas a escapar dela: é a amiga que diz ´para com isso, vamos ao cinema´; o amigo que prega ´deixa disso, vamos sair, você tem é que se divertir´. Ou então... remédio!”

Suprimida, anestesiada, a tristeza vai estar sempre presente, à espreita, pano de fundo onde a vida vai se tornando um fardo.

Nada de receitas fáceis, mas aqueles que praticam a meditação aprendem a arte de olhar para dentro de si mesmos e assim conhecem os caminhos para estar em paz com todos os ciclos emocionais e a olhar com desidentificação o fluxo de pensamentos. Talvez um pouco mais de meditação e um bocado menos de medicação...

Lei Antifumo reduziu concentração de monóxido de carbono em SP.

Enviado por Agostinho Vieira - 27.11.2011

Depois de dois anos e três meses de vigência, a Lei Antifumo, que proíbe o uso de tabaco em ambientes fechados em todo o estado de São Paulo, reduziu em 73% a concentração do monóxido de carbono, substância nociva produzida pelo cigarro nesses locais.

Segundo o Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, cerca de 500 mil estabelecimentos foram fiscalizados neste período e 99,8% estão cumprindo a lei estadual. Nos ambientes parcialmente fechados a queda foi 60% e nos abertos 61%.

A queda também aparece no organismo de 600 trabalhadores. Entre os não fumantes a diminuição do monóxido de carbono no organismo foi de 49,2% e nos não fumantes 27,2%.

- A lei foi uma grande vitória da saúde pública e se isso se reproduzir no Brasil todo, certamente será bom. Atualmente pelo menos sete pessoas não fumantes morrem no país devido à exposição involuntária no ambiente - disse a diretora do Centro de Vigilância Sanitária, Maria Cristina Megid.

A lei pode ser estendida para todo o Brasil, já que o Senado aprovou essa semana uma medida provisória que proíbe o fumo em ambientes fechados e até a existência de áreas destinadas a fumantes. A determinação valerá a partir da sanção da presidenta Dilma Rousseff.

Segundo Maria Cristina, a Lei Antifumo é aprovada por 83% dos fumantes de São Paulo, o que indica que eles aderiram voluntariamente à determinação. Entre a população, toda a nota média para a lei é de 9,2, já que 91% da população consideram a lei boa ou ótima. Quarenta e dois por cento dos fumantes passaram a fumar menos em decorrência da lei.

- Teve um trabalho intenso de conscientização da população sobre os males do cigarro e da fumaça, que não é só incômoda, mas leva a riscos graves para a saúde. Levamos essa informação para a sociedade e o que percebemos é que ela passou a cobrar que o ambiente seja livre de tabaco - afirmou Maria Cristina.

Para a diretora, a mudança de comportamento da população paulista foi o grande ganho da lei, porque passou a ser natural não haver ninguém fumando em ambiente fechado e que os cidadãos incorporaram a lei aos seus hábitos e ao que consideram um direito e um exercício da cidadania. (Fonte/ Flávia Albuquerque, da Agência Brasil

Na área da Saúde, gastos estão em queda

Em dez anos, governo deixou de aplicar R$ 45,9 bilhões que, no papel, destinara ao setor
BRASÍLIA- A grave crise no setor da Saúde reflete, entre outros problemas, escolhas do governo no rateio dos recursos federais. Desde 2000 — quando entrou em vigor a Emenda Constitucional 29, que estabelece um piso de gastos para o setor — até o ano passado, o montante de recursos efetivamente aplicados caiu de 1,76% do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,66%, na contramão do espírito da lei. Levantamento realizado pelo GLOBO mostra que, na área social, o setor foi o que mais perdeu na comparação com os demais. Na Educação, os gastos subiram de 0,97% para 1,29% do PIB nesse período. Na Previdência, pularam de 6,3% para 6,9%, e na Assistência, de 0,45% para 1,06% do produto.

Os números da execução orçamentária mostram enorme diferença entre o que o governo se comprometeu a gastar e o que, na prática, foi destinado à Saúde. De 2000 a 2010, a diferença entre os valores empenhados (prometidos) no orçamento da Saúde e o que foi efetivamente gasto no setor chega a R$ 45,9 bilhões, sem considerar a inflação do período. Só em 2010, essa diferença foi de R$ 6,4 bilhões.

Em 2010, se os valores empenhados no Ministério da Saúde tivessem sido efetivamente gastos no custeio do setor, a parcela do governo federal aplicada pularia de 1,66% para 1,83% do PIB. No ano passado, foram empenhados R$ 67,328 bilhões e, gastos, efetivamente, R$ 60,924 bilhões.

A Emenda Constitucional 29, aprovada em setembro de 2000, pretendeu assegurar um piso de gastos para a Saúde pública, que, na prática, tornou-se o teto das despesas. Além disso, o cumprimento pleno do piso constitucional é questionado pelo Ministério Público Federal e pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Parte do previsto vira restos a pagar

O governo calcula o piso de gastos com base no montante de recursos empenhados para o setor somado à variação nominal do PIB — como estabelece a Emenda 29. No entanto, parte desses recursos não é executada no exercício e transforma-se em restos a pagar. Ou seja, é transferida para o orçamento do ano seguinte.

O que os procuradores do Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF) e o Tribunal de Contas da União (TCU) constataram é que uma parte desses restos a pagar é cancelada, após ter sido computada no piso da Saúde. A ação do MPF-DF, de outubro de 2010, reclama a devolução de R$ 2,6 bilhões que teriam sido subtraídos do piso por meio desse expediente.

— O governo tem deixado, a cada ano, bilhões em recursos destinados à Saúde como restos a pagar e, nos anos seguintes, cancela esses recursos. Aí está a fraude — alerta o médico Gilson Carvalho, especialista da área e consultor do Conselho Nacional de Secretarias Municipais da Saúde.

Ofensiva por mais gastos no Congresso

O encolhimento do orçamento da Saúde na esfera federal, combinado ao desvio dos recursos do piso para outras finalidades, serve para reforçar a ofensiva da oposição e da bancada da Saúde no Congresso, que luta, agora no Senado, para aprovar a regulamentação da Emenda 29, com a proposta original do ex-senador e agora governador do Acre, Tião Viana (PT). Essa proposta destina 10% da receita bruta federal para gastos com Saúde.

O governo, e em especial a equipe econômica, não aceitam a nova regra, que obrigaria a União a re$çar o orçamento da Saúde com cerca de R$ 19 bilhões já no ano que vem, segundo os cálculos da oposição. Mas a própria base do governo no Senado tem simpatia por essa proposta, o que assusta o Palácio do Planalto. É nessa fragilidade que a oposição trabalha fortemente para aprovar a nova regra para a Saúde.

Um mapa elaborado por líderes da oposição, em conjunto com a bancada da Saúde, a partir de de$ções públicas e conversas de bastidores, contabiliza apoio ao projeto em todos os partidos da base. Isso tem deixado o governo bastante preocupado. Segundo esse mapa, a oposição já contaria com 39 votos no Senado — sendo que precisa de 41 para derrotar o governo federal.

A decisão de pôr em votação a regulamentação da Emenda 29 está nas mãos do presidente do Senado, José Sarney, aliado da presidente $Rousseff. O senador, porém, também tem que administrar a forte pressão da bancada da Saúde e de senadores da própria base governista, já que o tema tem grande apelo junto à sociedade.

A senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), que vota com a oposição, disse que está confiante, porque Sarney prometeu colocar o projeto na pauta de votações desta semana. Ana Amélia destaca que, por falta de regulamentação da Emen$29, os municípios estão sendo prejudicados, pois aplicam muito mais recursos na saúde do que o limite constitucional. Ela cita o exemplo de Panambi (RS), cidade onde nasceu, que destina 32% das receitas para o custeio da Saúde.

— Trata-se de uma questão federativa que requer um tratamento justo e adequado — afirma.

A regulamentação da Emenda 29 estabelece que municípios devem destinar 15% das receitas à Saúde, e os estados, 12%.

O governo não quis comentar os números da execução orçamentária que mostram a redução nos gastos com Saúde, desde o início da vigência da Emenda 29, em proporção do PIB. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi procurado ontem, mas sua assessoria informou que ele e o ministério não iriam se manifestar, porque não houve tempo para analisar os dados. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), também foi procurado para falar sobre a estratégia do governo na votação da regulamentação da Emenda 29 no Senado, mas não retornou às ligações.
Fonte Primária: http://oglobo.globo.com/pais/na-area-da-saude-gastos-estao-em-queda-3336782

Oposição pede nova investigação sobre Valério

DEM vai recorrer ao Ministério Público e à PF para apurar atuação do operador do mensalão junto a órgãos do governo
BRASÍLIA. A oposição está disposta a apresentar esta semana uma nova representação junto ao Ministério Público e à Polícia Federal solicitando investigações sobre a atuação do lobista Marcos Valério de Souza, acusado de ser o principal operador do mensalão. Como mostrou reportagem ontem do GLOBO, às vésperas de seu julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), Marcos Valério está mais atuante do que nunca e despacha no escritório da T&M Consultoria Ltda em Belo Horizonte, antiga Tolentino & Melo Assessoria Empresarial, que teve o lobista como sócio até 2005.

Após contratar a T&M, A ID2 Tecnologia obteve contratos no valor total de R$ 52 milhões com os ministérios do Turismo, do Esporte, de Minas e Energia, da Saúde e com a Valec.

— Tudo indica que o governo continua beneficiando Marcos Valério para que ele permaneça em silêncio. Por isso, vamos acionar o Ministério Público e a Polícia Federal — antecipou o líder do DEM, senador Demóstenes Torres (GO).

O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), deve respaldar as representações que estão sendo preparadas pelo DEM contra Marcos Valério:

— O governo parte do pressuposto que o mensalão não existiu. Tanto que vários réus do processo já foram reabilitados, e alguns deles estão até trabalhando para o governo. Não é surpresa para ninguém que Marcos Valério continua na ativa — observou Guerra.

No papel, Marcos Valério teria deixado a sociedade com Rogério Tolentino e José Roberto de Melo, mas, na prática, continua atuando na empresa de consultoria, cujo endereço comercial é apontado como o do lobista em notificações judiciais. Valério, por meio de uma nota assinada em conjunto com Tolentino, alega que apenas despacha no escritório da T&M em função dos processos que ambos respondem na Justiça.

Já preocupados com o impacto do julgamento do mensalão, previsto para o próximo ano, nas eleições municipais de 2012, a maioria dos petistas preferiu não comentar as ações de Marco Valério na empresa de consultoria T&M.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), alegou que não havia lido a reportagem do GLOBO para não emitir sua opinião.

Nos bastidores, porém, um parlamentar petista que acompanhou a CPI dos Correios, no qual o escândalo do mensalão foi desvendado, confirma que o lobista continuaria atuando com o aval do governo. Na opinião ainda desse parlamentar petista, o partido terá um grande desafio no próximo ano, para que as campanhas de seus candidatos às eleições municipais não sejam prejudicadas pelo julgamento do mensalão no STF.

Para o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), as atuais atividades de Marcos Valério apenas confirmam as suspeitas de que o governo teria feito um acordo para calar o lobista:

— Isso é um escárnio, mas real. Enquanto o Supremo não julgar o mensalão, o governo vai continuar ignorando o escândalo e protegendo os escandalosos — lamentou Dias.
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/oposicao-pede-nova-investigacao-sobre-valerio-3336788

domingo, 27 de novembro de 2011

Brasileiras fazem uma cirurgia de aumento de mama a cada 5 minutos

Tamanho do silicone deve considerar largura do tórax e dos ombros.
Saiba os cuidados necessários na anestesia, cirurgia e no pós-operatório
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A lei da gravidade é implacável também com os seios femininos, e uma hora eles caem. Muitas mulheres recorrem às próteses de mama, que exigem alguns cuidados na anestesia, na cirurgia e no pós-operatório.
O Bem Estar desta terça-feira (8) falou sobre como é feita a escolha do tamanho mais adequado para cada mulher, de quanto em quanto tempo é preciso fazer a troca, e a interferência do silicone na amamentação e em exames como a mamografia – que é nula, desde que bem feito.

Segundo o cirurgião plástico Élvio Garcia, o silicone não serve só para aumentar a mama, mas também para modificar a forma e corrigir eventuais irregularidades, como assimetrias (que atingem 30% das mulheres).
Aos 18, 19 anos, os seios param de crescer. Se eles caírem, existe cirurgia, que não precisa incluir silicone.
As próteses de mama foram criadas nos anos 1960 por um cirurgião inglês e, na época, eram mais duras e redondas, feitas de silicone líquido e material sintético. Até o início dos anos 2000, os modelos mais vendidos não chegavam a 200 ml. Hoje, os mais pedidos e usados são os de perfil alto e 300 ml. E há também os implantes ajustáveis.
O maior problema, em geral, é uma rejeição do organismo da mulher. Por isso, a cirurgia precisa ser feita com um profissional qualificado.
A grande oferta tem ajudado a baixar o preço médio dos implantes, que hoje já podem ser pagos em até 12 parcelas e saem em torno de R$ 1.400, correspondendo a cerca de um terço do valor da cirurgia (R$ 4.200).
Os seios são basicamente formados de músculos, tecido mamário e gordura no meio. Uma mama pequena pesa cerca de 200 g, uma média 300 g e, a partir de 400 g, ela é considerada grande, de acordo com o ginecologista José Bento.
Cuidados no pós-operatório
Pode haver dor nos primeiros dias, ainda mais com movimentação dos membros superiores, o que é controlado com analgésicos. É recomendado um sutiã de maior contenção das mamas.
Fazer ginástica só é permitido a partir de um mês, com consentimento médico. Membros superiores não devem ser trabalhados. Com o aumento abrupto das mamas, as estrias pré-existentes podem se tornar mais salientes.
SUS
Segundo o Ministério da Saúde, em 2010 foram realizadas 1.704 cirurgias de plástica mamária pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que representa mais que o dobro do total de 2007 (786). O governo investe cerca de R$ 1,5 milhão por ano para o custeio desse tipo de atendimento.
A cirurgia é indicada para os seguintes casos:
- Reconstrução da mama após diagnóstico de câncer (pós-mastectomia com implante de prótese)
- Filarioses (doença parasitária em que um dos tipos é conhecido como elefantíase ou filariose linfática)
- Lipodistrofia na região da mama (distribuição anormal da gordura corporal)
- Hipertrofia (aumento) da mama
- Ausência congênita dos seios
- Outras malformações congênitas da mama
- Queimadura de terceiro grau e/ou sequelas de queimaduras
Vale lembrar que essa é uma cirurgia indicada não apenas às mulheres – os homens também podem fazer plástica mamária pelo SUS em casos de lipodistrofia e hipertrofia. A lipodistrofia atende, ainda, pacientes com HIV, pois o uso de antirretrovirais pode resultar no problema
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/11/brasileiras-fazem-uma-cirurgia-de-aumento-de-mama-cada-5-minutos.html 

sábado, 26 de novembro de 2011

Parceria Teuto-Pfizer é destaque na Econofarma Nordeste

Evento reúne donos de farmácias de todos os estados nordestinos .
Nos dias 17 e 18 de novembro, o Laboratório Teuto esteve no Centro de Convenções de Pernambuco (Cecon), em Olinda, participando da 2ª Econofarma Nordeste 2011.

O evento recebeu donos de farmácias de todos os estados nordestinos e proporcionou aos varejistas e outros agentes do canal farma a oportunidade de debater o cenário, acompanhar as inovações e novidades do setor, além de trocar experiências e realizar bons negócios.

Apesar da ampla divulgação da marca Teuto-Pfizer em meios de comunicação, junto à classe médica e em eventos específicos do segmento farma, essa foi a primeira vez que a parceria foi apresentada em um evento da região nordeste.

Para o diretor de marketing do Teuto, Italo Melo, a presença na Econofarma Nordeste é imprescindível para avaliar a real dimensão do que ocorre na ponta da cadeia produtiva: "Dessa forma podemos avaliar e aprimorar nossa estratégia, principalmente na região nordeste, que está em franca expansão", explica.

Segundo o gerente regional de vendas, Adelson Santos, além da excelente exposição institucional da parceria obtida na feira, os resultados comerciais também foram excelentes: "A partir da feira entramos em negociação com um grupo de rede e acreditamos que o negócio deve ser fechado em breve", adianta.

A Econofarma Nordeste foi inspirada na similar paulista, que está na nona edição. Neste ano, a Econofarma São Paulo, realizada em junho, recebeu 10 mil visitantes e movimentou em torno de R$ 38 milhões em negócios entre os 135.

Teuto-Investindo sempre em aprimoramento tecnológico e apostando na extraordinária força de trabalho de sua equipe, o Teuto atravessou mais de meio século vencendo desafios e passando com sucesso por todas as transformações de mercado. O Laboratório Teuto, que foi pioneiro na produção de medicamentos genéricos no Brasil, é hoje, modelo para a indústria farmacêutica nacional. No final do ano de 2010 a empresa teve 40% de suas ações adquiridas pela norte americana Pfizer. A parceria rende frutos para ambos os lados, já que a Pfizer comercializa produtos Teuto e indústria nacional comercializa produtos Pfizer. Esta união de forças terá também sinergias nas produções de medicamentos. A parceria do Laboratório com a Pfizer, a maior indústria farmacêutica do mundo, reafirmou ainda mais que "Se é Teuto é de confiança".

Nota de C&T: A menos de uma década não era previsível empresas multinacionais firmar parcerias com empresas nacionais, ao contrário, seus executivos formatavam na mente de seus colaboradores que empresas nacionais não tinham qualidade e outras fontes de confiabilidade. Depois do sucesso dos Genéricos, os Laboratórios Nacionais se tornaram interessantes e consequentemente com qualidade e todas as outras fontes de confiabilidade antes tão criticadas. Pouco a pouco as multinacionais retomam este mercado que sempre dominaram.

EUA aprovam medicação inédita para a insónia

24/11/2011 - 11:11
A agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA (a FDA) aprovou esta quarta-feira, pela primeira vez, uma medicação destinada especificamente às pessoas que acordam e não conseguem voltar a dormir a meio da noite, avança a AFP.

O Intermezzo®, fabricado pela empresa farmacêutica californiana Transcept, é uma formulação de baixa dosagem de zolpidem, aprovado pela primeira vez nos EUA em 1992.

"Esta é a primeira vez que a FDA aprova um medicamento para esta condição", anunciou a agência em comunicado.

"O Intermezzo® só deverá ser usado quando a pessoa ainda tiver pelo menos quatro horas de sono. Não deve ser consumido com álcool ou com outro indutor de sono", explicou.

"Com esta dosagem mais baixa há um risco menor de que a pessoa desperte ainda com excesso de medicamento no corpo, o que pode causar adormecimentos perigosos e prejudicar a capacidade de dirigir", explicou Robert Temple, do centro de avaliação e pesquisas da FDA.
Fonte: http://www.rcmpharma.com/actualidade/medicamentos/24-11-11/eua-aprovam-medicacao-inedita-para-insonia

Uso prolongado de paracetamol aumenta risco de overdose fatal

24/11/2011 - 11:02
A toma prolongada de paracetamol, um dos medicamentos mais vendidos e consumidos em todo o mundo, pode levar a uma overdose. A conclusão faz parte de um estudo publicado no British Journal of Clinical Pharmacology, sendo cada vez mais frequentes os alertas para os riscos deste analgésico, muito associado a falências hepáticas, avança o jornal Público.

O paracetamol é o medicamento não sujeito a receita médica mais vendido em Portugal e é a substância activa de vários medicamentos antipiréticos (para baixar a febre) e analgésicos (para as dores) que mais se vende no país, em quantidade, segundo o Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento). Nos postos de venda livre (fora das farmácias) tem mais de 12% da quota de mercado e só entre Janeiro e Setembro de 2011 foram vendidas quase 550.000 embalagens. Dados da consultora IMS Health Portugal indicam que, em 2009, foram vendidos pelos armazenistas às farmácias mais de 16 milhões de embalagens com esta substância, o que dá uma média de mais de uma embalagem por ano por cada pessoa.

De acordo com a investigação desenvolvida por um grupo de cientistas da Universidade de Edimburgo, a toma prolongada e regular de paracetamol pode ser fatal, já que é difícil detectar as situações em que o doente está em risco, sendo muitas vezes demasiado tarde para inverter as lesões provocadas pelo medicamento, sobretudo no fígado, escreve o Público.

Apesar de ser de fácil acesso, o paracetamol pode provocar lesões hepáticas e, em casos mais graves, hepatites fulminantes que podem obrigar a um transplante. Contudo, é mais inofensivo para o esófago, estômago e intestino do que alguns analgésicos e anti-inflamatórios. Estão-lhe igualmente associados problemas renais, quando tomado de forma prolongada e em doses elevadas. Estas são, no entanto, situações normalmente atribuídas ao consumo excessivo desta substância – mais de quatro gramas por dia – ou quando associadas à ingestão de produtos igualmente lesivos para o fígado (como bebidas alcoólicas).

O grupo de Edimburgo acompanhou 161 casos de overdoses relacionadas com utilização prolongada deste medicamento, que é frequentemente escolhido para situações como febre, dores musculares ou dores de cabeça – um consumo que é facilitado por ser, na maioria dos países, à semelhança de Portugal, um fármaco de venda livre.

O perigo dos antigripais

O farmacêutico e presidente da secção regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos António Hipólito de Aguiar, contactado pelo Público, corrobora as preocupações emanadas pelo estudo e reforça que “a margem de segurança do paracetamol é muito pequena”. O especialista exemplificou que com a proliferação de marcas de paracetamol no mercado há muitas pessoas que, por desconhecimento, “tomam uma marca para a febre e outra para as dores, sem saberem que é o mesmo medicamento”. Há também medicamentos, sobretudo antigripais, que têm mais do que uma substância activa, o que faz com que os doentes muitas vezes não saibam que estão a tomar um fármaco com paracetamol.

Em 2009, também o organismo norte-americano responsável por regular o sector do medicamento, a Food and Drug Administration (FDA), recomendou que se reduzisse a dose máxima permitida por cada comprimido (de 1000 miligramas para 650) e que o consumo máximo diário permitido passasse a ser de 3250, em vez dos actuais 4000, de modo a evitar situações de overdose. A FDA pretendia também embalagens mais pequenas e com alertas mais visíveis para os efeitos secundários e para os casos em que se recomenda o uso da substância. Recentemente tanto EUA como Reino Unido reduziram a dose máxima recomendada para crianças.

Hipólito de Aguiar assegura, porém, que na Europa e concretamente em Portugal, “pouco ou nada tem sido feito” para evitar complicações com este medicamento. O farmacêutico lamenta que as recomendações sobre doses e dimensão das embalagens não tenham sido acolhidas e reitera que a venda livre fora das farmácias representa um perigo, insistindo que “esta posição não pretende ser proteccionista” e que visa, pelo contrário, “a segurança dos doentes”.

O investigador Kenneth Simpson, que liderou o trabalho agora publicado, especificou que as situações fatais aconteceram principalmente em pessoas que tinham casos de dores crónicas e que tomavam paracetamol com regularidade. Simpson referiu, ainda, no trabalho que as análises sanguíneas na maioria dos casos não ajudam a despistar o problema, visto que níveis elevados da substância activa são associados a uma toma excessiva pontual (normalmente casos de tentativa de suicídio) e não ao uso prolongado, escreve o Público.

O grupo alertou, contudo, que é nos casos de uso prolongado que o fígado sofre lesões mais graves e, muitas vezes, irreversíveis. A conclusão baseou-se na análise das notas clínicas de 663 doentes a quem foi diagnosticada doença hepática induzida por paracetamol. Destes doentes, 161 tomavam paracetamol de forma prolongada e apresentavam lesões hepáticas, cerebrais, renais e problemas respiratórios mais acentuados, assim como maior risco de morte.

Desvendada actuação do paracetamol

Este estudo surge na mesma semana em que o King’s College de Londres anunciou que descobriu a forma exacta como o paracetamol actua no corpo humano. O funcionamento do medicamento, apesar de ser utilizado há largos anos, permanecia por explicar. Mas este novo estudo publicado na Nature Communications revelou que o paracetamol inibe a presença da proteína TRPA1 nas células nervosas, o que permite controlar a dor. Os investigadores esperam que a descoberta sirva para procurar mais substâncias que actuem no mesmo campo, mas que tenham uma toxicidade mais baixa


Nota de C&T: No Brasil o CEATOX tem registrado inúmeros casos de intoxicação com essa droga, o problema está na falta de divulgação e falta de interesse da sociedade (leigos) por assuntos que se relacione a saúde. O número de pessoas que podem sofrer falência hepática por conta do uso indiscriminado do paracetamol (acetominofen) é grande.

Medicamento usado contra a diabetes pode reduzir risco de cancro da mama

25/11/2011 - 09:31

Um medicamento de baixo custo que trata a diabetes tipo 2 tem-se revelado eficaz a prevenir o cancro da mama. Um estudo publicado por investigadores norte-americanos e coreanos no jornal científico PLoS One aponta que o medicamento metformina consegue evitar que uma série de substâncias químicas naturais e artificiais estimulem o crescimento das células desse tipo de cancro — evitando, assim, que a doença se desenvolva e se espalhe pelo organismo, avança a revista VEJA.

A investigação, conduzida por James Trosko, professor de pediatria da Universidade Estadual de Michigan, e colegas da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, fornece evidências biológicas para pesquisas epidemiológicas anteriores de que o uso prolongado de metformina para a diabetes 2 reduz os riscos de cancros associados à diabetes, como o cancro da mama. "Pessoas com diabetes tipo 2 são conhecidas por terem alto risco de diversos cancros associados à diabetes, como o de mama, de fígado e o pancreático", diz Trosko.

Para o estudo, Trosko e colegas focaram-se no conceito de que o cancro se origina de células-tronco adultas humanas e que há diversas substâncias naturais e químicas que aumentam o crescimento das células mamárias cancerígenas. Usando placas de cultura, eles cultivaram tumores de mama em miniatura, que activavam um certo gene das células-tronco (Oct4A). Os tumores foram, então, expostos à hormona estrogénio natural (um conhecido factor de crescimento para esse tumor) e a outras substâncias químicas artificiais, que promovem o aumento do tumor ou que interferem no sistema endócrino.

A equipa de investigadores descobriu que tanto o estrogénio quanto os demais químicos faziam os tumores aumentarem em tamanho e número. Entretanto, quando a metformina era adicionada, os tumores diminuíam. "Enquanto estudos futuros são necessários para entender a reacção da metformina, a nossa pesquisa revela a necessidade de determinar se a droga pode ser usada como prevenção para pessoas que não têm indicativos da existência de cancro", diz Trosko.

A pesquisa não é a primeira a relacionar a metformina, originalmente prescrita para o tratamento da diabetes, à morte de tumores. Investigadores brasileiros já tinham descoberto a sua utilidade para o tratamento de vários tipos de cancro, e espanhóis descobriram que ela pode ser usada para prevenir a síndrome do ovário policístico.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Merck acusa MSD de piratear conta no Facebook

24/11/2011 - 11:05

A farmacêutica alemã Merck KGaA acusou a sua rival norte-americana MSD (conhecida nos EUA como Merck & Co) de ter acedido de forma ilegal à sua conta no Facebook, avança o jornal SOL.



Para além desta acusação a empresa germânica ameaça levar o caso a tribunal uma vez que, segundo a mesma, o Facebook não tem mostrado estar interessado em resolver o problema.

Segundo a Reuters, a Merck KGaA recorreu a um tribunal nova-iorquino para forçar o Facebook a revelar como é que perdeu o acesso à sua conta na rede social e à capacidade de administrar a mesma, o que está a ser feito pela companhia rival.

A Merck KGaA estabeleceu, em Março de 2010, um acordo com o Facebook para o uso exclusivo desta página mas apercebeu-se, há pouco tempo, que a Merck & Co também o fazia.

A confusão criada poderá estar relacionada com o facto de as duas empresas usarem o mesmo nome, mas de acordo com a Merck KGaA esta situação remonta ao Tratado de Versalhes, que foi assinado no final da 1ª Guerra Mundial, que levou à criação de duas empresas diferentes, medida integrada no acordo de compensação por parte da Alemanha pelos prejuízos causados, e à permissão de uso da marca registada Merck pelas duas companhias, desde que actuassem em áreas geográficas distintas

MSD vai pagar 950 milhões de dólares para resolver acusações sobre o Vioxx®

24/11/2011 - 08:16

A MSD (conhecida nos EUA como Merck & Co.) concordou em pagar 950 milhões dólares para resolver as acusações criminais e cíveis relacionadas à sua promoção e comercialização do Vioxx® (rofecoxib), anunciou o Departamento de Justiça dos EUA na terça-feira, avança o site FirstWord.

"Acreditamos que a MSD agiu de forma responsável e de boa fé em conexão com a conduta em causa no presente acordo de solução civil, incluindo as actividades relativas ao perfil de segurança do Vioxx®", comentou Bruce N. Kuhlik, vice-presidente executivo e conselheiro geral da companhia.

Especificamente, a farmacêutica pagará uma multa criminal de 321,6 milhões de dólares e 628,3 milhões de dólares em penalidades civis para resolver acusações relativas à comercialização off-label do Vioxx® e a declarações sobre a segurança cardiovascular do medicamento.

Apesar de Kuhlik se ter recusado a comentar a acusação criminal, a MSD referiu que o acordo civil "não constitui qualquer admissão pela MSD de qualquer responsabilidade ou irregularidade". Além disso, a companhia indicou que "os EUA reconheceram que não havia base para a constatação da participação de alto nível de gestão na violação".

A MSD anunciou em Outubro passado que tinha uma reserva de 950 milhões de dólares para cobrir os pagamentos antecipados relacionados com a investigação. A companhia também já concordou em pagar 4,9 mil milhões de dólares para resolver milhares de acções judiciais movidas por utilizadores do Vioxx®, que alegaram que sofreram ferimentos depois de tomar o medicamento, assim como 1,9 mil milhões de dólares em custos legais associados com os casos.

O analista da Morningstar Damien Conover disse que recente acordo "lé, potencialmente, o capítulo final da saga Vioxx®".