CFM pretende recorrer da decisão sobre anfetaminas
Anvisa decidiu nesta terça-feira que emagrecedores femproporex, anfepramona e mazindol deverão ser retirados do mercado em 60 dias
Luciana Marques
O Conselho Federal de Medicina (CFM) pretende entrar com um recurso na Justiça contra a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de proibir a venda e a fabricação de três medicamentos inibidores de apetite no país. Por unanimidade, a diretoria colegiada do órgão resolveu retirar do mercado os medicamentos derivados da anfetamina (femproporex, anfepramona e mazindol), geralmente usados no tratamento da obesidade. Os remédios terão os registros cancelados e deverão ser retirados das farmácias em sessenta dias.
O vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF), Dimitri Homar, disse que alguns desses medicamentos, como a anfepramona, estão no mercado há mais de sessenta anos, o que significa que são eficazes. "Estão tirando a autonomia do médico e do paciente em decidir o que é melhor para ele. Nunca houve no Distrito Federal, por exemplo, nenhum caso de óbito em decorrência do uso desses medicamentos", reclamou. Segundo ele, a proibição das anfetaminas tende a aumentar os casos de diabetes e de hipertensão, principalmente em obesos. "Há risco de aumento dessas patologias e o governo terá mais gastos", avaliou Homar.
O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, rebateu as críticas do CFM. Disse que não há dados que sustetem eficácia e segurança no uso desses medicamentos. "Falta comprovação científica de que os produtos possam ser utilizados. Os médicos saberão substituir os tratamentos dos pacientes"
O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, rebateu as críticas do CFM. Disse que não há dados que sustetem eficácia e segurança no uso desses medicamentos. "Falta comprovação científica de que os produtos possam ser utilizados. Os médicos saberão substituir os tratamentos dos pacientes"
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