Artigo publicado em: http://www.grupemef.com.br/noticias_completa.php?not_id=5099
"Lundbeck fará primeiro estudo clínico no Brasil
O laboratório dinamarquês Lundbeck, único do mundo a atuar somente
na área do sistema nervoso central e líder na venda de antidepressivos,
vai realizar pela primeira vez uma extensão de estudo clínico no Brasil.
O país foi escolhido para integrar a fase três das pesquisas com a
idalopirdina, droga inovadora usada no tratamento da doença de
Alzheimer, que pode chegar ao mercado em 2018.
De acordo com o presidente da Lundbeck Brasil, Josiel Florenzano, os
estudos envolverão 60 pacientes em 12 centros de pesquisa no país ao
todo, cerca de 30 países participam dos estudos. A inclusão do Brasil
pela primeira vez em uma iniciativa do laboratório dessa natureza
devese principalmente ao tamanho do mercado farmacêutico local e ao
envelhecimento da população.
A idalopirdina é um dos três novos medicamentos que devem contribuir
para que a operação brasileira da Lundbeck dobre o faturamento nos
próximos três anos, alcançando R$ 300 milhões em 2018 no ano passado, a
receita bruta do laboratório no país alcançou R$ 140 milhões.
Para atingir esse objetivo, conta Florenzano, a farmacêutica trará ao
país, até a segunda metade do ano que vem, uma nova geração de
antidepressivos, que acabou de ser aprovada pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa).
Nesse segmento, a Lundbeck é líder de mercado com o Lexapro, que
responde por 70% dos negócios da operação brasileira. Um dos cinco
maiores do mundo no consumo de medicamentos, o Brasil é também o quarto
maior na área de antidepressivos.
Em 2017, o laboratório dinamarquês pretende ainda lançar no país um
antipsicótico (brexpiprazol), que se somará ao portfólio local composto
atualmente por cinco drogas. "Com esses três lançamentos, devemos
alcançar a meta", comentou.
Assim como toda a indústria farmacêutica brasileira, a Lundbeck também
tem sentido nas margens de lucro o peso do dólar valorizado todos os
medicamentos oferecidos pela empresa no país são importados.
Para fazer frente ao câmbio, explicou Florenzano, o laboratório lançou
mão de iniciativas de controle de custos. "Mas não estamos discutindo
redução de descontos", afirmou. O laboratório oferece um programa de
fidelidade, mas não conta com uma política de descontos que alcance
todos os pacientes.
Fundado em 1915, o laboratório dinamarquês tem 30% de seu capital
negociado na Bolsa de Valores de Copenhague a Fundação Lundbeck detém
70% do capital. A farmacêutica concentra sua atuação na pesquisa de
tratamentos para Alzheimer, depressão, dependência ao álcool, transtorno
bipolar, epilepsia, doença de Huntington, doença de Parkinson e
esquizofrenia.
No ano passado, teve faturamento global de US$ 2,8 bilhões e conta com
centros de pesquisa na China, na Dinamarca e nos Estados Unidos, além de
fábricas na China, Dinamarca, França e Itália."
FONTE:
TUDO FARMA
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