sexta-feira, 27 de abril de 2012

Pesquisadores brasileiros avançam no desenvolvimento de analgésico e anti-inflamatório de origem vegetal que pode ajudar no tratamento da dor crônica

Cientistas da área acadêmica e das principais indústrias farmacêuticas mundiais têm dedicado grandes esforços para o entendimento dos mecanismos que controlam a dor e principalmente visando o desenvolvimento de medicamentos para o tratamento da dor crônica.

Apesar dos progressos científicos importantes obtidos no entendimento dos mecanismos celulares e moleculares envolvidos na etiologia da dor crônica, poucos medicamentos foram lançados nessa área nas ultimas décadas. Tal fato tem causado muito sofrimento para pacientes portadores da dor crônica. Devido a dor os pacientes reclamam de alteração do sono, no humor, do apetite efeitos esses que causam graves consequência na qualidade de vida dos portadores de dor cronica. Além disso, a dor pode fazer doer também o bolso, com custos diretos (com médicos e tratamentos) e indiretos (faltas no trabalho e queda de produtividade).

Segundo a Sociedade Brasileira para O Estudo da Dor, estima-se que os brasileiros convivem com a dor como poucos no mundo. Hoje a dor é um dos principais motivos das consultas médicas no país, atingindo cerca de 85% dos pacientes atendidos – ao mesmo tempo em que muitos profissionais do setor continuam poucos informados sobre o tema, muitas vezes negligenciando sua importância.

A evolução no cenário mostra-se positiva - entre os principais destaques nesse caminho está a equipe de pesquisadores brasileiros Luiz Pianowski, do laboratório Kyolab e com participação decisiva do farmacólogo João Batista Calixto da UFSC. O grupo vem estudando, já há vários anos, e com resultados bastante promissores, o látex extraído da planta Europhorbia tirucalli, planta conhecido no Brasil como aveloz, para o tratamento de dor aguda ; crônica inflamatória; crônica neuropática; do câncer; dor associada à terapia anti-câncer; dor da artrite reumatóide e de pós-operatório. Esse fitomedicamento está sendo financiado pela Amazonia Fitomedicamentos, e atualmente em estudos de fase clinica II.

Estudos adicionais realizados com essa planta, permitiu a identificação de uma nova substancia com ação analgésica, cujos os resultados obtidos nos estudos pre-clínicos indicam grande potencial para o tratamento para dor cônica. Esse novo composto, denominado de AM11 está sendo desenvolvido com base em molécula isolada da planta medicinal Avelós (Euphorbia tirucalli L). Os estudos pre-clinicos necessários para iniciar os testes em humanos (estudos de eficácia e segurança) foram realizados no Brasil. O estudo clinico de fase I será realizado na Alemanha, ainda em 2012.

Pianowski explica que entre as principais vantagens do novo analgésico estão: trata-se de uma pequena molécula oralmente ativa, que possui ação analgésica de longa duração e com boa tolerabilidade em estudos pré-clínicos (toxicologia aguda e crônica em roedores e não roedores). Além disso, sua ação analgesica não está associada com o sistema opióide, sendo também diferente dos antiinflamatórios não esteroidais clássicos, portanto livre dos efeitos adversos centrais, e sobre os sistemas gastrointestinal e renal. “O AM11 mostrou-se em animais, , ação analgésica semelhante ou superior a varias drogas analgésicas disponíveis no mercado para o tratamento da dor.

Sobre a pesquisa

Os pesquisadores envolvidos no estudo são Luiz Francisco Pianowski (Kyolab), João Batista Calixto (UFSC), Jan Glinski (Plantanalitica USA) e o Grupo CRO Harrison, de Munique, na Alemanha.

Já no estudo de Fase I realizado com o fitomedicamento a base de aveloz, a ação analgésica pôde ser constatada através do relato de pacientes com câncer que relataram alívio da dor. A partir desse fitomedicamento, varias substâncias foram isoladas e o AM 11 se mostrou o principio ativo responsável pelos efeitos analgésicos.

Com o AM11 purificado (com 95% de pureza) e produzido no Kyolab (mais de 1kg) foram realizados dezenas de testes para comprovar sua ação analgésica e também os prováveis mecanismos de ação, além da segurança do produto (toxicidade). A substância pesquisada mostrou-se inovadora no que diz respeito ao mecanismo de ação, pois ela atua por interagir com o sistema canabinóides, inibindo a as enzimas que degradam os endocanabinoides, como também estimula os receptores CB1 e CB2 existentes no organismo. Importante, os estudos mostraram que o AM11 não causa os efeitos indesejáveis dos derivados canabinoides, principalmente aqueles relacionados com a estimulação do sistema nervoso central. Os receptores canabinóides são assim chamados porque há muito tempo foi descoberto que são neles que as substâncias ativas da Maconha agem (Cannabis sativum).

Diferente de muitos analgésicos clinicamente disponíveis no mercado, o AM11 foi bastante eficaz quando avaliado de forma aguda, mas, principalmente, quando administrado cronicamente atuando em diversas fases da cascata inflamatória, e também contra o agente de hipersensibilidade induzida por quimioterapia, ou pela dor neuropática induzida pela parcial constrição do nervo ciático e inoculação de células de melanoma (in vivo).

Os dados do estudo mostram também que os mecanismos responsáveis pela ação analgesica/antinflamatoria do AM11 estao associados com sua capacidade de interferir com a liberação e / ou expressão de vários mediadores inflamatórios relevantes na etiologia da dor, ou seja, citocinas, prostaglandina E2 e tambem por inibir a experessão de algumas enzimas importantes como a COX-2 e a proteina kinase C epsilum (PKCε). Essas ações ocorrem através de modulação de fatores de transcrição tanto em nivel do glangio da raiz dorsal como na medula espinhal

Metade do mundo nas mãos de 10 farmacêuticas

Liderança do sector mantém-se nas mãos da gigante norte-americana Pfizer.

O negócio mundial de medicamentos vale 791,4 mil milhões de dólares (601,24 mil milhões de euros). De acordo com o relatório anual da Pharmaceutical Executive Magazine, relativo ao ano de 2010, uma dezena de multinacionais farmacêuticas, cinco europeias e outras tantas norte-americanas, controlam perto de metade deste mercado.

A liderança do sector mantém-se nas mãos da gigante norte-americana Pfizer, com sede em Nova Iorque, que fechou 2010 com vendas de 58,5 mil milhões de dólares (44,5 mil milhões de euros), mais 28,9% do que no ano anterior. Um desempenho sobretudo alimentado pela aquisição da Wyeth e que lhe dá uma quota mundial na ordem dos 8%.

Já a suíça Novartis ultrapassou a Sanofi-Aventis, garantindo o segundo lugar, com 42 mil milhões de dólares (31,9 mil milhões de euros), contra 40,3 mil milhões (30,6 mil milhões de euros) da multinacional francesa, que caiu para o terceiro lugar. E a norte-americana Merck saltou do 7.º para o 4.º lugar, com 39,8 mil milhões de dólares (30,2 mil milhões de euros).
Fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=553221

Farmacêuticas ampliam investimentos em R$ 250 mi no Brasil


De acordo com levantamento do Ministério de Ciências e Tecnologias, o setor realizou o investimento em 2011 na criação de projetos de P&D e obtiveram mais de R$ 84 milhões em benefícios fiscais.

A Lei do Bem, que permite desde 2005, que empresas obtenham incentivos fiscais automáticos quando realizam pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação, tem atraído as empresas brasileiras que atuam na área farmacêutica. De acordo com levantamento do Ministério de Ciências e Tecnologias, o setor investiu R$ 250 milhões em 2011 na criação de projetos de P&D e obtiveram mais de R$ 84 milhões em benefícios fiscais.

Para a francesa Global Approach Consulting (GAC), a Lei do Bem pode ser utilizada como um grande motor de expansão para as empresas que desejam atuar globalmente. O diretor da GAC Brasil, André Palma conta que o que poucas companhias sabem é que os investimentos em projetos inovadores têm 25% de benefício fiscal, que se transformam em caixa. Ele diz ainda que caso seja feita parceria com uma universidade, o retorno fiscal pode chegar a 50%.

O número de empresas da área farmacêutica que apostam em inovação teve crescimento significativo de 19% em 2011, totalizando 37 companhias. Palma conta que trata-se de um segmento em que a inovação está totalmente ligada aos processos de desenvolvimento. No Brasil, apenas 639 empresas utilizam o instrumento fiscal. Na França, por exemplo, somente a GAC atende 1.500 companhias.

Fonte: Saúde web

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Daiichi Sankyo e Ranbaxy expandem modelo híbrido de negócios na Roménia

19/04/2012 - 11:54
A Daiichi Sankyo e a Ranbaxy anunciaram esta quinta-feira, em comunicado de imprensa, que a 'Terapia Ranbaxy', uma subsidiária da Ranbaxy na Roménia, vai lançar o Sevikar®, uma combinação de dose fixa de olmesartana medoxomila e besilato de amlodipina em comprimidos, na Roménia.

O Sevikar® estará disponível em 3 dosagens, de 5/20mg (besilato de amlodipina 5mg, olmesartana medoxomila 20mg), 5/40mg (besilato de amlodipina 5mg, olmesartana medoxomila 40mg) e 10/40 mg (besilato de amlodipina 10mg, olmesartana medoxomila 40mg). O produto deverá ser incluído nas listas nacionais de medicamentos compensados que beneficiam os doentes, pois será disponibilizado a um preço acessível.

Comentando a introdução do produto, Arun Sawhney, CEO & MD, da Ranbaxy, disse: "a ‘Terapia Ranbaxy’ está empenhada em oferecer medicamentos seguros e acessíveis aos seus clientes e doentes na Roménia. Temos o prazer de apresentar a primeira combinação de olmesartan + amlodipina para o tratamento da hipertensão, que é um problema de saúde pública. Aproveitar as sinergias com a Daiichi Sankyo faz parte da nossa estratégia de negócios e esta será a nossa terceira introdução de produto como parte deste modelo híbrido de negócios".

"Temos o prazer de anunciar o desenvolvimento da sinérgica de negócios com a Ranbaxy na Roménia", disse Joji Nakayama, presidente & CEO da Daiichi Sankyo. "Estamos determinados em trabalhar com a Ranbaxy para responder ainda mais às diversas necessidades médicas nesta região fortemente emergente".

O Sevikar® é um comprimido de uma toma diária de combinação de dose fixa do bloqueador dos receptores da angiotensina olmesartana medoxomila, um anti-hipertensivo originalmente descoberto pela Daiichi Sankyo, e do bloqueador de canais de cálcio besilato de amlodipina. O novo produto é indicado para o tratamento de pacientes hipertensos não controlados com regimes em monoterapia (olmesartan ou anlodipino). Esta combinação única proporciona um declínio da tensão arterial seguro através das acções complementares dos seus dois ingredientes. Esta terapia de combinação é bem tolerada e está associada a uma menor incidência de efeitos secundários, tais como edema, em comparação com a monoterapia com dosagens elevadas de amlodipina (10 mg).

A hipertensão é um importante problema de saúde na Roménia e é prevalente em mais de 40% da população adulta, sendo a taxa o dobro da observada em toda a Europa.

O mercado farmacêutico na Roménia está avaliado em cerca de 3,3 mil milhões de dólares (2,3 mil milhões de euros), com o segmento cardiovascular sendo um dos principais contribuintes com vendas de 271 milhões de dólares em 2011 (195 milhões de euros).

A ‘Terapia Ranbaxy’ estabeleceu-se como a maior empresa de genéricos e uma das nove maiores empresas farmacêuticas na Roménia.

ExpoFarmácia 2012 subsidia participação de pequenas empresas na Feira

19/04/2012 - 09:43
Com interesse no desenvolvimento do mercado, a ExpoFarmácia 2012 lança o Projeto Empreendedor que destina setor da feira para PMEs.

Com a intenção de fomentar o desenvolvimento do setor farmacêutico, a ExpoFarmácia 2012 lança o Projeto Empreendedor, que subsidia a participação de micro e pequenas empresas que geralmente não tem recursos financeiros suficientes para participar de grandes eventos da área. Desta forma, a feira garante o acesso de pequenos empreendedores ao mercado, e oferece oportunidades de relacionamento e atualização que somente uma feira de negócios pode possibilitar.

O espaço destinado as PMEs possui 120 metros quadrados, com estandes que incluem montagem e mobiliário. “Esta oportunidade visa fomentar o mercado trazendo novas empresas para um patamar elevado de negócios, para um evento B2B com potencial de representar até três meses de produção das PMEs”, completa Fabricio Baroni, group show manager da BTS Informa - promotora do evento.

Aberto a todas as pequenas e micro empresas fornecedoras de produtos para drogarias e farmácias, o projeto já conta com a participação da Apis Vida, que fabrica produtos naturais como mel, própolis, energéticos, alimento funcionais e cosméticos. “Visamos divulgar nossa marca no mercado e expor nossos produtos para um público segmentado e com o Projeto Empreendedor temos essa oportunidade” disse Luiz Henrique Matiazzi, diretor da Apis Vida.

Além do Projeto Empreendedor, a ExpoFarmácia apresentará também a Arena do Saber, um espaço para qualificação profissional onde especialistas renomados discutirão tendências para o varejo farmacêutico, marketing empresarial, gestão e ética profissional, tudo de forma gratuita para os profissionais que visitarão a Feira.

Todas essas novidades estarão disponíveis na ExpoFarmácia 2012 , que será realizada de 5 a 7 de julho, no Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte. Para informações adicionais sobre como participar do Projeto Empreendedor entrar em contato com Alessandra Ortega (11) 3598-7862 / Email: alessandra.ortega@btsmedia.biz.

ExpoFarmácia 2012 – 22ª Feira Internacional de Produtos e Serviços para Farmácias – Drogarias, Manipulação, Cosméticos e Suplementação Alimentar.

Expo Center Norte – Pavilhão Vermelho / São Paulo – SP, de 05 a 07 de julho de 2012. nos dias 05 e 06 das 10h às 20h e no dia 07 das 10h às 18h. Site: www.expofarmacia.com.br

O Informa Group tem uma atuação global, em mais de 100 países, na promoção de feiras e eventos em importantes setores econômicos, como saúde, energia, imobiliário, marítimo, transporte e finanças. Empresas, profissionais e acadêmicos de todo o mundo têm participado dos mais de dez mil eventos (que vão de treinamentos técnicos para executivos a feiras) e das 200 feiras organizadas, anualmente, pela Informa Exhibitions, divisão da Informa plc.

Em seu portfólio estão marcas consolidadas como: IPEX, Monaco Yacht Show, Vitafoods, Cityscape, Arab Health, The World Sugar and Ethanol Congress, The World Fruit Juice Congress, Angra Middle East e Rice Africa.

O grupo, com o suporte de 150 escritórios localizados no Brasil, Inglaterra, Emirados Árabes, Índia, Singapura, China e Áustrália, emprega mais de 8 mil pessoas, e a sua divisão de publicações acadêmicas e técnicas tem 55 mil títulos catalogados. Mais informações: www.informaexhibitions.com / www.informa.com

Segunda maior promotora de feiras do País, a BTS Informa consolida-se como a principal promotora voltada para a cadeia produtiva de alimentos e bebidas na América Latina, com feiras e publicações que são referência no mundo inteiro.

Seu portfólio inclui nomes como: Fispal Tecnologia, Fispal Food Service, Fispal Hotel, Fispal Café, TecnoSorvetes, ABF Franchising Expo, TecnoCarne, MercoAgro, ForMóbile, SIAL Brazil, Fispal Food Service Nordeste, Fispal Tecnologia Nordeste, ABF Franchising Expo Nordeste, Serigrafia SIGN Future TEXTIL, CARDS Payment & Identification, ExpoFarmácia, Agrinsumos & Induspec Expo&Business, Vitafoods South America e Ipex Digital. Na área editorial, é responsável pela publicação das revistas: Leite & Derivados, Revista Nacional da Carne, Silk-Screen e Sign – quatro maiores e mais importantes publicações técnicas dos seus segmentos.

A BTS Informa possui escritórios em São Paulo (sede) e Curitiba, nos quais conta com uma equipe de profissionais altamente qualificada para investir em novas oportunidades e conquistar espaços que façam de seus produtos a porta de entrada para quem quer fazer negócios na América Latina. Informações: www.btsinforma.com.br
Fonte: http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=199870

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Medicamento antidiabético reduz risco de cancro oral em quase 90%

05/04/2012 - 11:53
Investigadores do National Institutes of Health, nos EUA, descobriram que um medicamento antidiabético diminui o risco de desenvolver cancro oral em quase 90%, avança o portal ISaúde.

Os resultados divulgados pela American Association for Cancer Research mostram que o fármaco metformina reduz o tamanho e o número de lesões pré-cancerosas na boca.
O líder da pesquisa, J. Silvio Gutkind, e os seus colegas induziram lesões pré-malignas em ratos de laboratório e estudaram o efeito da metformina sobre a progressão destas lesões para o cancro oral.
"Vimos forte actividade contra a via mTORC1, que sabemos que contribui para o cancro oral, assim esta é uma informação pré-clínica forte de demonstra que há um efeito protector", afirma Gutkind.
A metformina é o tratamento mais utilizado para pacientes com diabetes tipo 2, e os cientistas começaram a notar uma tendência de redução do cancro em alguns órgãos.
Gutkind e colegas descobriram que a administração de metformina reduziu o tamanho e o número lesões orais pré-cancerosas nos ratos e reduziu significativamente o desenvolvimento de carcinomas de células escamosas em cerca de 70 a 90%.
Eles descobriram ainda que a metformina inibiu a função de mTORC1 na camada basal das lesões orais e impediu o desenvolvimento espontâneo de cancros da cabeça e pescoço.

Mercado do medicamento vai crescer 4% até 2015

05/04/2012 - 09:09
Ainda que a procura do mercado esteja estruturalmente em crescimento, graças aos países emergentes, a rentabilidade dos grandes laboratórios tende a degradar-se, ao mesmo tempo que a progressão abranda nos países desenvolvidos, avança a Vida Económica.

A taxa anual média, a nível global, deverá rondar os 4%, o que se traduz em mais de um bilião de dólares dentro de três anos. A evolução será impulsionada sobretudo pelos países emergentes, onde se espera um crescimento entre os 10% (América Latina) e os 17% (Ásia e África). A curva é claramente menos acentuada para os países desenvolvidos, com 0,4% na Europa Ocidental e 1,4% nos EUA.

Os dois próximos anos serão tempos muito difíceis de gerir por parte dos grandes laboratórios, que beneficiarão de menores rentabilidades.

Este ano, a taxa média de margem operacional será de 20,5%, de acordo com um estudo da Euler Hermes.

Outra explicação para a erosão da rentabilidade das grandes farmacêuticas prende-se com uma cada vez maior procura de medicamentos genéricos, à medida que vão expirando algumas das principais patentes. Basta ter em conta que o preço de um genérico pode cair para metade, como já acontece nalguns dos mercados mais importantes, como é o caso dos EUA.

Nos mercados emergentes, é fundamental colocar medicamentos mais baratos, face ao poder de compra ainda reduzido.

Aspecto interessante e pouco comum é que os laboratórios europeus vão resistir melhor que os seus congéneres norte-americanos. De facto, os grupos americanos estão mais expostos à concorrência dos medicamentos genéricos e aos custos de reestruturação.

Este ano, os grandes laboratórios europeus terão uma rentabilidade superior de cinco pontos, relativamente aos seus homólogos norte-americanos: cerca de 18% de margem prevista nos EUA, contra mais de 22% na Europa.

Oncologia: (Portugal) nenhum médico respondeu a apelo para apoiar voluntariamente doentes.

Nota de C&T: Eu e minha família sabemos por experiência própria o quanto é importante receber apoio de pessoas dispostas a ajudar. Felizes aqueles que podem ajudar, assim como também àqueles que recebem o carinho e atenção como recebemos no momento de sofrimento ocasionado por um câncer em um ente querido.
Quem puder e tiver vocação para o voluntariado, não deixe de o fazer.

Teófilo Fernandes, cidadão brasileiro.

05/04/2012 - 08:40
Nem um único médico respondeu ao apelo da União Humanitária dos Doentes com Cancro (UHDC), que solicitava oncologistas ou médicos de clínica geral para apoiar doentes, disse à agência Lusa a porta-voz daquela associação.

Durante o mês de Março, a UHDC promoveu uma campanha de admissão de médicos voluntários para ajudarem nas valências gratuitas do Núcleo de Apoio ao Doente Oncológico e na Linha Contra o Cancro, a primeira a funcionar em Portugal.

“Não conseguimos o objectivo final, que era pelo menos um médico, oncologista ou de clínica geral, para dar apoio uma ou duas horas por semana”, disse Cláudia Costa, acrescentando desconhecer se foi falta de interesse ou tempo ou se a mensagem não chegou.
No atendimento aos doentes, a UHDC disponibiliza um serviço de psicologia e um serviço médico, que contava com um médico oncologista do Instituto Português de Oncologia, que teve que se ausentar “numa missão para fora do país”.

O apoio médico ficou assim desfalcado e os doentes deixaram de ter a quem recorrer quando tinham dúvidas, precisavam de orientação ou de segundas opiniões.

“O médico no nosso serviço orienta os doentes, elucidando-os melhor sobre a doença, sobre a alimentação que devem fazer, sobre os tratamentos, nomeadamente a quimioterapia, explica tudo, pois ao doente cabe toda a verdade”, explicou a responsável, adiantando que estas consultas “baixam muito os níveis de ansiedade dos doentes, o que é fundamental”.


Segundo Cláudia Costa, também psicóloga na UHDC, este serviço tem muita procura, não só por parte dos doentes que já eram atendidos pelo anterior médico daquele serviço e que de repente se viram sem esse apoio, mas sobretudo por pessoas “após o primeiro exame”.


“São pessoas que fazem um primeiro exame que lhes detecta um tumor e nos procuram porque querem saber exactamente o que significa o que lhes foi detectado, ou que têm um caroço suspeito e querem sabe onde se devem dirigir, ou que sabem que vão ter que fazer quimioterapia e querem saber em que consiste o tratamento, como vai ser feito”, adiantou.

A procura é feita essencialmente através da Linha (telefónica) Contra o Cancro. A maioria é para apoio psicológico, mas uma grande parte é para apoio médico.Cláudia Costa garante que actualmente são mais de dez as chamadas diárias para pedir apoio médico.

"Cada vez aumentam mais as doenças oncológicas, cada vez há mais procura”, acrescentou.
A UHDC, que assinala no próximo sábado, Dia Mundial da Saúde, o seu 13º aniversário, criou a primeira linha telefónica do país de apoio a doentes com cancro, disponibilizou 9.000 consultas de apoio psicológico, recebeu 20.000 chamadas para apoio a doentes com cancro e presta 14 valências gratuitas de apoio a doentes e familiares.

Só no último ano, a UHDC, que sobrevive exclusivamente de donativos e do trabalho dos voluntários, realizou 968 consultas de apoio psicológico, 1200 consultas de apoio hospitalar, 160 consultas de apoio médico, 44 consultas de apoio domiciliário e 44 consultas de apoio multidisciplinar a crianças com cancro, tendo ainda recebido 1.936 chamadas de doentes oncológicos


Ranbaxy obtém aprovação no Canadá para genérico da rosuvastatina

02/04/2012 - 14:00

A Ranbaxy Laboratories anunciou no sábado, em comunicado, que recebeu aprovação do Sistema de Saúde do Canadá para fabricar e comercializar o seu genérico da rosuvastatina, medicamento indicado para diminuir o colesterol, no mercado canadiano, avança o The Economic Times.

A Ranbaxy disse que a aprovação para esta molécula irá fornecer uma alternativa acessível à marca Crestor® no Canadá, que registou vendas de 742,2 milhões de dólares em 2011.

"Prevemos ter os comprimidos rosuvastatina disponíveis a partir de dia 2 de Abril, quando tivermos embalagens suficientes para abastecer os canais de distribuição e atender à procura do mercado", disse Paul Drake, presidente e CEO da Ranbaxy Pharmaceuticals Canada, uma subsidiária da Ranbaxy Laboratories.

Pfizer e Astellas prolongam acordo para comercializar Lipitor® no Japão

30/03/2012 - 14:59
A Astellas anunciou na quinta-feira que chegou a um consenso para prolongar o seu acordo para comercializar Lipitor® (atorvastatina) da Pfizer no Japão, de 2016 para Março de 2021, avança o site FirstWord.


A farmacêutica japonesa disse que as duas empresas também concordaram em prolongar o seu acordo de co-promoção do produto até Novembro de 2013.

A Astellas indicou que "certos termos financeiros" do acordo, incluindo a taxa de comissão de co-promoção, foram revistos e que fará um pagamento inicial de mil milhões de ienes (12 milhões de dólares) à Pfizer.

Versões genéricas do Lipitor® foram recentemente lançadas nos EUA e em vários países europeus, bem como na Austrália.