Flávia
Furlan (ffurlan@brasileconomico.com.br)
25/01/12 20:32
Grupo planeja oferta de ações para entre abril e maio e anuncia acordo de sua corretora, a Pax, com a Futura.
25/01/12 20:32
Grupo planeja oferta de ações para entre abril e maio e anuncia acordo de sua corretora, a Pax, com a Futura.
No ano em que fará sua
primeira captação em bolsa de valores com a rede de farmácias Pague Menos - o
que deve ocorrer entre abril e maio - o cearense Francisco Deusmar Queirós
lança mão de estratégias para manter outro negócio do Grupo Pague Menos,
comandado por ele: a corretora de investimentos Pax, fundada em 1977, um ano
após Queirós ter participado da construção da bolsa de valores no Ceará, que
acabou incorporada mais tarde pela Bolsa de Valores de São Paulo.
A corretora, embora
represente pouco do negócio do executivo, é de "estimação".
Ontem, a Pax anunciou
acordo operacional com a Corretora Futura, de São Paulo, em uma tentativa de
reduzir custos, aumentar receitas e partir para ampliação de negócios no
Nordeste, o que inclui o fechamento da filial de São Paulo.
"O volume de
clientes que operamos justifica o negócio", afirmou Queirós com
exclusividade ao Brasil Econômico, sobre os 2 mil investidores
que fazem operações na Pax.
Com o acordo realizado
com a Futura, apesar de manter o título de corretora, a Pax não fica ligada à
BM&FBovespa, uma vez que os clientes passam a operar com a plataforma da
Futura, casa que fica com um percentual ganho com as transações.
Há dois anos, o modelo
havia sido adotado para o mercado futuro e agora passa também para o mercado à
vista. Quanto ao home broker das casas, ele foi fundido em apenas uma
plataforma.
A Pax administra uma
carteira de R$ 100 milhões dos seus investidores. O faturamento da casa, no
entanto, representa menos de 1% dos R$ 2,9 bilhões faturados em 2011 pelo Grupo
Pague Menos, que inclui o negócio de corretagem de valores e mercadorias e de
drogaria e farmácia de manipulação.
A farmácia partirá para
a oferta inicial de ações neste ano, mas o executivo não divulga o total a ser
captado. "Com o dinheiro, dará para fazer abertura de lojas e construir um
centro de distribuição no Sudeste", diz. Ao final do terceiro trimestre de
2011, a rede contava com 459 lojas.
Sobrevivência
das pequenas
Segundo João Ferreira,
diretor da Futura, o mercado de corretagem de valores passa por um momento
difícil, por conta do fato de ele ter esperado uma expansão que acabou não
ocorrendo após a crise de 2009. "A demanda tecnológica está estrangulando
as corretoras."
Desta forma, o modelo de
negócio adotado por Pax e Futura permite que a corretora de Queirós reduza
custos sem se desfazer da carteira de clientes.
O executivo diz que a
proposta do negócio é exatamente ficar com a casa em seu portfólio. Tanto é
que, mesmo se assediado, bateria o pé antes de vendê-la. "Teriam de brigar
muito comigo", diz.
A vantagem do negócio
para a Futura é entrar no mercado nordestino, no qual perdeu espaço há dois
anos após a corretora do mercado de algodão LaFerlins deixar de operar na
BM&F e terminar o acordo operacional iniciado em 2000.
"O acordo com a Pax
é uma oportunidade para abrir trabalho no Nordeste, onde não tem tantas
corretoras, mas agentes autônomos", diz Ferreira.
A Futura planeja abrir
uma filial em fevereiro em Salvador (BA). Para Ferreira, a presença de uma
corretora Futura no Nordeste não deve trazer concorrência ruim para a Pax:
"O Nordeste é muito grande", pondera
Fonte: http://www.brasileconomico.com.br/noticias/rede-pague-menos-ja-tem-data-para-estreia-na-bolsa_112248.html
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