02/05/2013 - 09:44
É numa fazenda na cidade de Arapongas, no Paraná, no Brasil, que a farmacêutica alemã Boehringer Ingelheim "cultiva" a sua facturação. A duboísia, uma planta exótica de origem australiana, é a base de produção de dois importantes medicamentos da companhia – o tradicional Buscopan®, para dores e cólicas, e o Spiriva®, para tratamento respiratório, que respondeu no ano passado por vendas globais de 3,562 mil milhões de euros, avança o Valor Econômico.
"Cultivamos essa planta no Brasil e na Austrália. No Brasil, temos a maior fazenda do grupo", disse ao Valor Andreas Barner, principal executivo e presidente do conselho de administração do laboratório alemão. Da duboísia, a companhia extrai das folhas o princípio activo do Buscopan®, o butilbrometo de escopolamina, e também um importante componente para a produção do Spiriva®, fármaco que trata a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC). "Esse componente passa por uma mudança genética na Alemanha".
Se em receita o Brasil ainda representa uma pequena parte da facturação do grupo alemão, o país é a principal fonte dessa matéria-prima natural. Embora seja uma planta nativa da Austrália, a duboísia é cultivada em larga escala pela fazenda Solana Agropecuária, controlada pelo laboratório. "Mantemos a produção em dois países para evitar riscos [climáticos, por exemplo] e garantia de abastecimento", disse o principal executivo do grupo. O cultivo dessa planta passa por rigoroso controlo de qualidade.
A farmacêutica divulgou uma facturação líquida global de 14,691 mil milhões de euros em 2012, um crescimento de 11,5% sobre o ano anterior. O lucro líquido ficou em 1,237 mil milhões de euros, o que representa uma queda de 16,2%. Com esse resultado, a empresa manteve-se como o maior laboratório alemão e o 13º maior do mundo. Do total da facturação do grupo, a área de saúde animal respondeu por 1,062 mil milhões de euros.
Sem planos no curto prazo em termos de investimentos em genéricos, a companhia quer manter a sua estratégia de crescimento baseada em produtos inovadores. As áreas de oncologia ao lado da de diabetes serão os novos pilares do grupo. A companhia planeia lançar este ano um medicamento voltado para o cancro do pulmão. O foco actual está em doenças respiratórias e cardiovasculares, sobretudo. O Spiriva®, "blockbuster" da farmacêutica, registou vendas de 3,562 mil milhões de euros, quase um quarto da receita do grupo; seguido pelo Micardis® (hipertensão), com 1,9 mil milhões de euros; Pradaxa® (anticoagulante oral), com 1,1 mil milhões de euros; Combivent® (broncodilatador), 883 milhões de euros; e Trayenta® (diabetes tipo 2), com vendas de 189 milhões de euros.
Com tradicionais medicamentos isentos de prescrição, como o Anador®, Buscopan®, Mucosolvan®, a companhia pretende manter investimentos nesse segmento, que representa vendas globais de 1,5 mil milhões de euros. O grupo é um dos maiores do mundo nessa área.
Seguindo a tendência global da maioria das farmacêuticas, a Boehringer Ingelheim quer avançar no segmento de biológicos e para isso tem realizado pesquisas para desenvolver medicamentos biossimilares (cópias de biológicos). "Cerca de 25% do nosso investimento em I&D é voltado para os biológicos", disse Barner.
Com uma fábrica instalada em Itapecerica da Serra (Grande São Paulo), a companhia quer reforçar as suas vendas no Brasil para o sector público. No fim de 2011, a multinacional fechou um acordo de transferência de tecnologia para o medicamento Sifrol®, que trata a doemça de Parkinson.
É numa fazenda na cidade de Arapongas, no Paraná, no Brasil, que a farmacêutica alemã Boehringer Ingelheim "cultiva" a sua facturação. A duboísia, uma planta exótica de origem australiana, é a base de produção de dois importantes medicamentos da companhia – o tradicional Buscopan®, para dores e cólicas, e o Spiriva®, para tratamento respiratório, que respondeu no ano passado por vendas globais de 3,562 mil milhões de euros, avança o Valor Econômico.
"Cultivamos essa planta no Brasil e na Austrália. No Brasil, temos a maior fazenda do grupo", disse ao Valor Andreas Barner, principal executivo e presidente do conselho de administração do laboratório alemão. Da duboísia, a companhia extrai das folhas o princípio activo do Buscopan®, o butilbrometo de escopolamina, e também um importante componente para a produção do Spiriva®, fármaco que trata a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC). "Esse componente passa por uma mudança genética na Alemanha".
Se em receita o Brasil ainda representa uma pequena parte da facturação do grupo alemão, o país é a principal fonte dessa matéria-prima natural. Embora seja uma planta nativa da Austrália, a duboísia é cultivada em larga escala pela fazenda Solana Agropecuária, controlada pelo laboratório. "Mantemos a produção em dois países para evitar riscos [climáticos, por exemplo] e garantia de abastecimento", disse o principal executivo do grupo. O cultivo dessa planta passa por rigoroso controlo de qualidade.
A farmacêutica divulgou uma facturação líquida global de 14,691 mil milhões de euros em 2012, um crescimento de 11,5% sobre o ano anterior. O lucro líquido ficou em 1,237 mil milhões de euros, o que representa uma queda de 16,2%. Com esse resultado, a empresa manteve-se como o maior laboratório alemão e o 13º maior do mundo. Do total da facturação do grupo, a área de saúde animal respondeu por 1,062 mil milhões de euros.
Sem planos no curto prazo em termos de investimentos em genéricos, a companhia quer manter a sua estratégia de crescimento baseada em produtos inovadores. As áreas de oncologia ao lado da de diabetes serão os novos pilares do grupo. A companhia planeia lançar este ano um medicamento voltado para o cancro do pulmão. O foco actual está em doenças respiratórias e cardiovasculares, sobretudo. O Spiriva®, "blockbuster" da farmacêutica, registou vendas de 3,562 mil milhões de euros, quase um quarto da receita do grupo; seguido pelo Micardis® (hipertensão), com 1,9 mil milhões de euros; Pradaxa® (anticoagulante oral), com 1,1 mil milhões de euros; Combivent® (broncodilatador), 883 milhões de euros; e Trayenta® (diabetes tipo 2), com vendas de 189 milhões de euros.
Com tradicionais medicamentos isentos de prescrição, como o Anador®, Buscopan®, Mucosolvan®, a companhia pretende manter investimentos nesse segmento, que representa vendas globais de 1,5 mil milhões de euros. O grupo é um dos maiores do mundo nessa área.
Seguindo a tendência global da maioria das farmacêuticas, a Boehringer Ingelheim quer avançar no segmento de biológicos e para isso tem realizado pesquisas para desenvolver medicamentos biossimilares (cópias de biológicos). "Cerca de 25% do nosso investimento em I&D é voltado para os biológicos", disse Barner.
Com uma fábrica instalada em Itapecerica da Serra (Grande São Paulo), a companhia quer reforçar as suas vendas no Brasil para o sector público. No fim de 2011, a multinacional fechou um acordo de transferência de tecnologia para o medicamento Sifrol®, que trata a doemça de Parkinson.
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