Todos os créditos
são de: Bruno Damasceno
Imunologista brasileiro
desenvolve método promissor contra HIV
07/10/2016
Um brasileiro pode
ter participado de um passo importante na luta contra o vírus HIV. Michel
Nussenzweig é imunologista na Universidade Rockefeller (Estados Unidos) e
participou do desenvolvimento de uma técnica promissora que foi publicada na
revista Cell and Immunity.
Já é sabido que,
embora o corpo humano produza anticorpos capazes de reconhecer o HIV após a
infecção, a alta taxa de mutações desse vírus leva à modificações em sua
estrutura, a qual o sistema imune ainda não consegue reconhecer por ser inédita
para ele. Em suma, é como se o sistema imunológico estivesse sempre atrás na
tentativa de combater o vírus e por isso não condições de combatê-lo
eficientemente. Esse tem sido o principal gargalo para desenvolver vacinas
eficientes.
No entanto, os
pesquisadores acreditam ter dado um passo importante para contornar esse
problema: eles "treinaram" o sistema imune de camundongos
transgênicos para produzir anticorpos capazes de reconhecer várias formas
diferentes do vírus. Segundo Nussenzweig, "... Eles (os anticorpos) não
capturam apenas a primeira ou a segunda versão do vírus que eles encontram.
Eles retêm a capacidade de capturar todas as mutações do vírus com as quais já
tiveram contato".
O imunologista
Willian Schief do Instituto de Pesquisa Scripps (Estados Unidos), outro dos
autores do estudo, liderou a equipe que criou uma série de proteínas análogas
ao do vírus HIV para "ensinar" o sistema imune dos camundongos. O
processo funcionou e a equipe produziu com sucesso um anticorpo de amplo
espectro capaz de atacar todas as formas do vírus com as quais ele teve contato
A vacina ainda está
longe, segundo Nussenzweig, mas já é um excelente ponto de partida.
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