28/10/2011 às 07:10h
As visitas que temos feito nas “Assistências Farmacêuticas” dos Municípios revelam um dado muito preocupante: o grande número de medicamentos vencidos ou com vencimento próximo.
Segundo os técnicos das “Centrais Farmacêuticas” dos municípios visitados, nos anos de 2009 e 2010, a Diretoria de Assistência Farmacêutica do Estado do Piauí passou a enviar medicamento sem que os mesmo tenham sido solicitados e os municípios passaram a receber milhares de frascos e comprimidos que eram pouco utilizados ou até mesmo não utilizados pela rede municipal.
Há municípios que possuem grandes estoques de colírio para glaucoma e que praticamente não são prescritos pela rede de saúde daquele município. Este fato representa uma grande perda de recursos financeiros, devido ao alto custo de aquisição destes colírios.
A aquisição destes medicamentos gerou denúncias dos Órgãos Fiscalizadores e investigações por parte da Polícia Federal a pedido do Ministério Público.
Um grande problema, além da grande perda de recursos, é como se dará o descarte deste medicamentos vencidos ou após vencerem, sem contaminar o meio ambiente. Hoje, o descarte de medicamentos é uma preocupação constante, pois quando feito de forma inadequada pode contaminar o solo e o lençol freático.
O Procuradoria do Meio Ambiente deve acompanhar este descarte.
Nota de C&T: O problema citado acima é uma constante há décadas na grande maioria dos Estados e Municípios do Brasil. A saúde do brasileiro é tratada com desprezo por pura falta de gestão responsável. Enquanto muitos medicamentos vão para o lixo e muitos ficam sem tratamento, mas um pequeno grupo se beneficia ganhando milhões de reais em licitações viciadas.
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